Ontem foi dia de uma partida de ténis para o torneio escada. Ganhei ao Carlos Silva por 6-0 e 6-2. O jogo correu-me mesmo bem, e soube-me muito bem jogar. O ténis é, aliás, uma actividade que me vem dando muito gozo...A capacidade para controlar as jogadas, para colocar a bola onde se quer é espectacular. Mas, às vezes, nem tudo sai bem.. e tenho que aperfeiçoar muito a batida de esquerda.
Hoje foi dia de terminar a tarefa da distribuiçãoo dos computadores pelas salas de aulas. Ao todo instalei nesta semana dez PC's. Foi obra! Estou muito ansioso por ver o uso que se vai fazer destas máquinas.
27 outubro, 2003
25 outubro, 2003
Recortes de imprensa
A propósito do que tem vindo a acontecer, aqui ficam alguns recortes de imprensa.
Miguel Sousa Tavares, no Público de 14/10/2004:
Com dois dias de intervalo, conhecemos dois acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa referentes à prisão preventiva do deputado Paulo Pedroso. O primeiro arrasou a investigação em curso, o trabalho do Ministério Público e a decisão de prisão preventiva do juiz de instrução. O segundo arrasou a defesa do arguido, subscreveu por inteiro a posição do MP e do juiz, mas foi ainda mais longe: numas insólitas e deslocadas considerações, dedicou-se também a arrasar o carácter do suspeito, num tom de ódio que se percebe extensível a toda a classe política. Mais do que decidir que a prisão preventiva era legal, os desembargadores passaram directamente à sentença condenatória, acrescentando-lhe o enxovalho do arguido e um panfleto político para destinatários certos. Socorrendo-me do "Dicionário da duplicidade quotidiana", de Pacheco Pereira, confesso que "nunca antes" tinha visto tal coisa. Mas os tempos vão, de facto, para coisas nunca antes vistas.
Helena Matos, no Público de 15/19/2004:
A culpa é do sistema. Em Maio, o bastonário da Ordem dos Advogados e dirigentes do PS discutiram documentos em segredo de justiça. O bastonário não considerou que tal colidisse com o seu cargo e os dirigentes do PS também não. Em Outubro, o mesmo bastonário sugeriu que se pusesse termo ao procurador-geral da República porque este não põe termo às fugas ao segredo de justiça. No mesmo mês de Outubro, o PS considera também que as fugas ao segredo de justiça visam destruir os dirigentes daquele partido.
Augusto Santos Silva, no Público de 15/19/2004:
Duas últimas perguntas, dirigidas aos cínicos. Dizem que o PS ficou prisioneiro do processo da Casa da Pia. Mas não seria esse o objectivo subjacente à implicação de Paulo Pedroso? Dizem que a liderança de Ferro Rodrigues foi irremediavelmente atingida com a divulgação selectiva de expressões colhidas em escutas. Sim, é verdade que levou um tiro à queima-roupa, e pelas costas. Mas o que se espera de democratas é que emprestem punhais aos assassinos ou que os combatam, defendendo a liberdade e o direito?
Portanto, da minha parte, é não, essa palavra-chave da liberdade. Não cedo à tentação fascista de destruir pessoas nos telejornais. Não cedo à tentação totalitária dos poderes ocultos. Não cedo aos justiceiros que só aceitam as decisões dos tribunais se lhes forem favoráveis. Não cedo aos cínicos, que me convidam a reduzir a vida cívica a uma sucessão de abutres. Não cedo a quem quer condicionar ou diminuir a liberdade.
Miguel Sousa Tavares, no Público de 14/10/2004:
Com dois dias de intervalo, conhecemos dois acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa referentes à prisão preventiva do deputado Paulo Pedroso. O primeiro arrasou a investigação em curso, o trabalho do Ministério Público e a decisão de prisão preventiva do juiz de instrução. O segundo arrasou a defesa do arguido, subscreveu por inteiro a posição do MP e do juiz, mas foi ainda mais longe: numas insólitas e deslocadas considerações, dedicou-se também a arrasar o carácter do suspeito, num tom de ódio que se percebe extensível a toda a classe política. Mais do que decidir que a prisão preventiva era legal, os desembargadores passaram directamente à sentença condenatória, acrescentando-lhe o enxovalho do arguido e um panfleto político para destinatários certos. Socorrendo-me do "Dicionário da duplicidade quotidiana", de Pacheco Pereira, confesso que "nunca antes" tinha visto tal coisa. Mas os tempos vão, de facto, para coisas nunca antes vistas.
