30 julho, 2004

Partida

Desta vez o blog também vai de férias.
Encontramo-nos em Setembro. Espero - esperamos todos - com coisas novas!!!
Deixo algumas sugestões para a rentré política. Que tal se em Setembro encontrássemos no governo nomes como
- Avelino Ferreira Torres
- João ALberto jardim
- Luís Delgado
Assim... ainda nos ríamos um pouco... que é uma coisa que faz muito bem à moral!
Passem bem!

Ciclos

Eram 19 horas. A esplanada do Peter convidava a sentar, a saborear uma bebida e a espraiar a vista sobre o Tejo.
Do pessoal das tardes das sextas no Peter, a malta do TGIF, nem vivalma.
Saboreei sozinho a imperial.
Senti que um ciclo que começara algures se fechava necessariamente hoje….
A vida é assim. Feita de ciclos. Uns nem por isso. Mas outros bons.

Mais valias?

Realizou-se hoje, no Porto, a primeira reunião do Conselho de Ministros do Governo do Pedro e do Paulo.
Urge perguntar: quanto é que este capricho custou ao erário público?
Pelos vistos, vai haver uma coisa destas por mês algures no país profundo. Para quê? Porquê?

Kerry, ajuda-nos!

A história conta-se em poucas palavras- É assim:

Bush begins his speech to open the Olympic Games. He looks at his paper and says:
- Oooooo! Oooooo! Oooooo! Oooooo! Oooooo!
An aide comes over and whispers:
Mr. President, these are the Olympic rings. Your speech is below.

Kerry, ajuda-nos a mandar este homem para casa!


27 julho, 2004

Orange boys

Alexandra Lucas Coelho, no Público de hoje:
"Há dois anos, quando o anterior Governo foi formado, Pedro Santana Lopes escreveu na sua crónica do "Diário de Notícias": "Não podem existir mais 'boys', mesmo que a cor mude. Não podem existir 'orange boys' no lugar dos 'rose boys'! Este Governo, e concretamente o primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso - que tem uma formação que o garante -, deve respeitar a regra sagrada que apura apenas os melhores para cada função." (4.4.02).

26 julho, 2004

Nau catrineta

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar
São Paulo Portas à proa
Santanás a comandar
Ouvi agora senhores
Uma história de pasmar

D. Bagão conta o pilim
D. Morais trata das velas
D. Guedes limpa com VIM
Tachos, pratos e panelas

D. Pereira na enfermaria
Conta pensos e emplastros
E o D. António Mexia
Põe vaselina nos mastros

D. Durão deu à soleta
Enjoou de andar à vela
E Santa Manuela Forreta
Largou-os sem lhes dar trela

Aflito El-Rei Sampaio
Com estas novas tão más
Disse aos bobos de soslaio
Chamai lá o Santanás

Aqui estou meu Senhor
Vós mandasteis-me chamar?
Soube agora desse horror
D. Durão vai desertar?

Cala-te lá meu charmoso
Não me lixes mais a vida
Troco um cherne mal-cheiroso
Por um carapau de corrida?

Pobre da Nau Catrineta
Já lamento a tua sorte
Esta marinhagem da treta
Nem sabe onde fica o Norte

Parece que já estou vendo
Em vez de descobrir mundo
Ao primeiro pé de vento
Espetam com o barco no fundo

Ou então este matraque
Com pinta de Valentino
Gasta-me a massa do saque
Nas boîtes do caminho

Não se aflija meu Rei
Que agora vou assentar
Pois depois do que passei
Cheguei onde quis chegar

E por aquilo que passei
Aqui ninguém nos escuta
Eu quero mesmo é ser Rei
E vamos embora à luta.

25 julho, 2004

Desloca ... quê?

A grande aposta do governo do Pedro e do Paulo chama-se deslocalização. É um nome demasiadamente estranho, não é?

Pergunta

Alguém é capaz de explicar porque razão há dois secretários de Estado no Ministério da Cultura?

21 julho, 2004

Casos paradigmáticos

Vale a pena recordar e registar dois eventos da formação deste governo para se perceber um pouco onde estamos e para onde vamos.
O primeiro aconteceu na tomada de posse dos ministros. Quando foi dito que Paulo Portas era não só Ministro da Defesa Nacional, mas também Ministro dos Assuntos do Mar todo o mundo viu a cara de espanto que fez…Foi uma cena hilariante.
Agora com a nomeação dos Secretários de Estado sucedeu algo do género com Teresa Caeiro. Paulo Portas tinha vindo afirmar que finalmente haveria uma mulher a exercer um cargo no sector da Defesa, como secretária de Estado Adjunta e dos Antigos Combatentes. Porém, foi empossada como secretária de Estado das Artes e Espectáculos. Coisas muito idênticas, como se sabe!
Estamos no reino do improviso…

17 julho, 2004

Ministra da Educação... ou das Telecomunicações?

