30 janeiro, 2009

Água mole em pedra dura...


DA NÃO ENTREGA DE OBJECTIVOS INDIVIDUAIS NÃO RESULTA PERDA DE TEMPO DE SERVIÇO

Com a intenção de intimidar os professores e entregarem os objectivos individuais de avaliação, têm sido postos a circular diversos boatos, que vão desde a impossibilidade de concorrer nos próximos concursos até a alegadas perdas de tempo de serviço.

Por exemplo, há professores que foram informados, por escrito, de que, da não entrega de objectivos individuais, resultará a não contagem do tempo de serviço em avaliação para efeitos de futura progressão.
Essa informação não tem qualquer fundamento legal pelo que, sempre que um professor receba tal notificação, deverá dirigir à entidade que o/a notifica, o seguinte Requerimento:

“Eu, (nome), professor do ___ grupo, da Escola/Agrupamento ________________, venho requerer a V.ª Ex.ª, nos termos do disposto nos artigos 120.º a 122.º e 124.º do Código de Procedimento Administrativo, que me sejam dados a conhecer os fundamentos legais da informação recebida de que, por não ter entregado os objectivos individuais de avaliação, me será descontado tempo de serviço para efeitos de progressão.”

A entidade a quem é requerida esta informação fica obrigada a responder por escrito devendo o/a professor/a, logo que receber a resposta, dirigir-se ao seu Sindicato.

A Direcção

Fonte

Novos rumos na formação contínua


Segundo o Público de hoje perspectivam-se algumas alterações no âmbito da formação contínua de professores.

Decorre de 2 de Fevereiro a 2 de Março, o concurso para apresentação de candidaturas ao apoio financeiro do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH) para as acções de formação contínua de professores, para o corrente ano.
O concurso destina-se, exclusivamente, aos Centros de Formação de Associações de Escolas (CFAE) que, depois, deverão contratualizar com as restantes entidades acreditadas (ou seja, as associações profissionais e as instituições de ensino superior), dois terços da formação que cada centro vai gerir.

Isto quer dizer várias coisas:
1. As associações profissionais e as instituições de ensino superior vão deixar de poder candidatar-se directamente aos fundos comunitários, para financiarem a formação que fazem. Assim, a formação que vierem a oferecer vai ter que ser paga pelos formandos.
2. Por outro lado, as associações profissionais e as instituições de ensino superior vão passar a “trabalhar” para os CFAE, ficando na dependência destes.
3. Terminando as candidaturas em 2 de Março, lá para o final do ano, mais coisa menos coisa, deve aparecer o resultado do concurso...

A notícia acrescenta o seguinte:
“O secretário de Estado, Valter Lemos, também não aceita que os docentes tenham sido prejudicados com o atraso na disponibilização de verbas. "Certamente que fizeram formação nos últimos cinco anos ou antes." E, se não for o caso, "têm até fim de Dezembro de 2009 para fazer as 25 horas que, este ano, são necessárias à avaliação", argumentou.”

Enfim, é mais uma acha para a fogueira - que continua em combustão lenta, própria das grandes combustões.

Enterrar a carapuça... ou roer a corda?


Afinal, o burro devo ser mesmo eu…

E, de repente, o Complex virou mais um Simplex! O 2 que o 1 já foi chão que deu uvas!... Era mesmo disto que eu estava à espera! Estava a ver que nunca mais chegava a hora de entregar os objectivos individuais! Sim, porque, agora, esta já é a avaliação que eu queria! Foi por esta avaliação Simplex 2 que eu participei nas manifestações /concentrações e greves que desde o ano passado têm vindo a realizar-se! Foi por esta avaliação Simplex 2 que eu assinei as várias moções com as quais concordei e nas quais assumi que não participaria mais neste modelo de avaliação! Ah! Mas era o Complex! Agora, não! É o Simplex! O 2! O Complex? As quotas? Uf! Isso já lá vai! Consegui que tudo fosse substituído! Valeu a pena todo o meu esforço! Pelo menos até ao próximo ano sou avaliado sem ser pelo Complex! Para o ano regressa o Complex?! Não me vão apanhar desprevenido! Podem contar comigo! Serei o exemplo de coerência e de dignidade que fui este ano! Cá estarei pronto para mais umas manifestações e umas greves! Nem que seja sozinho! Sim, que pela defesa da dignidade da minha classe não há sacrifício que eu não faça! E como não há duas sem três… cá fico à espera do Simplex 3!

José Aníbal Félix de Carvalho – Professor NEDOI (não entregou os objectivos individuais) da Escola Sec. S. Pedro – Vila Real

Publicado por Promova

Garcia Pereira vai alegar inconstitucionalidades


Segundo o DN de hoje, "O advogado Garcia Pereira vai emitir, "no início da próxima semana", um parecer sobre a entrega de objectivos individuais, onde deverá sustentar a existência de inconstitucionalidades na forma como a avaliação de desempenho foi posta em prática".
Agora é que isto vai animar!...

Acrescente-se que Garcia Pereira foi "contratado" por um grupo de docentes, para realizar este trabalho. Paulo Guinote é um dos promotores da iniciativa.
Acontece que vai ser necessário pagar a Garcia Pereira. Por isso, todas as ajudas são bem-vindas para a conta colectiva que está já em andamento. Do género: 5€, 10€, etc...

Fica o número da conta bancária para depósito ou transferência:
NIB: 001800032016735902029
IBAN: PT50001800032016735902029

29 janeiro, 2009

Uma nova divisão na carreira

Ricardo M. sugere, a propósito da situação presente, uma classificação dos professores em Professores DOI e Professores Não DOI. Ou seja, Professores que Definiram os Objectivos Individuais e Professores que Não Definiram os Objectivos Individuais.
Embora reconheça que a sua nomenclatura tem mais sonoridade, e é mais mediática, proponho uma nova designação, mais consentânea com os factos, pois dou de barato que a definição de objectivos existe, independentemente de haver ou não entrega dos mesmos. Por isso, a entrega ou a não entrega é aqui a pedra de toque, e não a definição.
Assim, vou mais longe, e proponho:
1. Uma nova divisão na carreira com a seguinte nomenclatura:
- PEOIProfessores que Entregaram os Objectivos Individuais
- PNEOI - Professores que Não Entregaram os Objectivos Individuais
2. Que a nova divisão e a nomenclatura sejam inscritas na revisão do estatuto da carreira docente que está para acontecer.

Voyeurismo puro... e duro

Segundo o Público "As autoridades inglesas consideram Sócrates suspeito e querem ver as contas bancárias do primeiro-ministro".
Estes Ingleses só querem mesmo é espreitar....