Helena Matos, no Público de 15/19/2004:
A culpa é do sistema. Em Maio, o bastonário da Ordem dos Advogados e dirigentes do PS discutiram documentos em segredo de justiça. O bastonário não considerou que tal colidisse com o seu cargo e os dirigentes do PS também não. Em Outubro, o mesmo bastonário sugeriu que se pusesse termo ao procurador-geral da República porque este não põe termo às fugas ao segredo de justiça. No mesmo mês de Outubro, o PS considera também que as fugas ao segredo de justiça visam destruir os dirigentes daquele partido.
Augusto Santos Silva, no Público de 15/19/2004:
Duas últimas perguntas, dirigidas aos cínicos. Dizem que o PS ficou prisioneiro do processo da Casa da Pia. Mas não seria esse o objectivo subjacente à implicação de Paulo Pedroso? Dizem que a liderança de Ferro Rodrigues foi irremediavelmente atingida com a divulgação selectiva de expressões colhidas em escutas. Sim, é verdade que levou um tiro à queima-roupa, e pelas costas. Mas o que se espera de democratas é que emprestem punhais aos assassinos ou que os combatam, defendendo a liberdade e o direito?
Portanto, da minha parte, é não, essa palavra-chave da liberdade. Não cedo à tentação fascista de destruir pessoas nos telejornais. Não cedo à tentação totalitária dos poderes ocultos. Não cedo aos justiceiros que só aceitam as decisões dos tribunais se lhes forem favoráveis. Não cedo aos cínicos, que me convidam a reduzir a vida cívica a uma sucessão de abutres. Não cedo a quem quer condicionar ou diminuir a liberdade.
24 outubro, 2003
Desporto e computadores
Finalmente realizou-se o jogo de futebol entre professores e alunos, depois de dois sucessivos adiamentos. Bom, há que dizê-lo: o resulatdo não foi nada brilhante, pois perdemos por 7 - 1. Mas se tivermos em conta a qualidade da equipa adversária, até se pode considerar um resultado honroso, pois eles são, na sua maior parte, jogadores federados que alinham em clubes. Assim... é justificável o resultado.
Pelos profes alinharam: eu, Mário, António Cruz, Zé Ferreira (que foi uma revelação na baliza), Vitor e Leonel.
Creio que foi um bom momento de convívio que serviu para cimentar relações e cumplicidades entre profes e alunos. Por isso, parece-me que é uma actividade em que se deve investir mais.
Aproveitei hoje o dia para passar pela Eça de Queirós para saber as hipóteses de alugar o pavilhão para o voley. Receberam-me de um modo muito simpático e logo ali se dispuseram resolver o problema, na medida em que há muitos sábados com desporto escolar. Quanto ao preço foi dito que bastaria pagar ao funcionário, o que é muito bom. Assim sendo penso que estão reunidas as condições para deixarmos o D. Dinis. Tenho que avisar a restante equipa desta novidade.
Apesar de ser o meu dia de folga na escola lá tive que ir para continuar a minha tarefa da distribuição dos PC's pelas salas. Saí de lá já eram 19 horas, mas consegui colocar mais 5 PC's nas salas de aula. Ou seja, neste momento já só faltam duas salas!!!
Pelos profes alinharam: eu, Mário, António Cruz, Zé Ferreira (que foi uma revelação na baliza), Vitor e Leonel.
Creio que foi um bom momento de convívio que serviu para cimentar relações e cumplicidades entre profes e alunos. Por isso, parece-me que é uma actividade em que se deve investir mais.
Aproveitei hoje o dia para passar pela Eça de Queirós para saber as hipóteses de alugar o pavilhão para o voley. Receberam-me de um modo muito simpático e logo ali se dispuseram resolver o problema, na medida em que há muitos sábados com desporto escolar. Quanto ao preço foi dito que bastaria pagar ao funcionário, o que é muito bom. Assim sendo penso que estão reunidas as condições para deixarmos o D. Dinis. Tenho que avisar a restante equipa desta novidade.
Apesar de ser o meu dia de folga na escola lá tive que ir para continuar a minha tarefa da distribuição dos PC's pelas salas. Saí de lá já eram 19 horas, mas consegui colocar mais 5 PC's nas salas de aula. Ou seja, neste momento já só faltam duas salas!!!
23 outubro, 2003
Um dia histórico
Poder-se-ia dizer que hoje é um dia histórico: consegui colocar os primeiros computadores, com ligação à Internet, em salas de aula, mais concretamente, na sala de Geografia e no laboratório de Física.
É claro que existem várias salas com computadores, onde "se dão aulas de informática" - acho que é mesmo isto. Nas outras salas, ditas "normais", tem predominado a voz do professor, o quadro e, esporadicamente, o retroprojector. Agora há mais um recurso e parece-me que há vários colegas muito motivados para o usar. Depois, espero pelo contágio.
Como já tinha escrito há alguns dias esta era uma das minhas apostas: levar a Internet à sala de aula. Estou muito curioso para ver qual vai ser o uso que se vai fazer das potencialidades que este novo recurso tecnológico contém.