XVI Governo Constitucional (também conhecido pelo governo do Pedro e do Paulo)

Cargo: Ministra da Educação
Nome: Maria do Carmo Felix da Costa Seabra
Graus académicos: Agregação em Economia, pela Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Economia (1997); Doutoramento em Economia (1987); Licenciatura em Economia pela Universidade Católica Portuguesa (1977).
Trabalhos de investigação na área de telecomunicações: 13
Participações em Conferências na área de telecomunicações: 8
Ideias sobre educação? Não se conhecem…Mas, pelos vistos, também não é muito importante para se ser ministro...
A foto não deixa margens para dúvidas. Estamos perante mais uma das loiras do Pedrinho, uma genuína santanete.
A aposta parece evidente: com este currículo o problema do concurso dos professores vai ser resolvido!!

15 julho, 2004

ALERTA!!!

Desapareceu do seu país, José Manuel Durão Barroso, de 48 anos.


O desaparecido não aparentava qualquer distúrbio do foro psíquico, embora na altura da sua saída ostentasse um sorriso algo matreiro que indiciava pensamentos do tipo: «Ufa! Desta já me livrei!

A sua ausência não será sentida pela generalidade da população do seu país, pese embora o facto de uma «prima» sua, de nome Manuela qualquer coisa Leite, ter declarado estar em «estado de choque». Ao que parece a afirmação foi proferida quando soube o ordenado que o Zé vai auferir lá no sítio para onde se dirige. A saber: 20 mil euros mensais, acrescidos de um subsídio de residência de 3 mil. A isto juntam-se indemnizações várias pela mulher e filhos a cargo. E, claro, carro, motorista e reembolso de todas as despesas que fizer no exercício das suas funções...

Isto não é uma corrente e ninguém pede a sua divulgação! Antes pelo contrário! Se souberem do seu paradeiro não digam a ninguém!

A primeira ideia de Santana

A primeira ideia do primeiro-ministro indigitado é de arrasar. Um Ministério da Economia para o Porto. Um da Agricultura para Santarém. Uma Secretaria de Estado do Turismo para o Algarve.

Permita-me sua excelência uma opinião. Se a ideia é aproximar os ministérios da actividade produtiva a proposta peca por modesta. Indústria também há em Braga, em Guimarães, em Famalicão, em Oliveira de Azeméis e, presumo, que em muitos outros lugares do país incluindo Setúbal e a Grande Lisboa.

E porquê Santarém para sediar o Ministério da Agricultura? Não se criam bois no Barroso? Não há porco preto em Portalegre? Os enchidos de Lamego não merecem consideração? E as alheiras de Mirandela? E o Minho? E o Douro? E a Cova da Beira? E o Alentejo? Este não cria borregos? Não tem campos a precisar de cultivo? O Alqueva é para esquecer? Castelo Branco, Viana do Castelo, Ponte de Lima, não têm direito a nada? Porquê essa guinada para Santarém?

Haja arrojo e coragem reformadora, senhor novel primeiro-ministro. Permita-me só um exemplo. O caso da indústria. Estamos na sociedade pós-industrial. É preciso agarrar a nova realidade de caras. Por isso sugiro não um mas muitos ministérios da Indústria. É preciso inovação, animação, criação de emprego, audácia.

Não sei que ministério criar no Porto. Apesar de cá viver, não conheço a dominante industrial da urbe. Mas o Vale do Ave requer um ministério da indústria têxtil. São João da Madeira um da indústria do calçado. A Marinha Grande fica bem com um da indústria vidreira. Já na Covilhã, pelo direito e pela tradição, cabe-lhe um dos lanifícios. Ponte de Lima, até para fazer pazes com o autarca, não pode dispensar um ministro do queijo liminiano. E os galos de Barcelos? Porque não um ministro dos Galos de Barcelos? E não se esqueça, senhor primeiro-ministro da Serra da Estrela. Escolha um lugar na encosta da serra e nomeie o ministro do Queijo da Serra.

O que não falta são pretextos e lugares para criar ministérios das indústrias. Mas não podemos esquecer as outras áreas da nossa actividade económica, social, cultural e política. Todas requerem descentralização. Precisamos de mais ministérios e de mais ministros. Qual é o português que não quer ter um ministro por vizinho?

