20 junho, 2009

Avaliadores não se sentiram "preparados nem à vontade"


Três em cada dez professores (28 por cento) das escolas acompanhadas pelo Conselho Científico para a Avaliação dos Professores foram avaliados por um colega de uma área disciplinar diferente da sua, sendo que os avaliadores, no geral, não se sentiram “preparados nem à vontade” para essa função.

Esta é uma das conclusões constante no relatório de acompanhamento e monitorização do CCAP, realizado através de visitas e estudos a 30 estabelecimentos de ensino e divulgado hoje pelo Ministério da Educação.

“Em média, 72 por cento dos avaliadores pertence à mesma área disciplinar do avaliado e 28 por cento, em média, será avaliado por um avaliador de outra área disciplinar. No entanto, a situação nas escolas é diferenciada, uma vez que em cinco a maioria dos avaliadores não pertence à área disciplinar do avaliado”, lê-se no relatório.

Segundo o CCAP, o não reconhecimento de legitimidade a muitos avaliadores é um aspecto que reúne a maioria da opinião dos informantes das 30 escolas associadas.

“Para essa falta de legitimidade concorre a falta de reconhecimento de competência docente (referida em dois terços das escolas), a falta de formação específica (14 escolas) e a forma como decorreu o concurso para acesso à categoria de professor titular (22 escolas)”, afirma o Conselho Científico.

Acrescenta que “em algumas escolas” são os próprios avaliadores que pôem em causa a sua competência: “A percepção recolhida nas escolas associadas foi a de que a avaliação na componente científico-pedagógica constitui um dos factores de mal-estar nas escolas”.


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