Neste momento tenho já praticamente prontos para instalar mais sete PC's, que se destinam às salas de aulas dos grupos disciplinares: Matemática, Economia/Direito, Linguas Estrangeiras, Filosofia, História, Língua Portuguesa e Laboratório de Biologia. Penso que na próxima semana ficará tudo no seu devido lugar. Depois é necessário verificar o que é que vai acontecer, que tipo de uso é que as pessoas vão dar a esta tecnologia.
Esta tem sido uma cruzada estóica, heróica e solipsista. Por isso, não posso deixar de estar atento ao desenrolar dos acontecimentos...
É claro que existem várias salas com computadores, onde "se dão aulas de informática" - acho que é mesmo isto. Nas outras salas, ditas "normais", tem predominado a voz do professor, o quadro e, esporadicamente, o retroprojector. Agora há mais um recurso e parece-me que há vários colegas muito motivados para o usar. Depois, espero pelo contágio.
Como já tinha escrito há alguns dias esta era uma das minhas apostas: levar a Internet à sala de aula. Estou muito curioso para ver qual vai ser o uso que se vai fazer das potencialidades que este novo recurso tecnológico contém.
Neste momento tenho já praticamente prontos para instalar mais sete PC's, que se destinam às salas de aulas dos grupos disciplinares: Matemática, Economia/Direito, Linguas Estrangeiras, Filosofia, História, Língua Portuguesa e Laboratório de Biologia. Penso que na próxima semana ficará tudo no seu devido lugar. Depois é necessário verificar o que é que vai acontecer, que tipo de uso é que as pessoas vão dar a esta tecnologia.
Esta tem sido uma cruzada estóica, heróica e solipsista. Por isso, não posso deixar de estar atento ao desenrolar dos acontecimentos...
22 outubro, 2003
Ontem foi dia de mudar o endereço do blog
Ontem estive a passar para este novo endereço todos os posts que tinha no antigo. Por isso, aparecem todos com a data de ontem....o que não se deve estranhar!!!!
Lei de bases da educação e futuro da escola
Hoje realizou-se na escola uma mesa redonda sobre a proposta da lei de bases da educação. Foram convidados a integrar a mesa representantes de todos os partidos políticos, com assento na Assembleia, representantes das Federações sindicais e colegas da Comissão Executiva das escolas Eça de Queirós e Fernando Pessoa.
Não pude estar presente durante muito tempo. Mas ouvi a colega da Eça de Queirós e o deputado do PSD. Este último falou que nunca mais se calava. Quando saí, já eram quase 6 horas, e ainda não tinham usado ad palavra o representante do PCP, o representante da FENPROF, o representante do Bloco de Esquerda e o colega da Fernando Pessoa. Imagino o que é que deve ter sido o resto daquela sessão!!!
Assim, iniciativas destas que à partida tinham todas as condições para serem interessantes, acabam por ser contraproducentes.
Mas hoje durante a manhã a escola esteve agitada porque surgiu mais um boato: vamos ser integrados na Eça de Queirós. De quando em vez surgem estas coisas e temos que lhes dar o devido valor. Se os boatos determinassem o nosso futuro já há muito que tinhamos acabado. Felizmente que não é assim. Mas nestas coisas há sempre um fundo de verdade, como se costuma dizer. Por isso, é necessário estar atento.
Estive, por isso, a tratar com o António mais uma exposição sobre o futuro da escola. Só que desta vez vamos dirigi-la ao ministro. Tem que ser assim, já que ninguém nos responde!
No meio de tudo isto há uma questão de fundo que subsiste: trabalhar em condições destas não é nada estimulante.
Aqui fica uma fotografia da sessão. Neste link podem ser vistas outras.
Não pude estar presente durante muito tempo. Mas ouvi a colega da Eça de Queirós e o deputado do PSD. Este último falou que nunca mais se calava. Quando saí, já eram quase 6 horas, e ainda não tinham usado ad palavra o representante do PCP, o representante da FENPROF, o representante do Bloco de Esquerda e o colega da Fernando Pessoa. Imagino o que é que deve ter sido o resto daquela sessão!!!
Assim, iniciativas destas que à partida tinham todas as condições para serem interessantes, acabam por ser contraproducentes.
Mas hoje durante a manhã a escola esteve agitada porque surgiu mais um boato: vamos ser integrados na Eça de Queirós. De quando em vez surgem estas coisas e temos que lhes dar o devido valor. Se os boatos determinassem o nosso futuro já há muito que tinhamos acabado. Felizmente que não é assim. Mas nestas coisas há sempre um fundo de verdade, como se costuma dizer. Por isso, é necessário estar atento.
