Os movimentos independentes de professores discordam da forma como os sindicatos estão a conduzir a consulta às escolas para decidir as novas formas de luta contra a política educativa do Governo que poderá contemplar nova greve nacional na segunda semana de Maio.
Considerando que os sindicatos estão a "condicionar e a inibir a livre discussão" do tema ao confrontarem os professores com uma moção previamente elaborada, os três principais movimentos (MUP, APEDE e PROMOVA) divulgaram um texto conjunto onde, além disso, repudiam e denunciam o facto de a moção posta à subscrição pela Plataforma Sindical (que agrega os 11 sindicatos do sector) se limitar a convidar os docentes a mandatar os sindicatos para encontrarem uma data, no 3.º período deste ano lectivo, para "publicamente e de forma maciça demonstrarem uma vez mais que, ao invés de se sentirem derrotados, se afirmam mais unidos do que nunca". Para Machaqueiro, tal equivale a pedir aos professores que "passem um cheque em branco aos sindicatos". Por discordarem, os três movimentos elaboraram uma moção alternativa onde sugerem que, além de uma manifestação nacional antecedida de greves regionais, os professores façam greve às avaliações do 3.º período. "Até pode acontecer que os professores rejeitem esta forma de luta, mas pelo menos deviam estar a equacioná-la", sustentou.
Na reacção, Francisco Almeida, da Fenprof, notou que nas reuniões com os professores "tem estado tudo em aberto", nomeadamente a greve à avaliação, sendo que "há limites legais a considerar". Por outro lado, à margem da moção, os sindicatos estão, no final de cada reunião, a "fazer um resumo que corporiza as opiniões expressas dos professores e que, no final do processo de consulta, serão tidas em consideração" .
Fonte: Público
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