José Manuel Fernandes foi sempre um bom defensor da escola privada. Assim como do cheque que, na sua opinião, é devido a quem aí estuda.
No artigo que hoje saiu no Público escreveu o seguinte:
O que os rankings mostram, e muitas das respostas aos inquéritos que enviámos a dezenas de escolas confirmam, é que nas escolas privadas há uma flexibilidade de gestão que não existe nas públicas. De uma forma geral, nestas os resultados obtidos pelos estudantes são melhores não porque escolham os alunos (quem se pode dar a esse luxo?), mas porque os pais que podem tendem a preferir as escolas privadas. Porquê? Porque não confiam nas públicas, não em todas, mas em bastantes. Neste caso "poder" significa "poder pagar", e ao permitir que se estabeleça esta diferenciação entre as escolas públicas e as privadas o ministério está a negar a igualdade de oportunidades. Pior: está a agravar as desigualdades.
A argumentação é torpe e pouco séria. Escolhe as escolas privadas quem pode, isto é quem tem dinheiro para pagar o preço que elas pedem. O que não quer dizer que o ensino seja melhor numa privada que numa pública! O que se garante, à partida, é que uma boa nota está assegurada, isto é, comprada. Deixemo-nos de eufemismos! Há professores que ensinam, simultaneamente, no privado e no público e que têm resultados diferentes. Os alunos são outros, assim como as condições. E quanto a isso não há milagres. Nem preço! O DN de hoje divulga o preço das mensalidades em várias escolas/colégios privados que se situa entre os 500 e os 900 euros (variando conforma a propina, as refeições,os transportes e a inscrição).
O ensino privado não se pode dar ao luxo de ter "ovelhas negras". Corre com elas. No ensino público abundam ovelhas de todas as cores. O sistema está feito para que elas proliferem. Por isso, os resultados não são comparáveis!
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