Estive, por isso, a tratar com o António mais uma exposição sobre o futuro da escola. Só que desta vez vamos dirigi-la ao ministro. Tem que ser assim, já que ninguém nos responde!
No meio de tudo isto há uma questão de fundo que subsiste: trabalhar em condições destas não é nada estimulante.
Aqui fica uma fotografia da sessão. Neste link podem ser vistas outras.
21 outubro, 2003
Pedro Campos
Hoje fui almoçar com o Pedro Campos. Foi um almoço difícil de agendar, porque surgiram, nos últimos tempos vários imprevistos, de parte a parte.
Já não nos encontrávamos desde meados de Julho. Para mim é sempre gratificante partilhar algum do meu tempo com o Pedro.
Conhecemo-nos na Vitorino Nemésio, já lá vão uns anitos (penso que em 88/89). Era um tempo em que disponibilidade, ousadia e iniciativa se conjugavam perfeitamente. As primeiras Nemesianas, realizadas em 1990, são disso um belo exemplo. Eu, o Pedro o Teodoro e um grupo de alunos, dos quais ainda recordo o Bruno e o Bandeiras, empenhámo-nos de um modo único e daí resultou uma semana muito rica do ponto de vista cultural, político e académico.
Mais tarde, em 91/92 partilhei com o Pedro a gestão da escola. Não fora ele a desafiar-me e, certamente, eu nunca teria apanhado esse barco. Mas foi uma gestão que marcou a vida da escola. Ele abandonar-nos-ia no ano seguinte por um capricho do concurso de professores que não o colocou, e, de uma assentada, a Vitorino Nemésio perdia um dos seus pilares fundamentais.
Ainda hoje é uma referência para muitos daqueles que tiveram o privilégio de ter a sua amizade e companhia.
Agora o Pedro é director pedagógico da Escola Profissional Val do Rio, em Oeiras. Mas, nas nossas conversas, fala sempre da "nossa escola".
Ainda hoje, ao almoço, quando o lembrei que em 2005 vamos fazer 25 anos, começou imediatamente a fazer projectos para coisas que se poderiam realizar.
É assim o Pedro: sonhador, visionário, futurista, utópico (no bom sentido).
Já não nos encontrávamos desde meados de Julho. Para mim é sempre gratificante partilhar algum do meu tempo com o Pedro.
Conhecemo-nos na Vitorino Nemésio, já lá vão uns anitos (penso que em 88/89). Era um tempo em que disponibilidade, ousadia e iniciativa se conjugavam perfeitamente. As primeiras Nemesianas, realizadas em 1990, são disso um belo exemplo. Eu, o Pedro o Teodoro e um grupo de alunos, dos quais ainda recordo o Bruno e o Bandeiras, empenhámo-nos de um modo único e daí resultou uma semana muito rica do ponto de vista cultural, político e académico.
Mais tarde, em 91/92 partilhei com o Pedro a gestão da escola. Não fora ele a desafiar-me e, certamente, eu nunca teria apanhado esse barco. Mas foi uma gestão que marcou a vida da escola. Ele abandonar-nos-ia no ano seguinte por um capricho do concurso de professores que não o colocou, e, de uma assentada, a Vitorino Nemésio perdia um dos seus pilares fundamentais.
Ainda hoje é uma referência para muitos daqueles que tiveram o privilégio de ter a sua amizade e companhia.
Agora o Pedro é director pedagógico da Escola Profissional Val do Rio, em Oeiras. Mas, nas nossas conversas, fala sempre da "nossa escola".
Ainda hoje, ao almoço, quando o lembrei que em 2005 vamos fazer 25 anos, começou imediatamente a fazer projectos para coisas que se poderiam realizar.
É assim o Pedro: sonhador, visionário, futurista, utópico (no bom sentido).
Evidências da blogosfera
Numa análise muito superficial do que vai sucedendo na blogosfera deparamos com um conjunto diversificado de características, das quais se salientam três:
1. a capacidade de escrita é diluviana ;
2. é vertiginoso o poder de actualização;
3. cresce quotidiana e exponencialmente o número de blogistas .
Ou seja, cada vez há mais gente a escrever, escreve-se muitíssimo e escreve-se, na hora, sobre o que está a contecer.
Mas há outras especificidades dos blogues:
- não há assunto que não escape à escrita; escreve-se sobre tudo;
- a esfera política é certamente um objecto muito blogado;
- há blogues com carácter muito intimista;
- grande parte dos blogues são produtos perfeitamente triviais;
- há muitos bloguistas que já dominam técnicas de html.
Se é certo que constatamos a existência de algumas limitações em termos de publicação, verifica-se que há já quem saiba contorná-las.
Decididamente os blogues vieram para ficar!