28 janeiro, 2009

Porque não entrego os OI


Vejo, com mágoa, que são muitos os que começam a abandonar o barco. Vejo com mágoa, que muitos saltam a cerca e se passam para o outro lado. E não compreendo como é que o que até agora fez sentido, de repente, deixou de fazer. Que sentido tiveram as greves e as manifestações que fizemos? Que sentido têm as posições que, colectivamente, assumimos?
O que é que mudou? O modelo de avaliação, nós mesmos ou as duas coisas? Como é que o facilitismo do simplex pode fazer com que deixe de fazer sentido tudo aquilo que fizemos até agora? Como podemos, tão facilmente, vender-nos por um prato de lentilhas?

Todos temos razões para vacilar. Cada qual terá, para si mesmo e para os restantes colegas, uma mão cheia de argumentos, provavelmente válidos e presumivelmente justos. Argumentos para abdicar todos temos, pois são os mais fáceis de arranjar. Apesar de válidos e de justos. Eu também tenho os meus que, em substância, não diferem dos da maioria.
Mas quando os coloco num dos pratos da abalança os argumentos que tenho (e que são muitos) para entregar os objectivos individuais, tenho também que colocar no outro prato os argumentos de natureza contrária. Estes, apesar de serem menos, têm o peso dos valores intemporais e, por isso, valem mais. Estou a falar de coerência, dignidade, verticalidade e ética.

Não me vergo, por muito que isso me possa vir a custar os mais diversos dissabores, em termos pessoais e profissionais.
Não me vergo, apesar de saber que outros podem beneficiar da minha verticalidade. Espero que lhes faça bom proveito.
Não sou, nem quero ser, herói nem mártir. Mas, como tudo tem um preço, neste caso assumo a minha responsabilidade e espero que cada qual saiba assumir a sua.

Não pactuo com este modelo de avaliação, edificado sobre uma divisão artificial da carreira em professores e professores titulares, onde muitos destes chegaram não pelo mérito mas por via administrativa.
Não pactuo com este modelo de avaliação, assente sobre quotas que servem propósitos meramente economicistas.
Não pactuo com este modelo, dito de avaliação do desempenho, mas mais preocupado com a avaliação da eficácia do que do desempenho, que abdica de ambas, na sua versão simplex,
Não pactuo com este modelo de avaliação na sua versão simplex, pois isso equivaleria a aceitar a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes.
Não pactuo com este modelo de avaliação na sua versão simplex, porque é imoral definir, a menos de cinco meses do final deste ciclo de avaliação, os objectivos que deveriam ter sido estabelecidos no seu início e válidos para dois anos.
Não pactuo com este modelo de avaliação na sua versão simplex, porque se tornou uma caricatura do que é uma avaliação.
Não pactuo com este modelo de avaliação, por mais voltas que lhe dêem e por mais simplex que o tornem, pois é hediondo, na sua génese.

Não sei bem o que me espera pelo facto de ter decidido não entregar os objectivos individuais. Não sei bem as consequências que aí vêm. Sejam quais forem, cá estarei, no meu posto, confiante que posso continuar a viver de cabeça bem erguida. Numa postura vertical.
E se outros vierem a beneficiar desta minha atitude, espero que vivam bem e que sejam muito felizes com o benefício que a minha postura, eventualmente, lhes possa proporcionar.
Hoje sinto muito orgulho nesta minha atitude e, consequentemente, em ser professor. Lamento que muitos outros não possam dizer o mesmo. Mas dos fracos não reza a história!

Lisboa,28 de Janeiro de 2009

Gonçalo Simões


27 janeiro, 2009

As "melhorias" do 1º Ciclo


O site do Ministério da Educação continua com a propaganda do costume. Aí se diz hoje:
"O estudo sobre a reorganização do ensino no 1.º ciclo, realizado por uma equipa de peritos internacionais independentes, elogia as melhorias introduzidas neste nível de ensino, nos três últimos anos, apresentando recomendações para que as medidas continuem a ser desenvolvidas de uma forma positiva".

O que aí não se diz é que o estudo foi uma encomenda do governo, que foi bem paga. Mal pudera que os peritos internacionais não viessem elogiar. Então paga-se para quê? É o que se chame dinheiro bem empregue!

Veja-se aqui a contra-análise do insuspeito Matias Alves. Arrasadora.
Ramiro Marques faz igualmente uma análise exaustiva e crítica.

26 janeiro, 2009

Esclarecimentos da Fenprof

Esclarecimentos Sobre as Implicacoes Da Nao Entrega de Objectivos1

Professor em avaliação




(Des)orientação


Resposta da DGRHE a um PCE, sobre o que fazer no caso dos professores que não entregam objectivos individuais:

“Recorda-se ainda que os normativos que regulam o modelo de avaliação de desempenho estabelecem princípios e orientações de carácter geral e a avaliação de desempenho docente concretiza-se no respeito pela especificidade e autonomia de cada escola. Neste contexto a escola deve definir se avalia os docentes que não procederam à entrega dos objectivos individuais, do mesmo modo que deve decidir se define os objectivos para os docentes que os não entregarem.

Com os melhores cumprimentos
DGRHE.”

O que se pode concluir daqui é que haverá procedimentos muito diversos a nível nacional. Cada escola fará como entender.... É a república das bananas!

Depoimento


Entregar ou não os OIs: O depoimento de António Galrinho na Educação do meu Umbigo.

Apanhar o comboio das TIC


Cavaco Silva inaugurou hoje o canal da Presidência da República no Youtube. Aqui
Além disso, a Presidência também está presente no Sapo Vídeos, Flickr e Twitter, onde disponibiliza informação relativa às iniciativas que toma.

É um claro sinal de que o PR não quer perder o comboio das novas tecnologias. Ainda bem!

Brandi Carlile - The Story



Começar a semana com a música do momento: The story




25 janeiro, 2009

Recta final

Entrámos na contagem decrescente.
À medida que os prazos para a entrega dos objectivos individuais (OIs) se vão esgotando a intranquilidade vai crescendo.
Muitos dos que desde sempre estiveram contra este modelo de avaliação foram, a pouco e pouco, sendo convencidos pela “bondade” das sucessivas recauchutagens que se foram operando. Se no início a coisa “doía”, agora com a versão simplex a sensação que fica é que já não “dói” nada. Basta entregar um papelinho (desejavelmente um A4) com meia dúzia de objectivos (se forem mais têm que ser justificados!)… e pronto! Está garantido o direito à contagem do tempo de serviço e, consequentemente, à classificação de BOM.
Chegados a esta fase cada qual interroga o amigo, o colega: então vais entregar? A resposta de uns escuda-se na reposta dos outros.

