31 maio, 2009

A marcha de Maio e o voto de Junho


31.05.2009, Nuno Pacheco, no Público

José Sócrates faz o que julga competir-lhe: encosta a marcha dos professores aos apetites da oposição por mais votos nas eleições. Mas quem veio de novo à rua em protesto sabe que a realidade é bem mais amarga e está a deixar marcas profundas

A uma semana do voto nas eleições para o Parlamento Europeu, é muito difícil dissociar a manifestação de ontem, que voltou a trazer à rua muitos milhares de professores (80 mil, segundo os sindicatos, 50 a 55 mil segundo a PSP), das disputas políticas próprias do momento. E foi o que fez, aliás, José Sócrates, quando, ao discursar em Braga, num comício do PS, ao mesmo tempo que os professores marchavam em Lisboa, afirmou que viu por lá (nas imagens que a televisão mostrou) "vários dirigentes partidários". A conclusão, óbvia, é a de que os professores se terão posto ao serviço da oposição ou, invertendo a lógica, que a oposição se tinha colado ao seu descontentamento. Quem acompanhou este desgastante processo desde o início, ou seja, desde Janeiro de 2008, saberá que a alegada instrumentalização partidária dos professores, embora conveniente ao discurso governamental em tempo de voto, não passa de demagogia. A manifestação dos 120 mil, a 8 de Novembro do ano passado, não tinha nenhumas eleições por perto e teve uma participação-recorde. Esta, fique-se pelos 60 ou 80 mil participantes reais, é, ainda assim, reveladora de um mal-estar que não sarou e que contaminou, nestes longos e difíceis meses, o ambiente nas escolas, a relação entre a tutela e os professores e entre estes últimos e os alunos. O número de reformas antecipadas (cinco mil, num ano) e, sobretudo, a caracterização dessas baixas (estão a sair muitos professores de entre os mais qualificados, como tem sido noticiado) mostram que só por visão estreita ou descaramento político se pode afirmar que temos, hoje, "uma melhor educação".

Mas foi o que fez, ontem, o primeiro-ministro, em Braga. Secundado pela ministra da Educação, que acrescentou que a reforma está ganha. Só se for a reforma, por desânimo, de quem já não suporta o estado a que se chegou. Como a professora que, ontem, se queixava nestas páginas de "cada vez mais burocracia, cada vez mais leis sem sentido, cada vez mais limites à criatividade e autonomia". Por isso retirou-se, aos 54 anos, com 34 anos de trabalho. José Gil, na entrevista publicada ontem (e que pode ainda ser lida em www.publico.pt) dizia que o Governo quis, com este sistema de avaliação, "matar dois coelhos": reduzir despesas e pessoal e levar ao afastamento dos professores com menores qualificações, "os que não eram bons". O efeito, contudo, está a ser o inverso, como ele próprio, professor e filósofo, constata: "Muitos dos que eram bons é que saíram. Porquê? Não aguentam. E o que é que eles não aguentam? Não aguentam não poder ensinar, não aguentam não poder ter uma relação em que precisamente se construa um grupo em que o professor age, em aprender ensinando." A avaliação, que ele defende, vê-a a decorrer dos conteúdos e não o contrário, como na prática determina a "reforma" em curso, que menoriza o ensino e valoriza a burocracia. A curiosidade do aluno desaparece, diz José Gil, e, no lugar dela, "aparecem as arrogâncias da ignorância, que é o pior que há." Neste estado de coisas, o que menos interessa é saber se de tais manifestações haverá aproveitamento político. Porque da herança do Governo na educação já há um aproveitamento. Que é péssimo e está à vista de todos.

A "revolução" na educação






A união dos professores merece ser avaliada



Fonte: DN

A greve de quarta-feira fracassara e o momento escolhido para a manifestação era arriscado. O fim de ano lectivo e o período de exames eram, só por si, factores que podiam demover os professores de participarem no protesto. Depois, sendo sábado, implicava a concessão de um dia de descanso e, ainda por cima, com as temperaturas a convidarem muito para a praia, a esplanada, e muito pouco a uma marcha lenta sob um calor acima de 30 graus centígrados.

É por tudo isto que o número de manifestantes que ontem percorreram a Avenida da Liberdade - cerca de 70 mil - não só acaba por surpreender um pouco, como se trata de um sinal de união forte que o Governo deve saber interpretar.

Não está em causa a aplicação da reforma promovida por Maria de Lurdes Rodrigues, que todos, incluindo os sindicatos, já reconheceram ser globalmente positiva para o nosso ensino. Trata-se apenas de reflectir sobre o que significa a mobilização de tantos manifestantes, alguns dos quais garantem, inclusive, estar a produzir a avaliação imposta pelo Ministério da Educação, e continuar a procurar uma base de entendimento sólida com uma classe profissional tão importante para o futuro de qualquer nação, como é a dos professores.

Procura que tem de passar também pelos sindicatos, os quais não devem usar a dimensão da mobilização para tentarem desenterrar alguns radicalismos que os próprios professores já deram sinais de reprovar. E, muito menos, usarem o descontentamento dos professores para fazer campanha política. Mário Nogueira, no entanto, voltou a fazê-lo ontem, demonstrando mais uma vez que os seus interesses estão muito para além do Estatuto da Carreira e da avaliação de desempenho.

Um comportamento reprovável e que prejudica os professores nas negociações com o Governo.



Correio da Manhã:
80 mil chumbam política da ministra
Cerca de 80 mil professores, metade da classe docente, de todo o País, manifestaram-se ontem em Lisboa. Durante duas horas, a avenida da Liberdade, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, voltou a encher-se de docentes, insatisfeitos com as políticas educativas.

Imagens da manif



30 maio, 2009

Filósofo José Gil diz que o Ministério da Educação “virou todos contra todos”


PÚBLICO - No seu último livro apresenta o “homem avaliado” como sendo a “figura social do século XXI”. Trata-se de facto de uma alteração radical? Ser-se avaliado não é propriamente uma novidade destes tempos.
José Gil - Estamos a falar de uma situação generalizada na sociedade dita da modernização. Não é só em Portugal, é em toda a Europa. Não há duvida que não pode haver aprendizagem sem haver avaliação e que toda a aprendizagem, a mais arcaica que se conheça, a aprendizagem do discípulo que tinha um mestre na Renascença, na pintura, ou na Índia com um yogui que ensinava um discípulo. Em todas essas práticas há avaliação. Quer dizer a avaliação é inerente, necessária, à própria aprendizagem.

O resto da entrevista

É hoje!







