Há já oito dias que ando a tentar contornar uma dor que me dilacera o peito. Mas não consigo. Por isso, tenho que verbalizá-la escrevendo sobre a sua razão de ser: o falecimento do Jaime.
Foi um acontecimento que veio abalar a quietude destes amenos dias de Outono. É sempre desolador ver partir alguém, mas, na flor da idade, ainda o é muito mais.
Em Souropires vi muita gente inconformada com a partida do Jaime, exprimindo, de um modo tão humano, com palavras e com lágrimas, a dor que lhes ia no coração. Encorporei-me nessa torrente e aí permaneci solidário.
E é em momentos como estes, em que não conseguimos conter as lágrimas, que questionamos os ditames da natureza e nos permitimos afirmar: há idades em que devia ser proibido morrer.
Estes recentes acontecimentos de Souropires transportam uma outra imagem da vida, onde o passado e o futuro ganham outra dimensão. Saibamos nós ler os indícios....
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