25 junho, 2009

Neda, o rosto que chama a revolta


Em farsi, o seu nome significa "voz" ou "chamamento". E as imagens da sua morte, durante os protestos do último fim-de-semana, transformaram-na no símbolo da revolta que varre as ruas de Teerão. Os amigos dizem que adorava viajar e não tolerava injustiças. O regime quer que seja esquecida.

Há 20 anos, milhões assistiram incrédulos às imagens de um manifestante anónimo a enfrentar sozinho os tanques na Praça de Tiananmen, em Pequim. Agora, é a morte quase em directo de uma jovem nas ruas de Teerão que está a chocar o mundo, dando à revolta que há mais de dez dias varre a capital iraniana uma mártir e um símbolo da luta contra a repressão.

Neda Agha-Soltan. Era o seu nome completo. Tinha 26 anos e era a segunda de três filhos de um funcionário público e de uma dona de casa de Teerão. Uma entre milhões de jovens iranianos nascidos depois da Revolução Islâmica de 1979, criados nos subúrbios em rápido crescimento da grande metrópole do Irão.
Era estudante de Filosofia Islâmica na Universidade Azad, em Teerão.




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