Quantos vão entregar os OIs?
O presidente do CE irá estabelecer os OIs para aqueles que os não entregarem?
Quantos vão concorrer às menções de Muito Bom ou de Excelente?
Quem é mais favorecido em cada um dos cenários?

Tudo depende dos números, é claro. Se numa dada escola/agrupamento todos entregarem os OIs, mas ninguém se candidatar àquelas duas menções ninguém é beneficiado ou prejudicado por isso. Todos estão no mesmo pé de igualdade e em condições de obterem o Bom.
Do mesmo modo, a situação mantém-se, se forem só alguns a entregar os OIs. Não é por uns entregarem e outros não que aqueles benificiam da ausência destes.
Por outro lado, quanto menor for o número de candidatos àquelas duas menções mais hipóteses terão os poucos que se candidatarem de as alcançar. Assim, se um pequeno número de colegas concorrer àquelas duas menções mais fácil será, para cada um deles, conseguir uma das menções.
Por outro lado, se um grande número de colegas concorrer àquelas duas menções mais difícil será, para cada um deles, conseguir alcançá-las.
Em suma, aquilo que alguns conseguem é feito, em parte, à custa do número de colegas que estão (ou não estão) na mesma situação. Ou seja, uns beneficiam, naturalmente, da ausência dos outros. Poder-se-á falar em oportunismo? Em imoralidade?

A que é que se deve esta ausência? Teimosia, casmurrice, partidarismo, antes quebrar que torcer, coerência, integridade e dignidade são conceitos que traduzem realidades e razões de ser diversas. Cada qual sabe das suas.

Interrogação final: como é possível credibilizar um modelo que supostamente vai avaliar um docente durante dois anos e que, na prática, diz respeito a somente 4 meses e meio (Fevereiro a Junho)?

E não se pode avaliá-las?

Segundo o Público de hoje, "o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, sustentou ontem, em declarações à Lusa, que "não tem absolutas garantias" de que a formação prestada por todas as instituições de ensino superior "corresponda aos padrões de qualidade exigível" à profissão docente. Pedreira adiantou que existem "indícios" de facilitismo e eventual inflação de notas em alguns cursos, e citou os casos da Escola Superior de Educação Jean Piaget, e do Instituto Superior de Ciências Educativas, ambos privados, onde se formou um terço de todos os professores admitidos no sistema nos últimos dez anos.
Esta situação, segundo Pedreira, justifica que se mantenha a exigência de um exame para o ingresso na profissão, conforme estipulado no actual Estatuto da Carreira Docente".


Perguntas:
1. Porque é que não se ataca o problema a montante? Se há instituições de ensino superior que não sabem formar professores, os que são "formados" é que têm que arcar com a responsabilidade disso?
2. Que avaliação é que tem sido feita a essas instituições de ensino superior?
3. Como é que o Secretário de Estado diz o que disse e não faz nada para inverter a situação nessas instituições?

Perguntar "e não se pode avaliá-las?" é uma mera pergunta retórica. Pelos vistos, se tem existido avaliação neste domínio, é mesmo para "inglês ver"....

Quantos seremos?

QUANTOS SEREMOS?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga

Levar a carta a Garcia

O advogado Garcia Pereira está a fazer um parecer sobre o estatuto da carreira docente e a avaliação dos professores, um trabalho que lhe foi encomendado por Paulo Guinote. Guinote soube levar a carta a Garcia, coisa que outros, com mais responsabilidades, não têm sabido fazer.
Em declarações à TSF, considerou que há várias inconstitucionalidades no processo de avaliação dos professores e no Estatuto da Carreira Docente.


Para ouvir na TSF.


24 janeiro, 2009

Só pode ser mesmo uma cabala!

Júlio Monteiro, tio de José Sócrates, falou. E disse coisas que colocam o sobrinho em não muitos bons lençóis, no caso Freeport. É caso para dizer: quem tem tios tem sarilhos.
Há quem diga que tudo isto não passa de uma cabala, pois não é possível que Sócrates tenha falado com o inglês Charles Smith. O domínio que na ocasião tinha da língua inglesa não dava para tanto (pois ainda não tinha feito exame de inglês técnico!). Só se tivesse sido através de desenhos...

O Blasfémias explica.

23 janeiro, 2009

Toca a despachar!

Enquanto o Parlamento votava o Projecto de lei do CDS/PP para parar este modelo de avaliação (que tal como se esperava acabou por ser chumbado, tendo-se registado 113 votos a favor e 116 contra), o governo revia e republicava no DR mais um despacho refazendo as famosas grelhas.
Trata-se do Despacho n.º 3006/2009 (ver aqui) que altera e republica o anexo xvi ao despacho n.º 16 872/2008, de 7 de Abril, que aprova os modelos de impressos das fichas de auto-avaliação e avaliação do desempenho do pessoal docente, bem como as ponderações dos parâmetros classificativos constantes das fichas de avaliação.

No mesmo Diário da República pode ler-se que a Ministra da Educação, publicou dois outros despachos.
Num deles (Despacho n.º 3007/2009), nomeia a licenciada Maria Helena Fernandes Caniço para sua assesora; no outro (Despacho n.º 3008/2009), nomeia a licenciada Alexandra Isabel Francisco Duarte para prestar funções de assessoria técnica.

Será agora que a Ministra vai passar a ter assesores (mais) competentes?

Proposta da Fenprof

A Fenprof fez a apresentação da sua proposta de carreira e de avaliação do desempenho
Aqui.

Escapadinha

E que tal uma escapadinha por 16€ ou até mesmo menos? Nada mau, não é?
É o que a easyJet está a fazer: a promover voos desde €15,99 por toda a Europa. Há trajectos Madrid - Lisboa desde €11,99.

Aqui.

Obama e a Internet

Segundo informa a Exame Informática, Obama quer usar a Internet para criar mais transparência.
Deste modo, o site da Casa Branca já pôs termo a todas as restrições à cópia de conteúdos aí alojados.
É um sinal muito claro de uma nova postura. Que importa realçar.

Fixação dos objectivos individuais

Foi colocada à DGRHE à seguinte questão:
Quais as consequências legais e/ou de carácter administrativo da não entrega de objectivos individuais por parte dos docentes?

A resposta foi esta:

Ex.mo Senhor Presidente do Conselho Executivo,

Em resposta à questão colocada na aplicação de perguntas e respostas sobre a avaliação de desempenho, informamos:

O prazo para entrega dos objectivos individuais deve estar definido no calendário aprovado pela escola. Nas situações em que esse prazo não seja cumprido, deverá o director/presidente do conselho executivo notificar o docente desse incumprimento, bem como das respectivas consequências, ou seja, o período sem avaliação, não será considerado para efeitos da evolução da carreira docente.