Demos uma lição ao mundo. Já reparou, senhor primeiro-ministro, que se usarmos a terminologia da UE nós podemos ter, não o banal senhor pesc., mas o senhor truta salmonada, o senhor galo de Barcelos, o senhor queijo da serra, o senhor porco preto, o senhor alheira e por aí adiante? Já pensou nas potencialidades desta diversidade ministerial e num governo assim descentralizado?

Nota: Em meados dos anos oitenta decidiram criar três escolas superiores de educação (ESE). Uma em Lisboa, outra no Porto e outra em Santarém. Logo outras capitais de distrito reclamaram que também tinham direito. E tiveram. O resultado é o que se vê. Entre públicas e privadas não há cidade, vila, vinha, nabal, campo de girassol sem a sua ESE. O resultado está à vista. São mais de 40.000 os desempregados encartados por esta "indústria!". O custo? "A política não tem custos".

Venham então, dois ou três ministérios por capital de distrito. Um por cidade. Uma secretaria de Estado por vila. E, já agora, uma direcçãozinha-geral por cada freguesia. O país não vive do Estado?

José Paulo Serralheiro

A nova localização dos ministérios

NOVA LOCALIZAÇÃO DOS MINISTÉRIOS, EM NOME DE UMA MAIOR PROXIMIDADE AOS INTERESSADOS

Ministério da Agricultura - Santarém
Ministério da Economia - Porto
Ministério do Turismo - Faro
Ministério da Cultura - Quinta do Lago
Ministério do Ambiente - Ilhas Selvagens
Ministério da Construção Civil, Obras Públicas, Cidades e Patos Bravos - Tomar
Ministério das Autarquias Locais - Viseu
Ministério da Ciência e do Ensino Superior - Coimbra
Ministério da Educação - suprimido da orgânica do Governo por dificuldades em concluir o concurso dos professores - o próximo ano será de férias escolares.
Ministério da Saúde - Badajoz
Ministério da Administração Interna - Cova da Moura (Amadora)
Ministério da Justiça - Lisboa (Estabelecimento prisional de )
Ministério da Segurança Social e do Trabalho - Guimarães.
Ministério da Defesa - Lajes (Açores)
Ministério dos Negócios Estrangeiros - Bruxelas
Ministério das Finanças - Funchal

14 julho, 2004

Nelly, were's the power?

It is the passion flowing right on through your veins
And it's the feeling that you're oh so glad you came
It is the moment you remember you're alive
It is the air you breathe, the element, the fire
It is that flower that you took the time to smell
It is the power that you know you got as well
It is the fear inside that you can overcome
This is the orchestra, the rhythm and the drum

Com uma força, com uma força
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguem pode matar

It is the soundtrack of your ever-flowing life
It is the wind beneath your feet that makes you fly
It is the beautiful game that you choose to play
When you step out into the world to start your day
You show your face and take it in and scream and pray
You're gonna win it for yourself and us today
It is the gold, the green, the yellow and the grey
The red and sweat and tears, the love you go. Hey!

Com uma força, com uma força
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguem pode matar

Closer to the sky, closer, way up high, closer to the sky

Com uma força, com uma força
Com uma força que ninguem pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguem pode matar

13 julho, 2004

Convite

Cheirar a vacas... e ver inglesas torradas

Sinais de Santana

Excerto do artigo de José Manuel Fernandes, no Público de hoje:

"Mas pior foi ter feito crer que despachar uns ministérios para fora de Lisboa seria uma grande medida de descentralização. Ora cheirar a vacas no gabinete do ministro da Agricultura ou verem-se inglesas torradas pelo sol da janela do secretário de Estado do Turismo não faz deles melhores governantes nem corresponde a nenhuma real descentralização. A centralização é a mesma enquanto tudo tiver de ir ao gabinete do ministro, esteja ele no Terreiro do Paço ou na Foz do Douro"

Alguns pontos nos is

Numa entrevista gravada horas antes do Presidente da República decidir pela não dissolução da Assembleia da República, Medina Carreira fez um diagnóstico muito negativo do estado do país e defendeu um sistema político mais presidencialista. Entrevista de Eduardo Dâmaso e Graça Franco (Rádio Renascença).
Jornal Público

Aqui ficam alguns excertos…

Na política activa e responsável quem abandona funções perde totalmente o crédito para mim. Aconteceu com António Guterres, aconteceu agora com Durão Barroso.

(Durão Barroso) desertou... sabe que os pretextos, às vezes, servem para dourar as pílulas. Com o compromisso que tinha a deserção é imperdoável.

Nós somos irrelevantes na Europa e, portanto, estar a servir a Europa é quase completamente irrelevante. Nós não contamos na Europa.