29 maio, 2009

A queda de um senhor do Universo


29.05.2009, José Miguel Júdice, no Público

O wonder kid do cavaquismo, que exprimiu de modo sublime a epopeia from rags to riches, acabou politicamente

A renúncia de Dias Loureiro ao lugar de conselheiro de Estado foi um acto muito mal coreografado, que demonstra como pode ficar "enferrujado" um político de excepção após alguns anos sem praticar o ofício. De facto, se me tivessem perguntado qual era o pior momento para esta renúncia, não teria dúvida em dizer que seria após a (previsível, e aliás prevista por Loureiro) presença de Oliveira Costa na Assembleia da República para abrir o saco, e em plena campanha eleitoral (prejudicando o PSD, ainda que a este partido nenhuma culpa possa ser atribuída).
Em minha opinião, o melhor momento deveria ter sido após Cavaco Silva lhe ter afirmado a confiança. Se nesse momento renunciasse, sempre poderia afirmar que o fazia, apesar da (inequívoca) expressão presidencial, como um elegante gesto para lhe evitar hipotéticos incómodos. Chego a admitir que havia da parte do Presidente uma subtil sugestão, talvez não percebida. Também não estaria mal se tivesse renunciado logo após as primeiras imputações, com a clássica afirmação de que o faria para se poder defender melhor. Ou que o fizesse quando, sem sensatez (incompreensível num homem que geria a comunicação com enorme maestria), foi explicar-se e defender-se à RTP: se renunciasse em cima do programa marcaria pontos, pelo menos no plano mediático, e poderia beneficiar da lógica do "coitadinho", tão cara à generosa e lacrimejante alma portuguesa.
Nada do que atrás escrevo é original. Como dizer que ele se presume inocente e até que pode não ter cometido nenhum crime. Só que não há ninguém - mesmo os que afirmam ser seus amigos - que não afirme, pelo menos, que ele cometeu erros de julgamento muito graves. Agora, como se diz no Brasil, Inês é morta. Dias Loureiro, o wonder kid do cavaquismo, alguém que exprimiu de modo sublime a epopeia from rags to riches em que se realçaram alguns como Duarte Lima ou o próprio Oliveira Costa, acabou politicamente. E isso é que talvez mereça alguma reflexão adicional.
Tenho estigmatizado a forma pelintra e miserabilista como são remunerados os políticos; tenho realçado que nada justifica que se censure um quadro político que, tendo chegado aos pináculos da fama, faça a transição para a vida empresarial; não me canso de criticar a presunção pública, mais ou menos iniludível, de falta de seriedade e de ética quando ex-políticos ganham dinheiro (ainda que em negócios especulativos ou que são viabilizados apenas devido a contactos que se mantiveram após a saída do poder). Nunca estive nesse mundo, nunca fiz esses negócios, nunca ganhei dinheiro que não fosse com trabalho árduo.
Penso, por tudo isso ter legitimidade para olhar para este fenómeno de um ponto de vista sociológico, dir-se-á. Para concluir que, com a desgraça de Dias Loureiro, acabou simbolicamente uma época, o tempo do cavaquismo. Então, à sombra do rigor ético de Cavaco Silva, assistiu-se a um acumular súbito de riqueza, a um conjunto de oportunidades para quadros dirigentes da máquina do Estado e a um conúbio entre poder político e poder económico, como não tenho memória de presenciar nem provavelmente voltarei a conhecer.
Estas pessoas, de um modo geral, chegaram ao exercício da política sem grandes recursos, que não fosse o sentido de oportunidade, a inteligência prática, a determinação de parvenus, a dedicação de ambiciosos, a resistência à fadiga, o facto de pouco ou nada terem a perder. Em parte à sombra de Cavaco, mas também muito por mérito próprio, tiveram um sucesso para além de tudo o que poderiam imaginar. E tiveram sorte: a cornucópia de fundos comunitários, os novos grupos económicos (à procura de contactos, de acessos, de respeitabilidade), as privatizações, a acumulação de riqueza na bolsa, tudo isto - numa época de media menos enervados com falta de vendas e, por isso, que os não sujeitavam a escrutínio - abriu portas e futuros insuspeitados.
Na fase formativa da sua vida política, de um modo geral jovens, vindos de cidades de província, provaram o fruto encantatório e embriagante do poder e de tudo o que a ele se liga. Ganharam eleições, destruíram oposições, comandaram legiões, conspiraram, foram recebidos nos salões da alta burguesia e nos "montes" da velha aristocracia, acreditaram que Portugal mudara, que era um país novo e diferente e que eles estavam destinados - ungidos pela deusa da Oportunidade ou bafejados pela deusa da Fortuna - a ser a nova elite que se perpetuaria no poder e nos poderes.
Para sua protecção faltou-lhes algum cinismo, algum pessimismo histórico, alguma formação cultural. Acreditaram que era só mérito o que - sendo-o, sem dúvida - foi sobretudo acaso, sorte, conjugação de factores favoráveis. Ficaram arrogantes, auto-suficientes, vingativos. Lembro-me de um que, perante algumas notícias que lhe desagradaram no Semanário, a cujo Conselho de Administração eu presidia, me espetou o dedo ameaçador: ainda hoje sorrio, com a ternura que o tempo nos dá quando o medo dos poderosos não esteja imbuído nos nossos genes.
O grande erro - o principal erro - de Dias Loureiro foi essa arrogância de predestinado, essa convicção de quem se habituou a ser um "Senhor do Universo". Como há dias o seu amigo Luís Delgado explicou, referindo-se à sua primeira audição na Assembleia da República, chegou lá sem uma nota, sem um papel, desleixadamente, sem preparação, pois no fundo da sua alma sabia que iria sair vencedor daquela maçada, devido à sua experiência, à sua inteligência, ao seu poder e até ao seu spleen.
Não foi assim. Já não podia ser assim. Mesmo os eternos vencedores acabam por perder. Ficam melhores depois disso, mas essa é outra história. Mas escolher Loureiro para o Conselho de Estado foi já um erro de Cavaco. A melhor forma de o corrigir, fica a sugestão, é nomear Fernando Nogueira.

Quase metade das escolas vai falhar o prazo para eleger directores


Afinal... era como tinhamos supeitado.
Conforme comprova o Público de hoje: "Mais de 500 agrupamentos abriram o concurso demasiado tarde. E muitos ainda nem sequer o fizeram".

Portanto, aquela história de a Ministra vir dizer que foram só 4 ou 5 escolas que não cumpriram o prazo... é uma grande tanga.

A maior exposição de arte contemporânea em Portugal


A Fundação de Serralves inaugura hoje a primeira parte da exposição “A Colecção”, que pretende ser a maior mostra de arte contemporânea de sempre.

“Será, sem dúvida, a maior exposição de arte contemporânea nacional ou internacional alguma vez feita em Portugal”, disse à Lusa o presidente da Fundação de Serralves, António Gomes de Pinto.

A Fundação de Serralves apresenta pela primeira vez uma exposição que contempla uma colecção de obras de arte recolhida ao longo dos dez anos de existência do Museu.

A exposição é o principal evento das comemorações do seu décimo aniversário, em conjunto com o vigésimo aniversário da Fundação de Serralves.

Serralves em Festa nos dias 30 e 31 de Maio.


28 maio, 2009

O PTE é que está a dar!


Uma comitiva de cerca de 20 autarcas suecos visita amanhã duas escolas de Lisboa para conhecer os projectos integrados no Plano Tecnológico da Educação (PTE) e perceber a utilização do computador Magalhães na sala de aula.

Fonte do PTE disse à Agência Lusa que a delegação começa por visitar uma escola do primeiro ciclo do ensino básico para perceber os mecanismos do programa "e-escolinha", bem como a utilização do computador Magalhães pelos alunos e professores em sala de aula.

Depois, os autarcas, que pediram a visita, seguem para a Escola Secundária D. Dinis para conhecer outros projectos do Plano Tecnológico da Educação (PTE), o seu funcionamento, implementação, metodologias e investimento realizado.


"Quatro ou cinco escolas" não cumprirão prazo


A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse hoje que "quatro ou cinco escolas" não vão cumprir o prazo de eleição dos respectivos directores, que termina a 31 de Maio.

"Há quatro, cinco escolas em que não apareceram candidaturas ou que houve problemas de outra natureza, em que os concursos abertos acabaram por não ter resultados positivos, mas são quatro ou cinco escolas, não mais do que isso em todo o país", afirmou, à margem da tomada de posse da nova directora do Agrupamento de Escolas Gualdim Pais.