Entretanto acabo de ler no suplemento "Computadorse" do Jornal Público o seguinte:
"Foi lançado na passada semana o primeiro livro de autores nacionais sobre os blogues. "Blogs" foi escrito por Paulo Querido e Luís Ene".
E a notícia continua:
"O livro aproveita a vaga de mediatismo e consequente interesse sobre os blogues nos últimos meses para falar da sua existência e emergência, explicar como criar um e entrevistar alguns dos envolvidos nos últimos meses neste movimento. Termina com uma lista de blogues nacionais, explicada e assumida como uma escolha pessoal dos autores, mas que se pretendem como "uma lista dos blogues mais representativos da blogosfera portuguesa, organizada por temas".
Mais informações sobre o livro podem ser encontradas aqui: BLOGS
1. a capacidade de escrita é diluviana ;
2. é vertiginoso o poder de actualização;
3. cresce quotidiana e exponencialmente o número de blogistas .
Ou seja, cada vez há mais gente a escrever, escreve-se muitíssimo e escreve-se, na hora, sobre o que está a contecer.
Mas há outras especificidades dos blogues:
- não há assunto que não escape à escrita; escreve-se sobre tudo;
- a esfera política é certamente um objecto muito blogado;
- há blogues com carácter muito intimista;
- grande parte dos blogues são produtos perfeitamente triviais;
- há muitos bloguistas que já dominam técnicas de html.
Se é certo que constatamos a existência de algumas limitações em termos de publicação, verifica-se que há já quem saiba contorná-las.
Decididamente os blogues vieram para ficar!
Entretanto acabo de ler no suplemento "Computadorse" do Jornal Público o seguinte:
"Foi lançado na passada semana o primeiro livro de autores nacionais sobre os blogues. "Blogs" foi escrito por Paulo Querido e Luís Ene".
E a notícia continua:
"O livro aproveita a vaga de mediatismo e consequente interesse sobre os blogues nos últimos meses para falar da sua existência e emergência, explicar como criar um e entrevistar alguns dos envolvidos nos últimos meses neste movimento. Termina com uma lista de blogues nacionais, explicada e assumida como uma escolha pessoal dos autores, mas que se pretendem como "uma lista dos blogues mais representativos da blogosfera portuguesa, organizada por temas".
Mais informações sobre o livro podem ser encontradas aqui: BLOGS
Ténis
Hoje, durante a manhã, fui bater umas bolas com o Eduardo, apesar de o tempo estar ligeiramente chuvoso.
No início desta nova temporada virei-me decididamente para o Clube Tejo, abandonando - espero que não definitivamente - o estádio nacional e a companhia do pessoal da Assembleia da República. Mas era a opção a tomar para acabar, de vez, com a stressante, desenfreada e bisemanal corrida pela segunda circular até ao Jamor.
Agora, no Clube Tejo, é tudo muito mais fácil e gratificante: fica aqui mesmo ao pé da porta, e o ambiente é fixe. O Jaime tem sabido criar as condições para que isso aconteça.
À quinta feira faço o meu treino semanal com o Dário e, sempre que posso, aproveito para jogar com outros parceiros, ao longo da semana. Às sextas feiras, quando é possível, lá tenho trazido o Carlos Afonso e o Queirós até estas bandas para batermos umas bolas. Eles são verdadeiramente aficcionados do ténis e, para mim, é sempre um prazer desfrutar da sua companhia.
Sempre que me desloco ao Clube Tejo para jogar faço-o com imenso prazer. Está a saber-me mesmo bem esta viragem e esta aposta.
No início desta nova temporada virei-me decididamente para o Clube Tejo, abandonando - espero que não definitivamente - o estádio nacional e a companhia do pessoal da Assembleia da República. Mas era a opção a tomar para acabar, de vez, com a stressante, desenfreada e bisemanal corrida pela segunda circular até ao Jamor.
Agora, no Clube Tejo, é tudo muito mais fácil e gratificante: fica aqui mesmo ao pé da porta, e o ambiente é fixe. O Jaime tem sabido criar as condições para que isso aconteça.
À quinta feira faço o meu treino semanal com o Dário e, sempre que posso, aproveito para jogar com outros parceiros, ao longo da semana. Às sextas feiras, quando é possível, lá tenho trazido o Carlos Afonso e o Queirós até estas bandas para batermos umas bolas. Eles são verdadeiramente aficcionados do ténis e, para mim, é sempre um prazer desfrutar da sua companhia.
Sempre que me desloco ao Clube Tejo para jogar faço-o com imenso prazer. Está a saber-me mesmo bem esta viragem e esta aposta.
A dor
Há já oito dias que ando a tentar contornar uma dor que me dilacera o peito. Mas não consigo. Por isso, tenho que verbalizá-la escrevendo sobre a sua razão de ser: o falecimento do Jaime.