Se fosse Presidente da República empossava o Dr. Santana Lopes. Primeiro, para que ele mostre aquilo que vale. Se não vale nada daqui a dois anos vê-se que não vale nada e vai embora.

O nosso Presidente faz mensagens, discursos, mas o país passa indiferente a tudo isto.

Sabe que eu acho cada vez mais difícil arranjar gente capaz para tratar deste país.

(Na justiça) o problema é que não há juízes, faltam instalações e é preciso mais organização. A justiça precisa de mais meios e mais dinheiro. A educação precisa de menos dinheiro e de menos meios. A nossa educação custa mais do que a educação espanhola ou grega.

Quando se diz que é preciso mais dinheiro isto foi uma moda que os incompetentes geraram neste país: pondo mais dinheiro as coisas se resolvem. Sabemos nas nossas vidas que, por vezes, onde pomos mais dinheiro é onde acertamos menos. O que precisamos é de responsabilidade, exigência, rigor e seriedade.

Eu tenho respostas para a evasão e para a fraude mas se as pessoas não são capazes de agarrar nessas respostas e pô-las em vigor depois pesam outras dificuldades.

O que é que pensa de um primeiro-ministro que me pede uma solução, eu discuto com ele a solução, ele aceita e depois foge !? Isto é um problema de carácter. Não podemos combater a evasão sem carácter.

12 julho, 2004

Fábula

Enquanto suturava uma laceração na mão de um velho lavrador (ferido por um caco de vidro indevidamente deitado na terra), o médico e o doente começaram a conversar sobre o Santana Lopes.

E o velhinho disse:
- Bom, o senhor sabe...o Santana é uma tartaruga num poste...
Sem saber o que o camponês quer dizer, o médico perguntou o que era uma tartaruga num poste. A resposta foi:
- É quando o senhor vai por uma estradinha e vê um poste da vedação de arame farpado com uma tartaruga equilibrando-se em cima dele. Isto é uma tartaruga num poste...
O velho camponês olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:
- Você não entende como ela chegou lá;
- Você não acredita que ela esteja lá;
- Você sabe que ela não subiu lá sozinha;
- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
- Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!

Sa(n)tanices



(Ex)Citações

Falando bem e depressa
"tamos fodidos".
In, 100 nada


A natureza humana
"Que tipo de pessoa chora quando está a condecorar jogadores de futebol mas não verte uma única lágrima quando condena dez milhões de almas a serem governadas por Santana Lopes"?
In Gato Fedorento


Começou
"A entrevista de Santana Lopes à SIC, para além de um exercício de simulação política tão exagerado quanto ao Presidente que roça o absurdo - nenhum Primeiro Ministro que se preza se coloca de forma tão subserviente sob a tutela presidencial – mostra, infelizmente, que já começou a revelar-se a marca de água do entrevistado. As únicas coisas que foram ditas de concreto – número de ministérios, descentralização de ministérios, o Ministério da Agricultura em Santarém – são claramente coisas ditas sem qualquer pensamento de fundo, estudo, preparação e ponderação sobre a estrutura do Governo e o modo como se relaciona com o país. São daquelas coisas que são ditas e, depois, se levadas à prática na forma como foram “prometidas”, representam “experiências” com custos enormes. São caras, desorganizam o pouco que funciona e não resolvem problema nenhum.
Não, não é má vontade. É que é exactamente isto que é o costume."

in, Abrupto


Ai Portugal, Portugal
Num só mês morrem Sousa Franco, Sophia de Mello Breyner e Maria de Lourdes Pintasilgo. Santana Lopes é primeiro-ministro sem ir a votos. Dar a palavra aos eleitores é considerado "instabilidade". Um presidente de plataforma cidadã prefere a oligarquia à democracia. Um político demite-se um mês depois de ter conseguido a maior vitória de sempre do seu partido.
Resta chorar. Mas em público, para que todos vejam.
In, Barbabé

10 julho, 2004

Ainda - e sempre - Sophia

Terror de te amar
num sítio tão frágil como o mundo.
Mal de te amar
neste lugar de imperfeição
onde tudo nos quebra e emudece
onde tudo nos mente e nos separa.

07 julho, 2004

Bálsamo

As letras que por aqui andam, cantadas por Nat King Cole, encontram-se num CD chamado "In the Mood for Love" (soundtrack do filme com o mesmo nome) ...
Constituem, nestes dias de desalento, um verdadeiro bálsamo para a alma...

Te quiero, dijiste

"Te quiero” dijiste
tomando mis manos
entre tus manitas de blanco marfil.

Y sentí en mi pecho
un fuerte latido
después un suspiro
Y luego el chasquido
de un beso febril.