Os números parecem parcos. A ver vamos...

Obviamente, demita-se!


Manuel Dias Loureiro recusou hoje a ideia de que renunciou ao cargo de conselheiro de Estado devido às acusações que lhe foram ontem feitas pelo ex-presidente do BPN, José Oliveira e Costa, no Parlamento. O ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva afirmou que esta era uma decisão que já andava a amadurecer há 15 dias e decorre "da ideia que estava a passar [para a opinião pública] de que o Conselho de Estado me estava a proteger".

É preciso ter lata!!!!

27 maio, 2009

Governo avança com fibra óptica para 136 concelhos rurais


Foi lançado ontem o concurso para a criação de redes de fibra óptica no Centro do País.
É o primeiro de cinco concursos que o Governo vai lançar para levar fibra a 136 concelhos.

Agora é que se vai navegar a sério!!!!!

Zangam-se as comadres...


Manuel Dias Loureiro, ex-ministro da Administração Interna de Cavaco Silva e membro do Conselho de Estado, mente quando diz que foi ao Banco de Portugal para se queixar da gestão de Oliveira Costa.
A afirmação partiu do ex-presidente do grupo SLN/BPN, José Oliveira Costa que adiantou que quem fala verdade é o ex-vice-governador do BdP. "A verdade está com António Marta", assegurou ontem o antigo presidente do BPN aos deputados da comissão de inquérito. Quando foi ouvido pelos deputados, Marta explicou-lhes que na reunião com Dias Loureiro este foi queixar-se de o Banco de Portugal estar "sempre em cima" do BPN e não manifestar preocupação com a gestão do banco.

Mais um coelho da cartola


Depois de ter "descoberto" a "revolução" na educação, o cabeça de lista do PS, Vital Moreira, admitiu a possibilidade de criar um imposto europeu sobre transacções financeiras, ou, em alternativa, de proceder à transferência de fatias suplementares dos orçamentos nacional.

É só achas para a fogueira...que o vai consumindo em lume brando...

26 maio, 2009

Encontramo-nos Sábado




1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.

2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.

3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Saír à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.


Texto com a chancela de vários bloguistas, em trânsito na blogosfera.

A "revolução" na educação


O cabeça de lista do PS às europeias, Vital Moreira, defendeu hoje a ideia de que está em curso uma "revolução" no ensino e na formação profissional em Portugal, que atinge sobretudo as regiões do interior.

Vital Moreira falava no final de uma visita à Escola Básica Paulo Quintela de Bragança, o primeiro ponto de campanha do PS em Trás-os-Montes.

Por sua vez o cabeça-de-lista do PSD às eleições europeias, Paulo Rangel, afirmou hoje que se há uma revolução em curso na educação em Portugal, então o país está a atravessar há ano e meio o "período do terror".


Plataforma Sindical dos Professores espera "grande manifestação" no sábado


O porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, disse hoje esperar "uma grande manifestação" no sábado em Lisboa, considerando que "há razões fortíssimas" para o protesto.

"Esperamos uma grande manifestação ou não a teríamos convocado para o Marquês de Pombal, para descer até aos Restauradores. Serão dezenas de milhares de professores. Há inúmeros autocarros" já organizados para transportar os professores até Lisboa, disse Mário Nogueira aos jornalistas.

25 maio, 2009

Clickjacking é o novo perigo da Internet


Depois dos trojans e outros códigos maliciosos, a tendência do momento é o clickjacking. Ainda não há correcções definitivas para este problema.

O responsável tecnológico da Whitehat Security, Jeremiah Grossman, explicou à Cnet o funcionamento do clickjacking. O utilizador nem se apercebe, mas todos os seus cliques na Internet podem estar a ser monitorizados por um atacante.

Numa demonstração, Grossman explicou como é simples a um atacante espiar todos os movimentos de um utilizador, recorrendo ao Flash para ligar a sua webcam, sem que este se aperceba.

O atacante cria uma iFrame que coloca no site que pretende atacar. Esse código não é perceptível ao utilizador e é inserido numa parte do site. O utilizador pode estar a clicar em “comprar”, em vez de “cancelar”, se for isso que o atacante tiver escrito no código (o hacker programa os códigos precisamente com o objectivo de ludibriar os utilizadores).

Até agora, há pouco a fazer para evitar este tipo de ataques. As páginas que estiverem optimizadas para Internet Explorer 8 podem não correr estes códigos, mas Grossman adverte que os utilizadores ddo browser da Microsoft devem ter o JavaScript desactivado. No caso do Firefox, basta instalar o add on NoScript, para que se bloqueie o código iFrame.

Fonte: Exame Informática.

O património dos candidatos à europa


Sob o título "Rangel é quem ganha mais e Melo é o mais rico" o DN noticia :
Cabeça de lista do PSD é quem aufere mais rendimentos entre os candidatos às Europeias, enquanto Nuno Melo tem a garagem mais valiosa. À esquerda, Miguel Portas não declara qualquer bem patrimonial e Ilda Figueiredo é a única com segunda casa. Os rendimentos de Vital Moreira não são públicos, mas o DN apurou que este é proprietário de três apartamentos.

Movimentos independentes de professores associam-se à manifestação nacional


O Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) e a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE) juntam-se à manifestação nacional do próximo sábado “contra as políticas de um ministério e de um Governo que tudo fizeram para desprestigiar e humilhar a profissão docente”, mas dizem que “esta forma de luta de pouco valerá se não for integrada num plano mais vasto, coerente e determinado”.

Chegou, viu e venceu


João Salaviza acaba de receber em Cannes, a Palma de Ouro da curta-metragem.
John Boorman, o presidente do júri das curtas, disse que "Arena" anuncia a "emergência de um talento cinematográfico".
A sua curta-metragem venceu o Grande Prémio da competição de curtas-metragens, lançando para o centro das atenções a obra deste jovem realizador de 25 anos, ainda estudante de cinema no Conservatório.

"Eu sabia que queria fazer filmes. Agora sei que há outros que querem que eu faça filmes"

24 maio, 2009

Aplicadores


24.05.2009, António Barreto, no Público

Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano.

A publicação, pelo Ministério da Educação, do Manual de Aplicadores não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais precisos e pormenorizados do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas.