Foi um acontecimento que veio abalar a quietude destes amenos dias de Outono. É sempre desolador ver partir alguém, mas, na flor da idade, ainda o é muito mais.
Em Souropires vi muita gente inconformada com a partida do Jaime, exprimindo, de um modo tão humano, com palavras e com lágrimas, a dor que lhes ia no coração. Encorporei-me nessa torrente e aí permaneci solidário.
E é em momentos como estes, em que não conseguimos conter as lágrimas, que questionamos os ditames da natureza e nos permitimos afirmar: há idades em que devia ser proibido morrer.
Estes recentes acontecimentos de Souropires transportam uma outra imagem da vida, onde o passado e o futuro ganham outra dimensão. Saibamos nós ler os indícios....
Foi um acontecimento que veio abalar a quietude destes amenos dias de Outono. É sempre desolador ver partir alguém, mas, na flor da idade, ainda o é muito mais.
Em Souropires vi muita gente inconformada com a partida do Jaime, exprimindo, de um modo tão humano, com palavras e com lágrimas, a dor que lhes ia no coração. Encorporei-me nessa torrente e aí permaneci solidário.
E é em momentos como estes, em que não conseguimos conter as lágrimas, que questionamos os ditames da natureza e nos permitimos afirmar: há idades em que devia ser proibido morrer.
Estes recentes acontecimentos de Souropires transportam uma outra imagem da vida, onde o passado e o futuro ganham outra dimensão. Saibamos nós ler os indícios....
Levar a montanha a Moisés
Tenho andado muito acupado lá pela escola, às voltas com os computadores. Primeiro foram os do Nónio/Centro de Recursos, onde tenho estado a fazer upgrades (substituir a motherboard, o processador, a fonte de alimentação... e, claro, depois formatar...), passando de processadores de 400MHZ para 2,4. Esta é uma tarefa que está quase terminda, mas que tem "dado água pela barba".
Concomitantemente, e porque o Bruno nunca mais tratava do assunto, lá tive que instalar tomadas em 12 salas e fazer todas as ligações do switch da sala 5 para estas salas.
Entretanto lá vou ocupando uma parte significativa do meu tempo na sala 7 (que neste momento está transformada num armazém de informática!!), para descobrir, no meio daquele lixo todo, alguma coisa que possa ser utilizado. E uma vez descoberto...configurar, formatar, etc, etc...
Tudo isto porque estou numa cruzada de levar a Internet até à sala de aula - embora neste caso sejam só 12 salas. Esta cruzada é sucedânea de uma outra que consistiu na criação do Centro Nónio (presentemente com 10 computadores com ligação à Internet). E o que que constatei ao longo destes anos é que estava ali, e está, um recurso precioso que os professores quase não utilizam - os dedos das duas mãos são suficienets para a contagem dos professores que usaram este recurso... Por isso, o raciocínio foi o seguinte: como Moisés não vai à montanha, então vamos levar a montanha a Moisés. E foi assim que parti para a cruzada de colocar computadores em algumas salas de aula.
Mas no meio de toda esta azáfama há sempre latente uma ténue interrogação: será que todo este trabalho vai contribuir para tornar mais actual e interessante o processo de ensino/aprendizagem? Ou seja, para melhorar a qualidade das aprendizagens? É uma interrogação que tenderá a subsistir e que só daqui a algum tempo é que se poderá ver o resultado.
Para já, pelo menos, fica-me essa consolação de ter levado a Internet à sala de aula, pondo à disposição de professores e alunos um recurso precioso.
Concomitantemente, e porque o Bruno nunca mais tratava do assunto, lá tive que instalar tomadas em 12 salas e fazer todas as ligações do switch da sala 5 para estas salas.
Entretanto lá vou ocupando uma parte significativa do meu tempo na sala 7 (que neste momento está transformada num armazém de informática!!), para descobrir, no meio daquele lixo todo, alguma coisa que possa ser utilizado. E uma vez descoberto...configurar, formatar, etc, etc...
Tudo isto porque estou numa cruzada de levar a Internet até à sala de aula - embora neste caso sejam só 12 salas. Esta cruzada é sucedânea de uma outra que consistiu na criação do Centro Nónio (presentemente com 10 computadores com ligação à Internet). E o que que constatei ao longo destes anos é que estava ali, e está, um recurso precioso que os professores quase não utilizam - os dedos das duas mãos são suficienets para a contagem dos professores que usaram este recurso... Por isso, o raciocínio foi o seguinte: como Moisés não vai à montanha, então vamos levar a montanha a Moisés. E foi assim que parti para a cruzada de colocar computadores em algumas salas de aula.