No entanto, uma vez que, quando existe falta de acordo, prevalece a posição do avaliador, poderá o director/presidente do conselho executivo fixar os objectivos ao avaliado, tendo por referência o projecto educativo e o plano anual de actividades da escola.

Com os melhores cumprimentos
DGRHE

Ver as respostas da DGRHE a este tipo de questão aqui e também aqui.

Todas as perguntas e respostas da DGRHE sobre a avaliação do desempenho: aqui.

22 janeiro, 2009

Escolas rejeitam simplex





Lista das escolas que, em coerência com posições já assumidas, continuam a dizer Não ao Simplex:

Aqui: Fenprof

Aqui: Ramiro Marques

ou

Aqui: Mobilização e Unidade dos Professores


Dignidade

Colega, se fazes parte dos 120.000 professores que LUTAS por um

* Modelo de Avaliação de Desempenho Justo, Exequível e Formativo,
* um Estatuto da Carreira Docente que promova a tua Dignificação e a da Classe,
* um Ensino Público de Qualidade, Inclusivo e Democrático,

NÃO queres entregar os Objectivos Individuais, mas tens RECEIO, permite que eu possa partilhar contigo INFORMAÇÃO, para que, em consciência e liberdade individual, possas tomar a tua decisão.
Eu já a fiz. NÃO VOU ENTREGAR.

Colega, se fazes parte daqueles a que me dirijo acima MAS que tomaste a decisão de ser Avaliado e pedes para ser avaliado nos parâmetros de MUITO BOM» ou «EXCELENTE», permite que, respeitosamente, te exprima a minha
TOTAL DESAPROVACÃO, POIS QUE A TUA DECISÃO É, em meu entender, ABSOLUTAMENTE OPORTUNISTA.
Firmas a tua ascensão, justamente, sobre Aqueles que estão a lutar pela tua Dignificação e a da nossa classe.

Como podes exigir de mim compaixão, intervenção e ajuda, quando te queixas que os outros (poderão ser os familiares, vizinhos, instituições, órgãos vários, etc.) se comportaram de forma indigna e oportunista para contigo?
Não é exactamente o mesmo que estás a fazer agora?
Que legitimidade moral tens para exigir um Estatuto da Carreira Docente que promova a Dignificação da Classe a que tu pertences?

Colega, permite-me ainda, com todo o respeito, apelar à alteração da tua decisão inicial ( sou uma eterna crente na natureza humana), dizendo-te que estou seriamente convicta de que estamos a um passo da nossa VITÓRIA,
não a hipotequemos agora por um «prato de lentilhas».
Sejamos, TODOS, agora que o precisamos mais do que nunca,
UNIDOS, DIGNOS, CORAJOSOS E FIRMES.

A DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE OBRIGA-NOS A ESTA DIGNIDADE INDIVIDUAL!

Respeitosamente,

Célia Tomás, Professora de Filosofia da Escola Secundária de Odivelas
(20 Janeiro 2009)

21 janeiro, 2009

Aberração

Segundo o Público, "o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação, Carlos Alberto Pinto-Ferreira, confirmou hoje, em resposta ao PÚBLICO, a alteração do método de classificação dos itens de resposta fechada “verdadeiro/falso” em todas os exames nacionais que contenham aquele tipo de questão. Nas provas anteriores, quem qualificasse de forma errada uma de oito afirmações verdadeiras ou falsas obtinha, ainda assim, a classificação máxima. Nos exames nacionais de 2009 quem errar apenas uma será classificado com zero pontos, não havendo classificações intermédias".

Lá se vai o sucesso estatístico!

Integridade

Em reunião realizada no dia 21/01/2009, relacionada com a avaliação do desempenho docente, os professores da Escola Secundária Vitorino Nemésio presentes na reunião votaram a ratificação da posição tomada em 12 de Novembro de 2008, relativa à suspensão da sua participação neste processo de avaliação do desempenho docente.
Votaram a favor da ratificação 41 professores.
Verificaram-se 10 abstenções.
Não se registaram votos contra.

Oportunismo

A tomada de posse de Obama foi aproveitada para a propagação de mais um vírus na Internet, segundo revelou a Panda Security. Assim, se vir notícias a piscar a dizer que Barack Obama se recusou a assumir a presidência, não vá lá clicar. Essa é apenas a mais nova táctica para propagar código malicioso através da Internet.

A contagem das espingardas

Segundo o Diário Digital "A direcção da bancada do PS está a mobilizar os seus deputados para chumbarem sexta-feira o diploma do CDS-PP que visa suspender a avaliação dos professores, admitindo mesmo tirar «consequências políticas» se o resultado lhe for negativo".
Na hora do desespero vale tudo...

20 janeiro, 2009

A realização de um sonho


Barack Obama tomou hoje posse como 44º presidente dos Estados Unidos, sendo o primeiro Presidente afro-americano do país.
Cumpre-se assim o "I have a dream" de Martin Luther King, de 28 de agosto de 1963.

O discurso da tomada de posse tem realismo, determinação e esperança...

Um discurso realista:
Que estamos no meio de uma crise, já todos sabem. A nossa nação está em guerra, contra uma vasta rede de violência e ódio. A nossa economia está muito enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, mas também nossa culpa colectiva por não tomarmos decisões difíceis e prepararmos a nação para uma nova era. Perderam-se casas; empregos foram extintos, negócios encerraram. O nosso sistema de saúde é muito oneroso; para muita gente as nossas escolas falharam; e cada dia traz-nos mais provas de que o modo como usamos a energia reforça os nossos adversários e ameaça o nosso planeta.

À mistura com esperança:
Neste dia, viemos para proclamar o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, as recriminações e dogmas gastos, que há tanto tempo estrangulam a nossa política (...)
A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a América.
Para onde quer que olhamos, há trabalho paraa fazer. O estado da economia pede acção, corajosa e rápida, e nós vamos agir – não só para criar novos empregos mas para lançar novas bases de crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes eléctricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos ligam uns aos outros.
Vamos recolocar a ciência no seu devido lugar e dominar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade do serviço de saúde e diminuir o seu custo. Vamos domar o sol e os ventos e a terra para abastecer os nossos carros e pôr a funcionar as nossas fábricas. E vamos transformar as nossas escolas e universidades para satisfazer as exigências de uma nova era.
Podemos fazer tudo isto. E tudo isto iremos fazer.

(...)

América. Face aos nossos perigos comuns, neste Inverno das nossas dificuldades, lembremo-nos dessas palavras intemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas e suportemos as tempestades que vierem. Que seja dito aos filhos dos nossos filhos que quando fomos testados recusámos que esta viagem terminasse, que não recuámos nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levámos adiante a grande dádiva da liberdade e entregámo-la em segurança às futuras gerações.