Alguns exemplos denotam a qualidade deste manual: "Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste manual." "Continue a leitura em voz alta: Passo agora a ler os cuidados a terem ao longo da prova. (...) Estou a ser claro(a)? Querem fazer alguma pergunta?" "Leia em voz alta: Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem." "Leia em voz alta: A primeira parte da prova termina quando encontrarem uma página a dizer PÁRA AQUI! Quando chegarem a esta página, não podem voltar a folha; durante a segunda parte, não podem responder a perguntas a que não responderam na primeira parte. Querem perguntar alguma coisa? Fui claro(a)?" Além destas preciosas recomendações, há dezenas de observações repetidas sobre os apara-lápis, as canetas, o papel de rascunho, as janelas e as portas da sala. Tal como um GPS ("Saia na saída"), o manual do aplicador não se esquece de recomendar ao professor que leia em voz alta: "Escrevam o vosso nome no espaço dedicado ao nome." Finalmente: "Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração"!
A leitura destes manuais não deixa espaço para muitas conclusões. Talvez só duas. A primeira: os professores são atrasados mentais e incompetentes. Por isso deve o esclarecido ministério prever todos os passos, escrever o guião do que se diz, reduzir a zero quaisquer iniciativas dos professores, normalizar os procedimentos e evitar que profissionais tão incapazes tenham ideias. A segunda: a linha geral do ministério, a sua política e a sua estratégia estão inteiras e explícitas nestes manuais. Trata os professores como se fossem imaturos e aldrabões. Pretende reduzi-los a agentes automáticos. Não admite a autonomia. Abomina a iniciativa e a responsabilidade. Cria um clima de suspeição. Obriga os professores a comportarem-se como robôs.
A ser verdadeira a primeira hipótese, não se percebe por que razão aquelas pessoas são professores. Deveriam exercer outras profissões. Mesmo com cinco, dez ou 20 anos de experiência, estes professores são pessoas de baixa moral, de reduzidas capacidades intelectuais e de nula aptidão profissional. O ministério, que os contratou, é responsável por uma selecção desastrada. Não tem desculpa.
Se a segunda for verdade, o ministério revela a sua real natureza. Tem uma concepção centralizadora e dirigista da educação e da sociedade. Entende sem hesitação gerir directamente milhares de escolas. Considera os professores imbecis e simulados. Pretende que os professores sejam funcionários obedientes e destituídos de personalidade. Está disposto a tudo para estabelecer uma norma burocrática, mais ou menos "taylorista", mais ou menos militarizada, que dite os comportamentos dos docentes.

Oano lectivo chega ao fim. Ouvem-se gritos e suspiros. Do lado, do ministério, festeja-se a "vitória". Parece que, segundo Walter Lemos, 75 por cento dos professores cumpriram as directivas sobre a avaliação. Outras fontes oficiais dizem que foram 57. Ainda pelas bandas da 5 de Outubro, comemora-se o grande "êxito": as notas em Matemática e Português nunca foram tão boas. Do lado dos professores, celebra-se também a "vitória". Nunca se viram manifestações tão grandes. Nunca a mobilização dos professores foi tão impressionante como este ano. Cá fora, na vida e na sociedade, perguntamo-nos: "vitória" de quem? Sobre quê? Contra quem? Esta ideia de que a educação está em guerra e há lugar para vitórias entristece e desmoraliza. Chegou-se a um ponto em que já quase não interessa saber quem tem razão. Todos têm uma parte e todos têm falta de alguma. A situação criada é a de um desastre ecológico. Serão precisos anos ou décadas para reparar os estragos. Só uma nova geração poderá sentir-se em paz consigo, com os outros e com as escolas.

Olhemos para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão. Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade. Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos. Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de Educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano.

23 maio, 2009

Delação na sala de aula


23.05.2009, Manuel Carvalho, no Público

O episódio de Espinho é mais uma peça de um puzzle que gradual e paulatinamente vai corroendo o amor-próprio e a personalidade da docência

Numa semana, os professores recebem um manual de instruções para conduzir as provas de aferição que os coloca uns furos abaixo da indigência mental; na outra, ficam a saber que uma aluna pode gravar clandestinamente o que se passa na sala de aula e usar o material ilegalmente obtido como prova de inaptidão para o exercício das suas funções. Depois de dois anos de uma terrível guerra de nervos iniciada com o estatuto e aprofundada pela avaliação, os professores, principalmente do ensino público, têm cada vez mais estímulos para a descrença e a desmotivação. Por muita razão que a ministra tenha em algumas das suas reformas, e tem-
-na, pelo menos, ao nível da urgência e do conceito de avaliação, a soma de grandes afrontas e de pequenos ataques de que têm sido alvo os docentes ameaça desfazer o que resta de empenho e sentido de serviço público na classe.
Por uma vez, era bom que o caso de Espinho pudesse ser visto de uma forma global e não se resumisse à análise dos devaneios de uma professora que, manifestamente, merece ser punida pelo que disse na aula ou pelo que aí insinuou sobre matérias do foro privado das suas alunas. Encerrado, e bem, este caso com um processo disciplinar, esperava-se que o Ministério da Educação se preocupasse com o outro lado da questão: o método usado pelas alunas e assumido pelas suas encarregadas de educação. Ora, que se saiba, não haverá ao nível da escola nem da direcção regional qualquer diligência, o mínimo gesto, a mínima palavra de censura pelo acto. O que, para os cidadãos e, principalmente, para os professores, quer apenas dizer uma coisa: que a espionagem clandestina do que se passa na aula, o recurso a tecnologias para instigar a delação é um método que não causa o mínimo arrepio à tutela.

Haverá certamente quem se apoie no nexo de causalidade para justificar o emprego de gravadores digitais ocultos nas mochilas. Afinal, os resultados estão à vista: sem as declarações gravadas, jamais alguém poderia acreditar que uma professora, aquela professora, fosse capaz de proferir tantos disparates e tantos insultos à dignidade dos alunos. Mas, resolvida a situação a favor dos pais revoltados e das alunas insultadas, o problema principal que agora se coloca tem a ver com o futuro. Doravante, o recurso a gravações clandestinas que não têm qualquer valor probatório em sede de processo na justiça ordinária (exigem autorização de um juiz), passa a ser legitimado nas salas de aula. Os momentos de descontracção, de diálogo franco e aberto, de proximidade entre professor e aluno estarão condenados a desaparecer das nossas escolas. Nenhum professor deixará de ter medo ao pensar no fantasma da gravação oculta sempre que arriscar sair da matéria oficial para fazer o que lhe compete: abrir horizontes aos seus alunos.
Pode parecer um cenário excessivo, mas o facto é que o episódio de Espinho é mais uma peça de um puzzle que gradual e paulatinamente vai corroendo o amor-próprio e a personalidade da docência. A menos que queiramos professores-funcionários, apenas autorizados a ditar sebentas ou a transmitir sumários, não se pode estar de acordo com as instruções do ministério que os transformam em aprendizes ou a legitimação por falta de censura de gravações ocultas nas salas de aula. Se não for pelo clima de intimidação e medo que pode gerar nos docentes, ao menos haja o bom senso de as condenar por estimularem os alunos a cultivar práticas pidescas. Querer resumir o incidente à condenação da professora é por isso um insulto a todos os que consideram a bufaria um daqueles vírus que a escola tem o dever de extirpar dos hábitos dos jovens.


Limiano comemora meio século com exemplar de 50 quilos


O queijo Limiano, que esteve na origem de uma greve de fome do deputado do CDS Daniel Campelo e até deu nome a um Orçamento de Estado, comemorou este mês 50 anos, mantendo "orgulho em ser feio".

Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues recebidos em escola com protesto


Aconteceu ontem, em Lisboa:
No final da visita à Escola Secundária António Arroio, em Lisboa, José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues foram confrontados com um forte protesto dos alunos. Centenas de alunos classificaram o Governo de «fascista» e contestaram as obras na escola.

Para ouvir na TSF

Marinho Pinto VS Manuela Moura Guedes - TVI


Finalmente há alguém que diz a MMGuedes o que ela precisava de ouvir, mas que, pelos vistos, não ouve.
"Você faz um péssimo jornalismo"!


22 maio, 2009

Batata quente

Repersussões do caso passado numa escola de Espinho, em torno das questões de foro sexual...

Segundo o DN:
Gravação da Aula é ilegal e pode dar processo à aluna.

Segundo o JN:
À margem de um encontro de técnicos do programa Novas Oportunidades que decorreu, ontem, no Porto, Maria de Lurdes Rodrigues, citada pela Lusa, fez notar que "faltou escola de uma forma atempada, faltou uma resposta pronta", frisando, porém, que se trata de "um caso excepcional, de grande desequilíbrio".