Mas no meio de toda esta azáfama há sempre latente uma ténue interrogação: será que todo este trabalho vai contribuir para tornar mais actual e interessante o processo de ensino/aprendizagem? Ou seja, para melhorar a qualidade das aprendizagens? É uma interrogação que tenderá a subsistir e que só daqui a algum tempo é que se poderá ver o resultado.
Para já, pelo menos, fica-me essa consolação de ter levado a Internet à sala de aula, pondo à disposição de professores e alunos um recurso precioso.
O livro dos vinhos
Ontem foi o dia do lançamento do livro do João Paulo Martins "Vinhos de Portugal 2004". O evento deu-se no restaurante do Clube de Golfe da Bela Vista.
Para mim foi uma estreia absoluta, pois desconhecia completamente o local. Mas fiquei muito bem impressionado, sobretudo com a vista.
Quanto ao evento, e como já vem sendo tradição nos últimos anos, beberam-se umas belas pingas - ainda provei uma boa meia dúzia delas - acompanhadas por alguns petiscos bem saborosos, se bem que em quantidade não muito abundante.
Lá estive à conversa com a Cila (que anualmente zela pela minha presença), o João Nuno, a Cristina e o Nelson (da D. Quixote), que acabou por falar do seu blog, é claro - aqui fica o link para os textosdecontracapa.
A acompanhar este "Vinhos de Portugal 2004" o João Paulo e a D. Quixote lançaram também um opúsculo chamado "10 anos de provas - Os melhores vinhos da cada ano" .
Quando tentei colocar aqui uma imagem do livro lembrei-me, naturalmente, da Editora D. Quixote, uma vez que foi ela a publicá-lo. Fiz uma pesquisa no google, perdi uma série considerável de tempo e não consegui encontrar o site da editora. Será possível que não exista? Eu não quero acreditar!!!!
De modo que tive que andar a pesquisar pelo dito cujo livro. Mas não encontrei a edição de 2004. Só me restou passá-lo no scanner.
Futebol e colegas
Estava previsto para hoje um jogo de futebol entre alunos e profes. Mas o mau tempo não permitiu que se concretizasse o evento. Ficou adiado para a próxima terça feira.
O Mário, que tem sido um bom colega de escola e um bom parceiro de mails, é o grande organizador destas iniciativas. Ainda bem que há alguém a organizar coisas destas.
E é precisamente no meio destas coisas que se vão criando algumas cumplicidades, como foi o caso daquela conversa furtuita acerca da nova colega que acabava de passar....
O Mário, que tem sido um bom colega de escola e um bom parceiro de mails, é o grande organizador destas iniciativas. Ainda bem que há alguém a organizar coisas destas.
E é precisamente no meio destas coisas que se vão criando algumas cumplicidades, como foi o caso daquela conversa furtuita acerca da nova colega que acabava de passar....
Zé Carvalho
Recebi hoje um mail do Zé Carvalho, um velho amigo dos tempos da Faculdade e que, desde então, nunca mais voltei a ver.
Tenho tido, ao longo destes anos, notícias esporádicas dele (sobretudo através do Emanuel), nomeadamente as que se relacionam com o seu filho e craque de bola Dany, com a publicação de manuais escolares de filosofia, etc.
Eu já tinha tentado contactá-lo há um ano... mas ele não respondeu à minha missiva. Mas ainda bem que escerveu. Gostava de encontrá-lo. Aliás disse-lhe isso no mail que lhe enviei.
Já agora: era bom trazer o Emanuel para esse encontro.
Tenho tido, ao longo destes anos, notícias esporádicas dele (sobretudo através do Emanuel), nomeadamente as que se relacionam com o seu filho e craque de bola Dany, com a publicação de manuais escolares de filosofia, etc.
Eu já tinha tentado contactá-lo há um ano... mas ele não respondeu à minha missiva. Mas ainda bem que escerveu. Gostava de encontrá-lo. Aliás disse-lhe isso no mail que lhe enviei.
Já agora: era bom trazer o Emanuel para esse encontro.
Apreensão
Entrei hoje, como aliás o faço muitas vezes, na sala de fumo para mudar a música dos intervalos. E foi numa dessas minhas passagens meteóricas que a Margarida Santos me disse que eu andava ausente, distante... que ninguém me via...
Confesso que me ressenti desta tirada, ao longo do dia. É certo que a Margarida já está fora da escola há alguns anos (3?). Nesse tempo eu ainda era fumador (vai fazer em Novembro dois anos, uf!) e como tal era um assíduo frequentador da sala da amena cavaqueira. Depois fui-me retirando cada vez mais e confesso que só passo por lá por estrita obrigação - a mudança da música - já que aquele ambiente me diz muito pouco. O ambiente é irrespirável!!!
Como é que daqui para a frente vou gerir esta tirada da Margarida Santos?