Muñequita linda
de cabellos de oro,
dos dientes de perla,
labios de rubi.

Dime si me quieres
como yo te adoro,
si de mí te acuerdas
como yo de ti.

A veces escucho
un eco divino
que envuelto en la brisa
parece decir:

Sí,¬ te quiero mucho,
mucho mucho mucho
tanto como entonces,
siempre hasta morir.

Aquellos ojos verdes

Aquellos ojos verdes
de mirada serena
dejaron en mi alma
eterna sede de amar,
anhelos de caricias,
de besos y ternuras,
de todas las dulzuras
que sabían brindar.
Aquellos ojos verdes,
serenos como un lago,
en cuyas quietas aguas
un dia me miré,
no saben las tristezas
que en mi alma han dejado,
aquellos ojos verdes
que yo nunca besaré.

06 julho, 2004

Foi um sonho lindo que acabou


Quizás...

"Quizás, Quizás, Quizás"

Siempre que te pregunto
Que, cuándo, cómo y dónde
Tú siempre me respondes
Quizás, quizás, quizás

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

Estás perdiendo el tiempo
Pensando, pensando
Por lo que más tú quieras
¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?

Y así pasan los días
Y yo, desesperando
Y tú, tú contestando
Quizás, quizás, quizás

04 julho, 2004

Orgulho nacional


Faltam já menos de 5 horas para o grande desfecho do Euro 2004. Há um ajuste de contas entre Portugueses e Gregos que urge dirimir. Esta é a grande oportunidade para nos vingarmos da derrocada no jogo de abertura do Euro. E não vamos deixá-la escapar.
Nunca estivemos tão solidários. Nunca estivemos tantos do mesmo lado da barricada. A mobilização que se gerou à volta da selecção das quinas é um fenómeno inolvidável. Hoje, ser Português é um grande motivo de orgulho. Finalmente, não nos envergonhamos de ser o que somos.
Assim não há gregos nem troianos que nos resistam!

03 julho, 2004

Protesto

Se não queres que Santana Lopes seja nomeado Primeiro-Ministro, manifesta o teu protesto pendurando a Bandeira Portuguesa na janela, na varanda, no carro… Não interessa onde, mas pendura-a….

SOPHIA

Este é o tempo
Da selva mais obscura
Até o azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de Chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam





Quando eu morrer voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar

Oportunidade versus coerência

Vamos começar pela memória, porque esta gente detesta a memória, como todos os que vivem na oportunidade e não na coerência.
Miguel Sousa Tavares, Público 2/7/04

Recordemos os factos. a escolha de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia ficará sempre manchada pela suspeita. Dois primeiros-ministros em exercício (o do Luxemburgo e o da Holanda) recusaram o convite invocando compromissos já assumidos. Outros candidatos, considerados fortes, foram liminarmente chumbados… Por isso, há nesta escolha de Durão uma grande suspeita. É escolhido não pelo mérito, mas pela conveniência. Mas nem isso lhe serviu de vergonha.
Barroso mentiu-nos, dizendo que não era candidato. Comportou-se como um "boy for the job". Não conseguiu dizer que não a um convite tentador. Para ele foi a coisa melhor que lhe poderia suceder. O país pouco interessou na sua decisão. E agora, Margarida Sousa Uva, vamos seguir o cherne?
Desertou, deixando-nos a pior de todas as heranças: Santana Lopes. De quem afirmou, em 2000, no congresso de Viseu, que era um misto de “Zandinga e de Gabriel Alves”.
Vive-se, de facto, na oportunidade e a coerência já não importa.
O lugar que se ocupa é um trampolim para o próximo lugar. Aconteceu isso com Durão. Acontece com Santana. Cada lugar que ocupa é o trampolim para o lugar seguinte. Certamente que não vai deixar escapar esta soberana oportunidade para a sua triunfal caminhada para Belém.

01 julho, 2004

Euforia

Temos vivido, nos últimos tempos, momentos de uma euforia contagiante. Unidos em torno da selecção nacional e do brilhante desempenho que tem vindo a ter, sentimo-nos outros. Veja-se a alegria que tem inundado as ruas e as praças nestes últimos dias. Espantamo-nos connosco mesmo, pois não nos sabíamos tão fáceis de galvanizar e em tamanha dose.

WE ARE THE CHAMPIONS

Escrevo, a esta hora da madrugada, depois de comemorar a vitória sobre a Holanda, para dizer que agora, depois de tudo o que já passámos, não resta qualquer dúvida: somos mesmo campiões.Qualquer que seja o resultado do próximo domingo.