É que, segundo o JN adiantou na edição de ontem, é agora também a própria direcção da escola que está a ser objecto de um inquérito, desta feita, por parte da Inspecção-Geral da Educação, inquérito este pedido pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) por suspeita de o caso ter sido encoberto. Uma nova perspectiva da situação que deixou muitos dos pais ouvidos, ontem, pelo JN, boquiabertos. A mãe de um aluno da turma do 7.º ano directamente envolvida no caso, que não se quis identificar por o filho já ter sido "ameaçado por alunos de outras turmas solidários com a professora Josefina Rocha", disse ter ficado surpreendida com a atitude do Conselho Executivo. "Como é possível terem escondido um problema tão grave? Se tivessem agido logo que souberam das queixas dos alunos, se calhar não tínhamos chegado a esta situação", comentou.

Comissão Europeia considera Magalhães ilegal



Notícia do jornal Sol:
Todos os programas ligados ao Plano Tecnológico da Educação, do qual o Magalhães é o mais emblemático, estão em causa. Para a Comissão Europeia, o Governo português não agiu de modo transparente, porque as empresas foram tratadas de modo desigual.
A Comissão Europeia (CE) considera que Portugal infringiu as leis comunitárias da concorrência ao adjudicar por ajuste directo, e não por concurso público, todos os programas governamentais ligados ao Plano Tecnológico da Educação. Está em causa a distribuição gratuita ou a preços reduzidos de mais de um milhão de computadores a alunos e professores – incluindo os 500 mil ‘Magalhães’ que o Executivo de José Sócrates prometeu distribuir pelos alunos do 1.º Ciclo.

21 maio, 2009

Autismo político


A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considera que a avaliação de desempenho dos professores é "uma reforma ganha", afirmando compreender a insatisfação docente, tendo em conta a rotura introduzida num "marasmo" de 30 anos de "total indiferenciação".

"Do meu ponto de vista foi uma reforma ganha. Temos hoje milhares de professores a fazer a avaliação, o que significa que é hoje um adquirido nas escolas. (...) Oitenta mil professores entregaram os objectivos individuais e 30 por cento destes requereram uma componente da avaliação que era facultativa", afirma a ministra. Para Maria de Lurdes Rodrigues, esta reforma introduziu uma rotura "num marasmo de mais de 30 anos de total indiferenciação e pseudo igualitarismo", já que "a ausência total de princípios mínimos de competição" era "muito negativa para as escolas".

Fazendo as contas: se há cerca de 140 mil professores no país e 80 mil entregaram os OIs daqui resulta que 60 mil não entregaram. É isto que é "uma reforma ganha"?
Por outro lado, Jorge Pedreira afirmou, há pouco tempo, que 75% dos professores tinham entregue os objectivos individuais. Basta fazer contas: 80 mil em 140 mil não chega sequer a 60%...

______________

Reacção dos partidos

O cabeça de lista do PSD às eleições europeias acusou hoje a ministra da Educação de "lirismo político" sem remédio e considera que o conflito com os professores não tem solução com esta equipa governativa.

Paulo Rangel comentava declarações de Maria de Lurdes Rodrigues numa entrevista à agência Lusa segundo as quais a avaliação e o desempenho dos professores é "uma reforma ganha" pelo seu Ministério.

Para o dirigente do PSD, que acabava de receber uma delegação da Plataforma Sindical de Professores, "o que se verifica é uma grave insatisfação quanto ao estatuto da carreira docente".

Acrescentou que o balanço de todo o processo hoje feito pelos sindicatos é muito diferente daquilo que a ministra apresenta na entrevista.


Por sua vez o PCP considerou hoje que "só a cegueira provocada pela arrogância e prepotência" do Ministério da Educação pode levar a ministra a dizer que a avaliação de desempenho dos professores é uma "reforma ganha".

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou hoje que a avaliação de desempenho dos professores é "uma reforma ganha" e disse compreender a insatisfação dos professores, tendo em conta a rotura introduzida num "marasmo" de 30 anos de "total indiferenciação".

Em reacção às declarações, Jorge Pires, membro da Comissão Política do PCP, disse que "só a cegueira provocada pela arrogância e prepotência da equipa ministerial, particularmente da ministra da Educação, pode levá-la a afirmar que a avaliação de desempenho [dos professores] seja considerada 'uma reforma ganha'".

A Internet dá para tudo, como aqui se comprova


Uma jovem romena, Alina Percea, leiloou a sua virgindade na Net, com uma licitação de 8,8 mil libras, tendo um empresário italiano ganho o leilão.
Alina Percea esperava conseguir leiloar a virgindade por 50 mil libras (cerca de 56 mil euros), mas acabou por aceitar uma proposta cinco vezes menor.
Num caso que já não é totalmente inédito, a jovem de 18 anos deu agora a conhecer alguns detalhes sobre o leilão e o episódio que lhe seguiu.
A jovem informou o Daily Mail que, depois de fechar o leilão, viajou para Veneza, onde o empresário de nome ainda desconhecido a recebeu com um pacote de chocolates.
Alina Percea teve de ser sujeita exames ginecológicos e a suspeitas levantadas por uma professora antes de se entregar ao empresário italiano.
A jovem, anunciou que a soma angariada no leilão será aplicada nos estudos universitários.

Eu gravo-te, tu gravas-me, ele grava-o...


21.05.2009, Helena Matos no Público

De cada vez pensamos que já vimos tudo o que tínhamos para ver. Umas semanas depois descobre-se algo de muito pior


...E assim sucessivamente nos andamos a gravar uns aos outros.