Confesso que me ressenti desta tirada, ao longo do dia. É certo que a Margarida já está fora da escola há alguns anos (3?). Nesse tempo eu ainda era fumador (vai fazer em Novembro dois anos, uf!) e como tal era um assíduo frequentador da sala da amena cavaqueira. Depois fui-me retirando cada vez mais e confesso que só passo por lá por estrita obrigação - a mudança da música - já que aquele ambiente me diz muito pouco. O ambiente é irrespirável!!!
Como é que daqui para a frente vou gerir esta tirada da Margarida Santos?
Grande bagunça no concurso de professores
Hoje dei comigo a descarregar quase uma centena de mails proveninetes de candidatos a dois horários, melhor dizendo dois mini-horários (um de 10 e outro de 9 horas).
Sucede que este ano o concurso de professores tem sido a grande bagunçada. Agora é através de mail, de fax, de telefone que se apresentam as candidaturas. E, como é de esperar, cada um dos eventuais candidatos contacta o maior número possível de escolas, na vã esperança de conseguir alcançar um lugar. Imagine-se, pois a odisseia em que os candidatos a professores se viram enredados.
Por outro lado, as escolas estão completamente assoberbadas com mails, faxes, telefonemas, sem capacidade de resposta e de decisão, porque não podem escolher o primeiro candidato que apareça. Têm que seriar!!!!O que, numa circunstância destas, não é fácil de conseguir. Quando é que terminam as candidaturas? Quantos dias se dão?
Daqui resulta que saem prejudicados os candidatos a professores, as escolas e os alunos. Donde se conclui que estamos perante um situação de verdadeira incompetência.
O Ministério da Educação, ou melhor, o David Justino, criou, de facto, uma verdadeira bagunçada.
Sucede que este ano o concurso de professores tem sido a grande bagunçada. Agora é através de mail, de fax, de telefone que se apresentam as candidaturas. E, como é de esperar, cada um dos eventuais candidatos contacta o maior número possível de escolas, na vã esperança de conseguir alcançar um lugar. Imagine-se, pois a odisseia em que os candidatos a professores se viram enredados.
Por outro lado, as escolas estão completamente assoberbadas com mails, faxes, telefonemas, sem capacidade de resposta e de decisão, porque não podem escolher o primeiro candidato que apareça. Têm que seriar!!!!O que, numa circunstância destas, não é fácil de conseguir. Quando é que terminam as candidaturas? Quantos dias se dão?
Daqui resulta que saem prejudicados os candidatos a professores, as escolas e os alunos. Donde se conclui que estamos perante um situação de verdadeira incompetência.
O Ministério da Educação, ou melhor, o David Justino, criou, de facto, uma verdadeira bagunçada.
Para quê um blog?
Poder-se-ia dizer que ontem foi um dia histórico- se é que isto ainda quer dizer alguma coisa!
Bom, mas como dizia o cará¡cter histórico da efeméride está relacionada com o facto de ter iniciado os meus alunos do 11º ano na epopeia da criação de um blog.
Eles aderiram de um modo bastante reservado, pois não percebem muito bem para que é que isto serve. E eu, sei?
Vamos ver o que é que conseguimos. Mas parece-me que seria interessante criar um espaço de diálogo entre todos, um espaço onde pudessemos dar luz a algumas das coisas que vamos produzindo em termos académicos.
Para já vamos fazer um guião a explicar como é que se cria um blog.
Haverá lugar para um blog de turma? Fará algum sentido? Logo veremos...
Mas também eu fui "tocado" por isto. Às vezes é preciso empurrarmos os outros para nos empurrarmos a nós mesmos. Assim, o facto de ter iniciado os meus alunos nesta odisseia foi um bom pretexto para também eu "embarcar".. E aqui está o "Dois dedos de conversa"..
O que vai ser não faço ideia. Mas também não é preocupante, pois não?
Bom, mas como dizia o cará¡cter histórico da efeméride está relacionada com o facto de ter iniciado os meus alunos do 11º ano na epopeia da criação de um blog.
Eles aderiram de um modo bastante reservado, pois não percebem muito bem para que é que isto serve. E eu, sei?
Vamos ver o que é que conseguimos. Mas parece-me que seria interessante criar um espaço de diálogo entre todos, um espaço onde pudessemos dar luz a algumas das coisas que vamos produzindo em termos académicos.
Para já vamos fazer um guião a explicar como é que se cria um blog.
Haverá lugar para um blog de turma? Fará algum sentido? Logo veremos...
Mas também eu fui "tocado" por isto. Às vezes é preciso empurrarmos os outros para nos empurrarmos a nós mesmos. Assim, o facto de ter iniciado os meus alunos nesta odisseia foi um bom pretexto para também eu "embarcar".. E aqui está o "Dois dedos de conversa"..
O que vai ser não faço ideia. Mas também não é preocupante, pois não?
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