A partir de hoje, vira-se uma nova página na história da América. E todos ansiamos que não seja só lá... Assim saiba Obama capitalizar as expectativas que com ele se geraram. Há que vencer os desafios, mesmo sendo difíceis, como diz Barack.

19 janeiro, 2009

Hoje é o primeiro dia




O título deste post retoma a melodiosa canção de Sérgio Godinho, que sempre serviu de mote para muitas causas, momentos e sentimentos.
Um nó górdio será hoje desfeito. Para o bem ou para o mal, consoante o ponto de vista em que nos colocarmos, é claro.
No dia em que a guerra dos números vai ser um dos pomos da discórdia (e desta vez até é um dos cernes da questão, já que o outro ocorrerá com a entrega dos OIs), retomo (parte) do editorial do DN de hoje, subordinado ao tema:

A primeira avaliação da guerra da avaliação


Hoje pode ser o dia D para a luta dos professores portugueses contra a avaliação. Depois dos recuos do ministério - que se recusa a falar em recuos - e da promulgação do regime simplifcado pelo Presidente da República, o movimento ficou sem grande margem de manobra. Foi, também ele, recuando para os redutos mais radicais da luta. E é essa radicalização que hoje será avaliada.

É óbivo que o ambiente e a opinião pública já mudaram - se é que alguma vez estiveram do lado dos que não pretendem nenhum tipo de avaliação. Resta agora perceber que efeitos que isso teve nos próprios professores - são 140 mil ao todo, e desses muitos há que precisam da avaliação deste ano para subirem de escalão, outros haverá que estão cansados (económica e psicologicamente) desta luta tão comprida.

Em todo o caso, até ao final do ano, que é como quem diz até ao final da legislatura e eleições, haverá dois números-chave para a ministra da Educação e para todo este processo. Um será a adesão da greve de hoje. Aqui, os sindicatos levam uma certa desvantagem analítica, porque este estará sempre em comparação com o estrondoso número da greve de Dezembro. O outro número é mais real: será no final deste mês quando se souber quantos professores entregaram os objectivos individuais para serem avaliados.

Esta equação permitir-nos-á avaliar, com toda a certeza, quantos professores já estão contentes com o modelo simplificado, quantos querem de facto ser avaliados. E no final se perceberá quam ganhou esta guerra. Se os professores ou o ministério. Ou ainda, e mais importante, os alunos.

(...)


18 janeiro, 2009

Em Português Correcto

Ora aqui está um óptimo site ao serviço do bom uso da língua portuguesa.

Por exemplo, qual é a forma correcta?

a Tenho que me ir embora.
b)Tenho de me ir embora.

Veja a explicação e a resposta.

Aqui

Dois pesos e duas medidas

Já aqui se fez referência ao facto de o site do Ministério da Educação parecer, por vezes, um verdadeiro Ministério da Propaganda, pelas coisas que aí são publicadas.
Mas como se isso não fosse suficiente, há por ali tratamentos completamente diferenciados.

Repare-se no tratamento preferencial que foi dado quando o Ministério recebeu 13 professores que apoiavam o actual modelo de avaliação. Vaje-se aqui o destaque.
Recentemente, no passado dia 16, a Ministra recebeu 139 presidentes dos conselhos executivos que discordam do actual modelo e da sua implementação. E onde é que está essa notícia no site? Não está, é claro.
Só é notícia o que convém, não é?

Os melhores do mundo. E os piores

18.01.2009, António Barreto, no Público

A tentativa de socialização do êxito de Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo foi considerado, pela FIFA, o melhor jogador de futebol do mundo no ano de 2008. O título segue-se a vários outros de importância e prestígio crescente. O homem tem talento. É reconhecido. Talvez tenha mesmo génio a fazer o que faz. Muito bem. Entre os portugueses, Eusébio e Luís Figo tinham alcançado êxitos semelhantes. São homens de excepção e jogadores extraordinários. Mesmo quem não goste ou não frequente os desafios de futebol rende-se facilmente perante a chispa, o engenho e o merecimento daquele futebolista. E de seus dois pares. Numa altura em que centenas de jogadores de futebol portugueses, naquela que é uma verdadeira nova indústria de "nicho", se exibem nos estádios de todos os países europeus, um deles chegou ao cume. Sendo o futebol o que é, muitos foram os que jubilaram com este triunfo. É natural.

Não faltou quem tentasse de imediato generalizar o mérito. Ou socializar o êxito. A família, os amigos, o clube da Madeira, os "olheiros", os treinadores, o Sporting, as escolas de futebol, os professores, as equipas técnicas, a Federação, o inevitável secretário de Estado, o Governo e os jornalistas desportivos: todos passaram a merecer honras de genialidade. Todos reivindicaram uma quota-parte de responsabilidade. Ouvindo e lendo o que se disse, o talento do homem quase desaparecia. Considerar que se trata do triunfo de um sistema, de uma organização e de um povo é um puro esbulho. A verdade é que estamos perante uma aptidão individual excepcional e que, como tal, deve ser aplaudida. Mas há, entre nós, quem tenha por hábito enriquecer sem justa causa, para não dizer à custa de outrem. Misérias do mundo, nada de novo.

Mais interessante e muito mais deprimente foi a maneira como a discussão e os comentários que se seguiram procuraram de seguida alargar o problema e divagar sobre "este país". Há um grande partido, formado por optimistas bacocos, que deu largas à sua cantilena. O raciocínio, se assim se pode dizer, é simples: em muitos sectores, somos os ou dos melhores do mundo. Um Nobel, um cientista, uma fadista, um jogador de futebol, um arquitecto e um atleta: aí estão exemplos do que somos e podemos ser. Sendo assim, por que razão anda por aí tanta gente a dizer mal de nós? Por que gastam os portugueses tanto tempo a flagelar-se e a queixar-se quando a glória está ao alcance da mão? Cita-se um conjunto incerto e não identificado de pirrónicos invejosos que não suportam o êxito de alguém e que supostamente consideram que somos os piores do mundo. Por que há tantos políticos, comentadores, intelectuais, economistas, trabalhadores e "gente normal" a dizer mal do país? As suas perguntas ficam sem resposta. Mas logo acrescentam os crédulos: em vez disso, temos é de dar sinais de esperança, pensar positivo, puxar para cima e mostrar a toda a gente que podemos estar entre os melhores do mundo. Podemos todos ser Cristianos Ronaldos! Podemos todos ganhar o Nobel!