- Se quiseres eu mostro-te as provas.
- Ai tem? E quer que lhe faça também um desenho?
Estas são algumas das frases trocadas entre a professora da escola de Espinho e uma das alunas que se ouve na gravação. Nada disto tem o mínimo de razoabilidade ou é sequer moralmente aceitável. Mas, se virmos bem, é assim que o país está, entre o demente e o acanalhado, com uns a dizerem "Se quiseres eu mostro-te as provas" e os visados a responderem "Ai tem? E quer que lhe faça também um desenho?"
Já tínhamos tido as imagens captadas por um telemóvel que mostravam uma professora a ser agredida dentro da sala de aula. Já tivemos também as gravações de gangs a dispararem e agredirem quem lhes apeteceu. E, claro, temos o folhetim das gravações do senhor Smith. De cada vez que uma destas gravações é revelada supõe-se que já se viu tudo o que se tinha para ver. Umas semanas depois descobre-se que temos para visionar algo de muito pior e assim vamos embalados em play nesta estranha forma de vida em que uns gravam, outros são gravados e o povo visiona.
Honestamente temos de admitir que as gravações clandestinas são o que de mais relevante a nossa memória guarda dos últimos anos em Portugal. Já não nos lembramos dos factos em si mesmos, mas não esquecemos o momento em que aquelas imagens, captadas às escondidas, passaram pela primeira vez diante dos nossos olhos. Tal como os voyeurs que só obtêm prazer observando o sexo dos outros, também os portugueses se satisfazem vendo imagens captadas clandestinamente e que na verdade não revelam nada que já não saibamos. Que existem professores que não têm condições para o ser é um dado incontornável. Que a indisciplina se instalou nas escolas é um facto. Que os gangs impõem as suas regras nuns bairros por ironia chamados sociais é óbvio. E quanto aos mecanismos para obter licenciamentos explicados ao vivo pelo senhor Smith também sabemos que pouco têm de original. Muito mais sofisticado e danoso para o país do que o Freeport foi o processo da Cova da Beira e dúvidas muito mais sérias se colocam nesse caso em relação ao procedimento de José Sócrates. Mas como não existem gravações clandestinas na Cova da Beira mas sim factos, o assunto não suscita interesse ao visionador a que está reduzido cada português. Digamos que não se perde grande coisa com o facto de não existirem gravações secretas do caso Cova da Beira. Ou seja, apenas se perde espectáculo, pois tal como os voyeurs não têm actividade sexual propriamente dita, satisfazendo-se em espreitar os outros, também os cidadãos-visionadores se esgotam na reacção de indignação aquando do visionamento. Em seguida, já satisfeitos, caem numa abulia da qual só serão brevemente despertos por uma gravação ainda mais alarve.
O que é grave nestas gravações não é portanto o que elas mostram acerca dos desgraçados que nelas surgem, mas sim o que elas mostram sobre nós. Sobre a nossa demissão em relação ao país. Por exemplo, o que é que já fizemos para flexibilizar a escolha das escolas pelas famílias? Recordo que as escolas têm tido de manter em funções professores não apenas perturbados como a senhora da gravação da escola de Espinho, mas também gente acusada de crimes graves, como a pedofilia, ou até condenada por eles. Se, no ensino público, os pais pudessem mudar os seus filhos de escola ou de turma, os professores problemáticos não desapareciam mas certamente que não se arrastariam anos e anos pelas escolas até que resolvessem concorrer para outro lado. O estranhíssimo universo revelado pelas gravações efectuadas nas salas de aula é o resultado inevitável daquilo que não temos tido coragem nem paciência para mudar na educação.
Em 2009, o país vive sob a perversão do voyeur, aquele que trocou o fazer pelo ver: o povo tornou--se não na razão de ser do regime mas sim no seu visionador. Não por acaso vemos os movimentos radicais interrogando-se todos os dias sobre o momento em que também em Portugal se verão essas imagens de pneus a arder, gente de cara tapada apedrejando sedes de empresas e gestores sequestrados. Isso não resolve nada e contribui para uma mais acelerada deslocalização das empresas. Obviamente quem anseia por esses acontecimentos sabe-o muitíssimo bem. Mas sabe também que essas imagens refrescariam o imaginário do cidadão--visionador. Infelizmente não é apenas a insolente gaiata da gravação que anda para aí a perguntar : "E quer que lhe faça também um desenho, s'tora?" Tanto quanto sei, estão dez milhões à espera para ver. (helenafmatos@hotmail.com)
a A polémica. "Para travar a polémica e procurar um consenso, o deputado Pedro Nuno Santos, secretário-geral da Juventude Socialista (JS), explica que a maioria socialista quer envolver as unidades de saúde nessa distribuição de contraceptivos" - elucidava a TSF num daqueles dias em que a voz de quem lê os noticiários tremelica na antecipação de mais uma questão fracturante que divida o país em progressistas inteligentes e reaccionários estúpidos. Cabe perguntar a que polémica se refere o secretário-geral da Juventude Socialista. Na verdade não existe polémica alguma, nem pode existir. Há décadas que as unidades de saúde distribuem gratuitamente em Portugal contraceptivos aos jovens. Convém que se recorde que nas cidades de Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Figueira da Foz, Évora, Faro, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu, Vila Real, Caldas da Rainha e Pombal existem gabinetes específicos para esta questão. Regra geral são designados como Gabinetes de Apoio à Saúde e Sexualidade Juvenil e, segundo informação oficial disponível a qualquer um de nós, deputado ou não, 29 enfermeiros, 27 médicos, 26 psicólogos, cinco nutricionistas, dois assistentes sociais, um dietista e um psiquiatra atendem nos mais variados horários os jovens que aí os procuram. Se destes gabinetes citadinos passarmos para as unidades de saúde que cobrem todo o país, perceberemos que já há muitos anos foram criadas consultas de planeamento familiar às quais os jovens podem ter acesso independentemente do centro de saúde em causa estar ou não na sua área de residência (infelizmente, o mesmo princípio não se adapta aos adultos!) Esta possibilidade é muitíssimo importante sobretudo nos meios mais pequenos onde é mais difícil assegurar a privacidade dos utentes. Está estabelecido até que não é necessário fazer marcação prévia para ir a uma dessas consultas. E também em Portugal, devidamente apoiados pelo Ministério da Saúde, existem escolas onde funcionam gabinetes de promoção da saúde - cuja experiência e número deveriam ser muito mais alargados -, onde os alunos não só recebem contraceptivos como informação dada por técnicos qualificados sobre planeamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis, alimentação, alcoolismo, etc.
Donde não conseguir perceber o que pretende o deputado Pedro Nuno Santos, secretário-geral da Juventude Socialista, quando afirma que a maioria socialista quer envolver as unidades de saúde nessa distribuição de contraceptivos. Isso e muito mais e melhor já é feito há muito tempo, e o resto é conversa. Ou procura dela.

a A ética republicana. A ética republicana é como o Espírito Santo: não se consegue explicar exactamente o que é, nunca se avista, mas acredita-se que opera milagres. Lembrei-me muito da ética republicana ao ver as imagens da demissão de Michael Martin, o speaker da Câmara dos Comuns. Tal como nos anos 70 era difícil explicar, em Portugal, as razões da demissão de Nixon, pois usar as polícias para espiar as campanhas dos partidos da oposição era então um direito adquirido do Governo, também hoje surge como bizarro que este homem se tenha demitido não porque ele mas sim alguns deputados tenham utilizado dinheiros públicos, ainda por cima em quantias irrisórias, em benefício próprio ou mais propriamente em benefício dos seus jardins e casas. Isto é o que acontece nos países onde a ética é simplesmente ética e não uma basófia do regime.

A tralha. A propósito ainda do pedido de demissão de Michael Martin, é interessante ver como o Pparlamento inglês apresenta uma pobreza tecnológica e até uma falta de conforto constrangedores quando comparados, por exemplo, com o Parlamento português. Nenhum daqueles parlamentares britânicos exibe computadores durante as sessões, até porque, à excepção dos joelhos, não teria onde colocá-lo. Mas questionam e discutem como compete a quem tem História e presta contas ao povo. Por cá exibem computadores, sempre ligados para dar um ar de ocupação, como os funcionários das repartições.




"O essencial de Bolonha está longíssimo de ser cumprido"


Está desiludido com a forma como o Governo tem tratado o sector.
Nas universidades está a resposta para a crise, diz o investigador

O professor e investigador António Nóvoa foi reeleito reitor da Universidade de Lisboa (UL) já pelas regras do novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). A lei tem pouco mais de um ano, mas o reitor considera-a ultrapassada. Nóvoa confessa estar desiludido com o primeiro-ministro porque não cumpriu as promessas feitas. É preciso investir mais na universidade porque é ela que vai ajudar a encontrar as respostas para ultrapassar a crise, defende.

