21 outubro, 2003

Pedro Campos

Hoje fui almoçar com o Pedro Campos. Foi um almoço difícil de agendar, porque surgiram, nos últimos tempos vários imprevistos, de parte a parte.
Já não nos encontrávamos desde meados de Julho. Para mim é sempre gratificante partilhar algum do meu tempo com o Pedro.
Conhecemo-nos na Vitorino Nemésio, já lá vão uns anitos (penso que em 88/89). Era um tempo em que disponibilidade, ousadia e iniciativa se conjugavam perfeitamente. As primeiras Nemesianas, realizadas em 1990, são disso um belo exemplo. Eu, o Pedro o Teodoro e um grupo de alunos, dos quais ainda recordo o Bruno e o Bandeiras, empenhámo-nos de um modo único e daí resultou uma semana muito rica do ponto de vista cultural, político e académico.
Mais tarde, em 91/92 partilhei com o Pedro a gestão da escola. Não fora ele a desafiar-me e, certamente, eu nunca teria apanhado esse barco. Mas foi uma gestão que marcou a vida da escola. Ele abandonar-nos-ia no ano seguinte por um capricho do concurso de professores que não o colocou, e, de uma assentada, a Vitorino Nemésio perdia um dos seus pilares fundamentais.
Ainda hoje é uma referência para muitos daqueles que tiveram o privilégio de ter a sua amizade e companhia.
Agora o Pedro é director pedagógico da Escola Profissional Val do Rio, em Oeiras. Mas, nas nossas conversas, fala sempre da "nossa escola".
Ainda hoje, ao almoço, quando o lembrei que em 2005 vamos fazer 25 anos, começou imediatamente a fazer projectos para coisas que se poderiam realizar.
É assim o Pedro: sonhador, visionário, futurista, utópico (no bom sentido).

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