Estes profissionais do optimismo não resistem. Uns são pagos para isso, nas redacções, nos gabinetes dos ministros ou nas agências de comunicação. Outros sonham com glórias vistosas, efémeras sejam elas. Sonham com uma voz que se ouça no mundo. Sonham com uma excepção que não merecem. Qualquer derrota, normal e frequente no mundo inteiro, é motivo para as mais obscuras lucubrações sobre o destino fatal do país. Do mesmo modo, a vitória de um concidadão presta-se aos mais surpreendentes desvarios sobre o génio português. É uma maneira de se ser infeliz. É o modo de ser dos saloios. No próprio dia em que Cristiano Ronaldo foi ungido do seu título, a RTP oferecia-nos um fantástico debate, dito de Prós e Contras, durante o qual foram pronunciados todos os disparates imagináveis. Na presença, como sempre, de um angélico e extasiado secretário de Estado, um conjunto de pessoas serviram-nos os lugares-comuns habituais. Todos podemos fazer igual. Há, em Portugal, génios e talentos de sobra. A ninguém ocorre, evidentemente, aludir a um êxito excepcional, mil vezes mais importante do que qualquer prémio, como seja a descida brutal da mortalidade infantil, que colocou Portugal, nesse domínio, num dos primeiros lugares no mundo. A diferença entre esta vitória e a de Cristiano Ronaldo é que a última é um feito de talento pessoal e de excepção, enquanto a primeira resulta do trabalho de centenas ou milhares de pessoas, de organização, de trabalho meticuloso, de planeamento cuidado e de sacrifício humilde. Este é um feito de muitos médicos e enfermeiros, de paramédicos e condutores de ambulâncias, de analistas e administradores. E, sobretudo, de vários Governos, que fizeram o que de melhor deles se espera: deixar trabalhar, não pretender meter-se em tudo e não procurar louros eleitorais.

Durante décadas, Portugal foi um país singular. Distinguia-se dos outros. Pelo analfabetismo, pela pobreza, pela duração de uma ditadura, pela censura, pela polícia política e por outros feitos de igual calibre. Gradualmente, o país foi-se transformando e foi ficando "um país como os outros". Com cada vez menos "história", que, como terá dito Tolstoi, é o próprio das pessoas felizes. Com bons e maus, excelentes e péssimos. Com estúpidos e inteligentes, como em todo o sítio. Com êxitos e falências, como deve ser. Só se espera que seja sempre assim. Sempre e cada vez mais. Que os portugueses não queiram de novo distinguir-se! Que ambicionem pelo dia em que, sem prémio Nobel, a maior parte dos alunos tenham notas decentes a Matemática e Português. Que lutem pelo dia em que um processo no tribunal não dê, durante anos, notícias em todos os jornais do mundo, mas que, simplesmente, chegue à sentença sem ter história. Que trabalhem o necessário para que não tenham os mais baixos rendimentos da Europa. Que sejam habitualmente recompensados ou punidos, quando merecem. Nesse dia, talvez outro Cristiano volte a ganhar. E outros indispensáveis heróis surgirão. Mas o disparate que se seguirá será bem menor.

Morre lentamente

Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar,
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante...
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.


Versão Youtube

16 janeiro, 2009

19 Janeiro: Greve nacional dos professores

Transparência na Administração Pública

Esta é uma proposta da Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL) para apoiar a transparência na administração pública portuguesa.

Este site particular permite saber tudo o que o portal das compras públicas não mostra. Há, como aí se diz, "valores absurdamente elevados ou aparentemente duplicados"...

Na elaboração do site foram utilizados os programas lighttpd (web server), WordPress (gestor de conteúdos) e a base de dados MySQL; todos são Software Livre.

O custo total foi o seguinte: 18€ + 7h54 min

Para ver aqui.

15 janeiro, 2009

Cidadania

Foi aprovado pela Assembleia Municipal de Lisboa, no passado dia 6 de Janeiro, o Orçamento e o Plano Anual de Actividades para 2009. Estao agora reunidas as condições para a Câmara Municipal de Lisboa implementar os projectos seleccionados pelos cidadãos através do Orçamento Participativo.

No site do Orçamento Participativo (www.cm-lisboa.pt/op) está disponível um questionário para todos os que quiserem colaborar nesta avaliação, incluindo aqueles que não participaram no processo.

Assim, Câmara Municipal de Lisboa solicita que se divulgue esta possibilidade de participação, para que todos possam pronunciar-se sobre esta matéria.

Com o contributo de todos, a Câmara Municipal de Lisboa poderá melhorar este processo a fim de corresponder às verdadeiras aspirações e necessidades da sua população, aprofundando o seu envolvimento na gestão da nossa cidade.

Aviso às navegações amorosas

Na terça-feira à noite, numa tertúlia na Figueira da Foz, D. José Policarpo advertiu as jovens portuguesas para o "monte de sarilhos" que podiam ter se se casassem com muçulmanos: "Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam".
A partir daqui parece que caiu o Carmo e a Trindade.... pois surgiu um enorme coro de protestos em que o Bispo foi apelidado de intolerante, sectário, etc, etc...
Há por aqui muita hipocrisia, pois todos sabemos como as mulheres são tratadas a (médio) Oriente. É preferível prevenir. Porque depois já não há remédio!
E já lá diz o ditado: quem te avisa, teu amigo é!

Auto-avaliação

A brincar.... a brincar....

13 janeiro, 2009

Espanha promove a imagem dos professores

Esta sim é uma forma, entre outras, de olhar correctamente a Educação, valorizar a imagem dos professores e, consequentemente, da Escola Pública. Vejam/oiçam:

http://www.educarex.es/documentos/anuncio/anuncio.html


Português exacto

Conversor para o novo acordo ortográfico.
Aqui.


12 janeiro, 2009

Guia da avaliação de desempenho docente

O Ministério da Educação disponibilizou hoje o guia da avaliação de desempenho docente, para o ano lectivo em curso. Aí está tudo muito explicadinho. Como convém, para que não haja equívocos.
E aí se diz em determinado momento: É aconselhável que os objectivos individuais, salvo em situações excepcionais e devidamente justificadas, não ultrapassem o número de seis.
Isto só pode ter sido escrito por duas razões: ou porque o ano já vai a meio, ou para poupar os presidentes das CEs a fastidiosas leituras. É a versão simplex dos objectivos.
Porquê seis e não cinco (que é o número dos parâmetros), sete, ou uma dúzia? Estamos no reino do puro arbítrio....

Aqui.

Procriação

Ora aí está um claro sinal de que pelo menos em matéria de procriação não somos nada maus. Pelos vistos a crise ainda não chegou ao truca-truca. Ainda bem!
Segundo o Diário Digital, Portugal é um dos oito países europeus onde o número de nascimentos aumentou entre 1997 e 2006 graças à comunidade imigrante, indica um estudo publicado domingo pelo instituto alemão Max Planck.