Procurador-geral da República e Eurojust não se entendem sobre o caso Freeport


São versões contraditórias e ao mais alto nível. O procurador-geral da República revelou ontem que decidiu retirar o caso Freeport da esfera do Eurojust a partir do momento em que foi aberto um inquérito ao procurador Lopes da Mota, o presidente daquela instituição, que é acusado pelos investigadores do processo Freeport de ter tentado influenciá-los a arquivar o processo onde José Sócrates tem sido apontado como um dos alegados suspeitos.
Falando em nome de Lopes da Mota, o porta-voz do Eurojust contrapôs que a decisão anunciada por Pinto Monteiro, na verdade, foi tomada pelo organismo europeu, que dela deu conhecimento a procurador-geral. "São declarações surpreendentes, todas elas", disse ao PÚBLICO o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma.

Fonte: Público

Nos últimos 3 anos foram demitidos 26 professores



Vinte e seis professores foram demitidos nos últimos três anos na sequência de processos disciplinares. Com 21 casos, 2006 foi o ano em que houve um maior número de docentes com esta pena, a mais gravosa que pode ser aplicada a um funcionário.
A informação consta do relatório de actividades da Inspecção-Geral de Educação (IGE) relativo a esse ano. O balanço de 2008 ainda não está pronto, mas o Ministério da Educação adiantou ao PÚBLICO as penas mais graves: duas demissões e uma aposentação compulsiva. Em 2007, tinham sido cinco aposentações compulsivas e três demissões.
O último caso conhecido é o da professora da Escola EB 2,3 Sá Couto, em Espinho, que foi suspensa preventivamente no âmbito de um processo disciplinar por abordar questões sexuais de forma imprópria na sala de aula.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, diz que se trata "de um universo de 200 mil pessoas", considerando, por isso, os números pouco expressivos. "É normal haver incumpridores em qualquer profissão e estes estão sujeitos à aplicação de penas", diz o sindicalista, que avalia como "globalmente positiva" a acção disciplinar da IGE.

Fonte: Público

20 maio, 2009

Governo não vai suspender processo de avaliação



O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afastou hoje qualquer possibilidade de suspensão do processo de avaliação de desempenho dos docentes, conforme solicitado pela Plataforma Sindical de Professores.

"A suspensão da avaliação está absolutamente fora de causa", disse o governante aos jornalistas depois de ter recebido uma delegação da Plataforma Sindical, que lhe entregou um abaixo-assinado com mais de 40.000 assinaturas pedindo esta medida e uma revisão "efectiva" do Estatuto da Carreira Docente.

O secretário de Estado garantiu que as escolas estão a ser apoiadas para concluírem o processo de avaliação de desempenho "com a maior tranquilidade".

Que o governo não supendia o processo de avaliação já se sabia de antemão. Aguardemos por uma oportunidade para sermos nós a suspender este governo.

Conselho da Magistratura alerta para crimes em série e "carjacking"


O Conselho Superior da Magistratura alertou ontem o Parlamento que se assiste a "crimes cometidos em série, de forma mais ou menos homogénea", por "indivíduos de nacionalidade estrangeira", ao mesmo tempo que "o fenómeno do carjacking não foi erradicado nem parece minorado"

Concurso para professores de Espanhol suspenso


A Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE) acaba de informar que o concurso para colocação dos professores de Espanhol se encontra suspenso, pelo que “não pode” divulgar as listas provisórias relativas àquele grupo de recrutamento.

No próprio sítio da internet em que publicita as listas de ordenamento e de exclusão dos restantes grupos de professores, está um comunicado em que a DGRHE explica que a situação se deve à providência cautelar apresentada pela Associação Sindical de Professores Licenciados no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu e adianta que aguarda "a sentença" para saber "se dará ou não continuidade ao concurso.

A situação não afecta apenas os professores profissionalizados em Espanhol, mas também docentes de Português, Francês e Alemão que este ano, excepcionalmente, puderam candidatar-se às cerca de 220 vagas para colocação definitiva abertas pelo Ministério da Educação. É precisamente esta excepção, permitida por uma portaria de Março e justificada com a carência de professores de Espanhol, que está na origem do recurso aos tribunais por parte da ASPL.


Presidente do Parlamento britânico apresentou a demissão


O presidente do Parlamento britânico, Michael Martin, disse hoje que se vai demitir a 21 de Junho, depois de o seu desempenho ter sido posto em causa devido ao escândalo de apresentação indevida de despesas por vários deputados.

Por cá as coisas são bem diversas. Que o digam Dias Loureiro, Lopes da Mota e tantos outros. O apego ao tacho e a falta de verticalidade são valores que imperam...

19 maio, 2009

Como é que foi possível chegar-se aqui?



Assim vai a auto-regulação das escolas...

O vídeo


Preservativos nas escolas


A propósito da polémica sobre a distribuição de preservativos nas escolas não resisto a linkar o post do (magnífico) Reitor, onde se fazem as contas ao rombo que o erário público vai levar. Aqui

Gabinete Coordenador da Segurança Escolar


Acaba de ser criado o Gabinete Coordenador da Segurança Escolar (GCSE), uma estrutura integrada no âmbito do Ministério da Educação que vem dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela Equipa de Missão para a Segurança Escolar, e que tem como missão conceber, coordenar e executar as medidas de segurança nas escolas.

Trata-se de uma medida que vem reconhecer que o ambiente que se vive nas escolas não está nada pacífico.

O decreto-lei 117/2009

Evolução no ensino




Duas listas disputam hoje direcção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa


Mais de 18 mil professores elegem hoje para um mandato de três anos a nova direcção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), o maior sindicato da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), com duas listas concorrentes. António Avelãs, à frente do SPGL há três anos, disputa a presidência da estrutura sindical com Rui Capão Andrade.

O poder, nas suas diversas variantes, continua a seduzir....

Associação de Professores de Português considera provas "facilitistas"


A Associação de Professores de Português (APP) diz que há "algum facilitismo" nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos. Em ambas as provas é pedido aos estudantes que escrevam textos e nesses são indicados alguns elementos que os avaliados não devem esquecer, ou seja, indicam-se elementos que são objecto de avaliação, explica Paulo Feytor Pinto, presidente da APP.

Pudera.... tudo em prol das estísticas....

18 maio, 2009

Portal Gulbenkian para profesores


Foi hoje inaugurada a Casa das Ciências, um portal desenvolvido pela Gulbenkian e destinado a professores.

14 maio, 2009

PS chumba audição da ministra sobre "instrumentalização e intimidação" das escolas


A maioria socialista chumbou hoje um requerimento do Bloco de Esquerda para que a ministra da Educação explicasse no Parlamento "uma série de situações de instrumentalização e intimidação das escolas" por parte da tutela.

No requerimento entregue na Assembleia da República a 8 de Maio, o partido pretendia que Maria de Lurdes Rodrigues esclarecesse a recolha de imagens para um tempo de antena do PS numa escola de Castelo de Vide, considerando "inaceitável" que o ministério não tenha ainda esclarecido a situação.

No documento, a deputada Ana Drago refere-se ainda a "visitas" da Inspecção-Geral de Educação (IGE) a presidentes de Conselhos Executivos que prestaram declarações à comunicação social sobre o Estatuto do Aluno, interrogatórios a alunos da Escola Secundária de Fafe ou a destituição do coordenador da Escola de Serrinha, em Quinchães, Fafe, "por este não ter mobilizado a comunidade escolar para a inauguração da biblioteca da escola, com a presença do presidente da Câmara".

Na Comissão de Educação, toda a oposição votou favoravelmente a audição de Maria de Lurdes Rodrigues, mas os votos da maioria parlamentar socialista foram suficientes para impedir a presença da ministra. O deputado socialista Luiz Fagundes Duarte afirmou que o requerimento "não faz sentido" nesta altura, já que a ministra da Educação será ouvida no Parlamento a 2 de Junho.

12 maio, 2009

iPhone ou iPod Touch na lista de material escolar obrigatório dos estudantes de jornalismo do Missouri


A Faculdade de Jornalismo da Universidade do Missouri, onde nasceu em 1908 o primeiro curso de jornalismo do mundo, vai solicitar, no próximo ano lectivo, que os seus alunos tenham um iPhone ou um iPod Touch, para descarregarem materiais académicos.

O leitor de mp3 iPod Touch custa cerca de 230 dólares (169 euros - o modelo 8G) e o iPhone 250 dólares (183 euros).


As pressões no caso Freeport


Esta terça-feira vieram a público informações que indicam que o presidente do Eurojust, Lopes da Mota, poderá ser alvo de um processo disciplinar na sequência do inquérito pedido pelo Conselho Superior do Ministério Público.

O referido inquérito terá concluído pela existência de indícios de pressões sobre os magistrados.

As conclusões do inquérito estão a ser analisadas pelo Plenário do Conselho Superior. Contactada pela TSF, a Procuradoria-geral da República diz emitir comunicado no final da reunião.

Por sua vez o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, que denunciou pressões sobre os investigadores do caso Freeport, contactado esta terça-feira pela TSF preferiu não comentar as notícias que vieram a público.

11 maio, 2009

Modernização do parque escolar envolverá 200 escolas secundárias até ao final do ano


A ministra da Educação disse hoje que espera entrar em 2010 com cerca de 200 escolas secundárias, de um total de 350 em projecto, a serem intervencionadas no âmbito do Programa de Modernização do Parque Escolar.
Maria de Lurdes Rodrigues falava em Lisboa na cerimónia de assinatura dos contratos referentes aos primeiros dois concursos da Fase 2 daquele programa, cujos objectivos foram revistos para permitir a antecipação do início das obras das 75 escolas envolvidas e o lançamento imediato da Fase 3, com a selecção de mais 100 escolas a ser alvo de intervenção.

Calendário eleitoral, a quanto obrigas!

10 maio, 2009

Destituição em escola de Fafe é uma história toda em tons de "rosa"


O caso que o BE levou ontem ao Parlamento, com um pedido de esclarecimento à ministra da Educação, é invulgar. Não apenas por se tratar da demissão do coordenador de uma escola básica de Fafe, mas, também, porque todos os protagonistas detêm cargos de relevo no PS local.

O resto da notícia.

08 maio, 2009

Scratch day


No dia 16 de Maio, celebra-se, por todo o mundo, o segundo aniversário do Scratch, uma ferramenta de programação acessível a crianças e jovens. Esta ferramenta, que pode ser aplicada em contextos educativos e também de lazer, está disponível gratuitamente no portal do MIT (http://scratch.mit.edu) e no portal português do SAPO (http://kids.sapo.pt/scratch).

Em Portugal, este dia será assinalado com a concretização de um evento gratuito, aberto a todos os interessados (adultos, crianças e jovens), na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (Alameda da Universidade), das 9 h às13 horas.

Prevêem-se actividades para iniciados com o apoio de Scratchers mais experientes. Não é necessário conhecer a ferramenta para participar!

Página do evento: http://nonio.ese.ips.pt/scratchday09

Fazer pela vida





07 maio, 2009

Nasceu o I


O nome é mesmo minimalista para o que quer que seja, quanto mais para o nome de um jornal.
Saiu hoje, pela primeira vez. Esperemos que por muitas mais.
Versão online

Matemática pura e dura (ainda sem papa Maizena)





Alegrista acusa Partido Socialista de "atitude persecutória"


Rosário Gama, militante socialista apoiante de Manuel Alegre e presidente do conselho executivo da Escola Secundária Infanta D. Maria, acusou ontem o PS de "não aceitar o contraditório, mesmo vindo do interior do partido". E, em declarações ao PÚBLICO, apontou como "sinal" disso as questões que lhe foram colocadas por deputados socialistas sobre declarações que fez ao semanário Expresso e que, denuncia, revelam "uma atitude persecutória sobre quem manifesta uma opinião contrária à do poder".

06 maio, 2009

Poção mágica


Manuel Pinho dixit:
"Paulo Rangel tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta".

Percebe-se agora do que é que Pinho se tem alimentado. O resultado está à vista.

Revisão do Estatuto da Carreira Docente sem acordo governo/sindicatos


Sem resultados. O Ministério da Educação e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) não registaram hoje qualquer evolução nas negociações sobre o Estatuto da Carreira Docente, pelo que um acordo, mesmo parcial, está praticamente afastado pelas duas partes.

O secretário de Estado Jorge Pedreira diz que a Fenprof não entregou qualquer proposta relativamente à prova de ingresso na profissão e aos critérios do concurso extraordinário de acesso a professor titular – a segunda e mais elevada categoria da carreira docente.

“Não se vê, de facto, a possibilidade de haver um entendimento, mesmo que parcial. O ministério vai continuar a fazer todos os esforços para que seja possível chegar a um acordo, mas sem prescindir dos objectivos fundamentais que nortearam a revisão do estatuto em 2006”, afirmou ainda o secretário de Estado.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, confirmou, por seu lado, que a reunião de hoje “não deu em nada”. E explicou que não teria lógica a federação apresentar propostas sobre mecanismos com os quais não concorda. Os sindicatos têm contestado desde que o novo estatuto foi aprovado a divisão da carreira dos professores em duas categorias. E criticam também a introdução de uma prova de acesso à profissão.

“Este processo de revisão não é nada. São meros ajustes e aperfeiçoamentos”, criticou Mário Nogueira.

O dirigente sindical garantiu que entregou à tutela uma proposta sobre horários, faltas, dispensas, formação e aposentação – as últimas matérias a discutir no quadro da revisão do estatuto.

05 maio, 2009

Professores marcam greve e voltam à rua no dia 30


Os professores voltam à rua no próximo dia 30, sábado. A concentração está marcada para Lisboa.
Além da manifestação nacional, a Plataforma Sindical de Professores agendou paralisações de dois tempos lectivos (90 minutos) para dia 26 como forma de protesto contra as políticas educativas do Ministério da Educação, mas também como aviso ao próximo Governo sobre o que é que os docentes querem.


02 maio, 2009

A oeste nada de novo


Notícia do Público de hoje: Alberto João Jardim gastou em viagens "secretas" meio milhão de euros em 2008.

São só uns trocos!

01 maio, 2009

A vingança serve-se fria


Hoje, Vital Moreira terá sido alegadamente insultado e agredido no decurso de uma manifestção, por alegados comunistas. Que alegadamente não suportam traidores. Há quem veja no burlesco episódio(como é o caso de Vitalin Canas), uma agressão contra o PS, quem não é alegada.

Mistérios


Documentos da casa de mãe de Sócrates perderam-se no notário.

O Ministério Público (MP) recebeu esta semana uma participação da Ordem dos Notários, que dá conta do desaparecimento dos documentos que suportavam a escritura notarial e identificavam a empresa offshore que vendeu o apartamento no Heron Castilho, em Lisboa, a Maria Adelaide Carvalho Monteiro, mãe do primeiro-ministro.

Fonte: Sol

Negócios


Notícia do Expresso Online: "Charles Smith recebeu 80 mil euros por marcar reunião com Sócrates".

Das duas, uma: ou há indivíduos que se fazem pagar (muito) bem, ou há negócios em que o preço é mesmo (muito) alto.