Crise? Qual crise!

Segundo o Público de hoje Armando Vara foi promovido na Caixa Geral de Depósitos (CGD) um mês e meio depois de ter abandonado os quadros do banco público para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal (BCP). O ex-administrador da CGD e ex-quadro da instituição, com a categoria de director, foi promovido ao escalão máximo de vencimento, ou seja, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma.
Isto é o que verdadeiramente se pode chamar um "salto à Vara"!

Isto é uma fantochada!

Medina Carreia comenta a situação do país.



10 janeiro, 2009

EUA: Mulheres preferem navegar na web a fazer sexo

Segundo o Expresso, ter acesso à Internet é uma prioridade para 71% dos adultos norte-americanos. Ter relações sexuais ou ir jantar fora são actividades que podem ficar para segundo plano quando há uma ligação à rede. Quase metade das mulheres inquiridas chegou mesmo a afirmar que prefere navegar na web do que manter relações sexuais.
Há duas posssíveis explicaçãoes para um resultado desta natureza:
1ª - O estudo foi realizado nos Estados Unidos.
2ª - O estudo foi patrocinado pela Intel.

O mês das fracturas

Janeiro de 2009 será seguramente a mãe de todas as cisões, tendo em conta:
- dia 19 de Janeiro: o número de adesões à greve.
- nos próximos tempos (que conincidirão com os finais de Janeiro): o número de professores que vão entregar os objectivos individuais e os que vão requerer a observação de aulas.
A partir daqui, e consoante os números, nada será como dantes. Ou será?

09 janeiro, 2009

Educação: os critérios da excelência

09.01.2009, Lídia Jorge, no Público

A titularidade foi dada a professores bons, excelentes, maus e muito maus. Não premiou nada, porque baralhou tudo.

1.Ficarão por muito tempo célebres os braços-de-ferro que Margaret Thatcher manteve com os sindicatos do Reino Unido, como conseguiu vencê-los, e como à medida que os humilhava, mais ia ganhando o eleitorado do seu país. Na altura a primeira-ministra britânica era a voz da modernidade liberal, criou discípulos por toda parte, e ainda hoje, apesar do negrume da sua era, há quem se refira à sua coragem como protótipo da determinação governativa. Mas neste diferendo que opõe professores e Governo, está enganado quem associa o seu perfil ao de Maria de Lurdes Rodrigues. Se alguma associação deve ser feita - e só no plano da determinação -, é bom que o faça directamente com a pessoa do primeiro-ministro.
De facto, a equipa deste Ministério da Educação tem-se mantido coesa, iniciou reformas aguardadas há décadas, soube transferir para o plano da realidade as mudanças que em António Guterres foram enunciadas como paixão, conseguiu que o país discutisse a instrução como assunto de primeira grandeza, fez habitar as escolas a tempo inteiro, fez ver aos professores que o magistério não era mais uma profissão de part-time, arrancou crianças de espaços pedagógicos inóspitos, e muitos de nós pensámos que a escola portuguesa ia partir na direcção certa. Quando José Sócrates saía com todos os ministros para a rua, nos inícios dos anos lectivos, via-se nesse gesto uma determinação reformista que augurava um caminho de rigor. Não admira que o primeiro-ministro várias vezes tenha falado do óbvio - que era necessário determinar quem eram, na escola portuguesa, os professores de excelência. Era preciso identificá-los, promovê-los, responsabilizá-los, outorgar-lhes credenciais de liderança. Era fundamental que se procedesse à sua escolha. Mas a sua equipa legislou sobre o assunto e infelizmente errou.

2.Errou ao criar, de um momento para o outro, duas categorias distintas, quando a escola portuguesa não se encontrava preparada para uma diferenciação dual. A escola portuguesa tinha o defeito de não diferenciar, mas tinha a virtude de cooperar. O prestígio do professor junto dos alunos e dos colegas não era contabilizado, mas era a medida da sua avaliação. Pode dizer-se que era uma escola artesanal que necessitava de uma outra sofisticação. Mas, para se proceder a essa modificação com êxito, era preciso compreender os mecanismos que a sustentavam há décadas, e tomar cuidado em não humilhar uma classe deprimida, a sofrer dia a dia o efeito de uma erosão educacional que se faz sentir à escala global. Só que em vez da aplicação cuidadosa e gradual de um processo de mudança, a equipa do Ministério da Educação resolveu criar um quadro de professores titulares, a esmo, à força e à pressa. No afã de encontrar a excelência, em vez de se aplicar critérios de escolha pedagógica e científica, aplicaram-se critérios administrativos, de tal modo aleatórios que deixaram de fora grande percentagem de professores excelentes, muitas vezes os responsáveis directos pelo êxito pedagógico das escolas.
O alvoroço que essa busca de um quadro de excelência criou está longe de ser descrito devidamente. Basta visitar algumas escolas para se perceber como a titularidade está distribuída a professores bons, excelentes, mas também a maus e muito maus, e foi negada a professores competentes. Isto é, criou-se um esquema que não premiou nada, porque baralhou tudo. Os erros foram detectados por muita gente de boa fé, em devido tempo, mas o processo avançou, a justiça não foi reposta, nem sequer a nível da retórica política. Pelo contrário, aquilo que a razão mostrava à evidência foi sendo desmentido, adiado, ridicularizado, ou desviado para o campo da luta sindical dita de inspiração comunista.

3.O segundo instrumento ao serviço da excelência não teve melhor sorte. Era preciso inaugurar nas escolas uma cultura de responsabilidade que até agora fora relegada para determinismos de vária ordem, menos os estritamente pedagógicos, o que era um vício da escola portuguesa, pelo menos até à publicação dos rankings. Mas aí, de novo, a equipa do Ministério da Educação funcionou mal. Se os campos de avaliação do desempenho dos professores estão mais ou menos fixados, e começam a ser universais, os parâmetros em questão foram pensados por mentes burocráticas sem sentido da realidade, na pior deturpação que se pode imaginar em discípulos de Benjamin Bloom, porque um sistema que transforma cada profissional num polícia de todos os seus gestos, e dos gestos de todos os outros, instaura dentro de cada pessoa um huis clos infernal de olhares paralisantes. Ninguém melhor do que os professores sabe como a avaliação é um logro sempre que a subjectividade se transforma em numerologia. Claro que não está em causa a tentativa de quantificação, está em causa um método totalitário que se transforma num processo autofágico da actividade escolar. Aliás, só a partir da divulgação das célebres grelhas é que toda a gente passou a entender a razão da pressa na criação dos professores titulares - eles estavam destinados a ser os pilares dessa estrutura burocrática de que seriam os pivots. Isto é, quando menos se esperava, e menos falta fazia, estavam lançadas as bases para uma nova desordem na escola portuguesa. Como ultrapassá-la?

4.Não restam muitos caminhos. Ultimamente, almas de boa fé falam de cedência de parte a parte. Negociação, bondade, comissões de sábios. A questão é que não há, neste campo, nenhuma justiça salomónica a aplicar. O objecto em causa não é negociável. Tendo em conta uma erosão à vista, só a Maria de Lurdes Rodrigues, que sabe que foi longe de mais, competiria dizer "Não matem a criança, prefiro que a dêem inteira à outra", mas já se percebeu que não o vai fazer. Obcecada pela sua missão, que começou tão bem e está terminando mal, quererá ir até ao fim, mesmo que do papel dos mil quesitos que alguém engendrou para si só reste um farrapo. É pena. Depois de ter tido a capacidade de pôr em marcha uma mudança estrutural indispensável para a modernização do ensino, acabou por não ser capaz de ultrapassar o desprezo que desde o início mostrava ter em relação aos professores. E, no entanto, numa política de rosto humano, seria justo voltar atrás, reparar os estragos, admitir o erro sem perder a face. Ou simplesmente passar o mandato a outros que possam reiniciar um novo processo.
De facto, em Portugal existem vários vícios na ascensão ao poder. Um deles consiste em não se saber entrar no poder. Pessoas sem perfil técnico, ou humano, aceitam desempenhar cargos para os quais não foram talhados. Parece que toda a gente gosta de um dia dizer ao telefone, no telejornal, "Papá, sou ministro!", com o resultado que se conhece. Outro é não se saber sair do poder. Houve um tempo em que Mário Soares ensinou ao país como os políticos saem no tempo certo, para retomarem, quando voltam a ser úteis. Os grandes políticos conhecem a lei do pousio. E o objecto da disputa deve ser sempre mais alto do que a própria disputa. É por isso estranho e desmedido o que está a acontecer.

5.José Sócrates deverá estar a pensar que pode ter pela frente um golpe de sorte - Margaret Thatcher teve a guerra das Falklands - e até pode vir a ter uma maioria absoluta outra vez. Aliás, pelo que se ouve e vê, a frase da ministra da Educação "Perco os professores mas ganho o país", cria efeitos de grande admiração junto duma população ansiosa por ver braços-de-ferro no ar, sobretudo se eles vierem do corpo de uma mulher. Não falta quem faça declarações de admiração à sua coragem, como se a coragem prescindisse da razoabilidade. E até é bem possível que a Plataforma Sindical um dia destes saia sorridente da 5 de Outubro com um acordo qualquer debaixo do braço, como já aconteceu.
Mas a verdade é que, a insistir-se neste plano, despropositado, está-se a fomentar uma cadeia de injustiças e inoperâncias que só a alternância democrática poderá apagar. Se José Sócrates pediu boas soluções e lhe ofereceram estas, foi enganado, e deveria repensar nos seus contratos. Mas se ele mesmo acredita neste processo kafkiano, é uma desilusão, sobretudo para os que confiaram na sua capacidade de ajudar o país a mudar. Neste momento, entre nós, a educação tornou-se uma fábula.

Sem calças


Vai realizar-se no dia 10 de Janeiro às 15h00, no Jardim de Telheiras, ao lado do metro, o Sem Calças 09 Lisboa.

O No Pants! é uma missão pública que é realizada anualmente em várias cidades do mundo; a primeira decorreu no Metro de Nova Iorque em 2002.

Aqui está um vídeo da última No Pants.

Mais informações aqui

Gato escaldado....

Chumbo, é claro

Por vezes somos assim: acreditamos que o impossível aconteça, não é? Mas a realidade aí está para provar que nesta coisa de causas, nem sempre prevalecem os princípios. Os tachos soam mais alto!

Vem tudo sito a propósito das votações, hoje realizadas no Parlamento, relativas à suspensão da avaliação dos docentes, tendo por base propostas do PSD, BE e PEV. É claro que o PS cerrou, de certo modo, fileiras e fez-lhes um grande manguito...
E um simples voto pode fazer toda a diferença.

Humor (mesmo) negro

05 janeiro, 2009

Suplementos remuneratórios

O Decreto Regulamentar n.º 1-B/2009, hoje publicado, fixa o suplemento remuneratório a atribuir pelo exercício de cargos de direcção em escolas ou agrupamentos de escolas, bem como prevê a atribuição de um prémio de desempenho pelo exercício de cargos ou funções de director, subdirector e adjunto de agrupamento de escolas ou escola não agrupada.
Esta é uma estratégia de sucesso, pois há sempre alguém que precisa de (mais) dinheiro, não é?

Aqui.


O fim das águas turvas

Foi publicado hoje o Decreto Regulamentar n.º 1-A/2009, que estabelece um (mais um!) regime transitório de avaliação de desempenho do pessoal docente.
O decreto regulamentar entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, ou seja, amanhã, dia 6 de Janeiro. Os presidentes dos conselhos executivos têm agora dez dias úteis para fixar um prazo limite para a apresentação e fixação dos objectivos individuais.
A partir de agora é que deixa de haver águas turvas.

O Decreto Regulamentar.


04 janeiro, 2009

Transparência

Ora aí está uma medida já há muito esperada: o preço dos combustíveis online.
Muito embora só se encontre a funcionar plenamente a partir do dia 16 de Fevereiro, é já possível usar alguma da informação existente. Aqui.
Já este ano a equipa masigasolina tinha lançado uma iniciativa deste tipo.
Por outro lado, nas autoestradas é possível já encontrar umas placas que dizem: “Brevemente informação do preço do combustível”. Esperemos que seja mesmo em breve.

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade


02 janeiro, 2009

Mais provas

o Presidente da República promulgou na 4ª feira o novo decreto que legisla o regime simplificado de avaliação dos professores, que já pode ser consultado aqui.
Aguarda-se, agora, a respectiva publicação.
Todavia, como está agendada para o dia 8/1/2009, na Assembleia da República, a votação de uma proposta do PSD que visa a suspensão da avaliação... a ver vamos o que vai suceder... Será que nenhum deputado vai faltar à sessão? E como é que vão votar alguns deles?
Por outro lado, para o dia 10/1/2009 está agendada uma reunião, de âmbito nacional, dos presidentes dos Conselhos Executivos, que terá lugar em Coimbra.

Evidências

O Presidente da República, no discurso de ano novo,:
Há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz.
La Palisse não diria melhor.