27 setembro, 2010

Magalhães: quase metade dos professores utiliza-o apenas uma vez por semana


Mais de 22 mil computadores Magalhães já foram distribuídos no 1.º ciclo desde o início do ano lectivo, sendo que quase metade dos professores inquiridos num estudo do GEPE assume que utiliza este equipamento na sala de aula apenas uma vez por semana.
Segundo este estudo, oito por cento dos professores do primeiro ciclo afirmam utilizar o portátil todos os dias, quatro por cento quatro vezes por semana, 14 por cento três dias por semana e 24 por cento duas vezes por semana.

25 setembro, 2010

Com as mãos



Aconteceu no dia 23 de Setembro, o dia em que o Luís faria 50 anos, o lançamento do seu último projecto: "Com as mãos - 24 artistas moçambicanos"
Alexandre Pomar, que apresentou a obra.


O Luís junto a uma das suas obras, uma fotografia de Maputo

23 setembro, 2010

Notícia do dia


Sai livro póstumo do fotógrafo Luís Abelard
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Setembro de 2010:: Notícias

UM livro de fotografia retratando o trabalho de artistas plásticos moçambicanos é lançado hoje em Maputo, em evento a ter lugar na Associação Moçambicana de Fotografia (AMF). Da autoria de Luís Abelard, fotógrafo recentemente falecido, a obra é intitulada “Com as Mãos” e retrata o quotidiano de alguns dos principais intervenientes das artes plásticas do nosso país.
Quando concebeu e desenvolveu o projecto, Luís Abelard seleccionou 24 artistas plásticos moçambicanos enquanto trabalhavam nas suas obras, nas condições e nos seus locais habituais. Quis o fotógrafo registar a relação entre o criador e a sua obra, realçar a plasticidade da cor e a magia do movimento, os gestos e os momentos. Também pretendeu provocar o menor ruído possível e conseguir um resultado mais real e natural, mesmo tendo em conta os “riscos” em termos técnicos e estéticos.
As fotografias de cada artista estão acompanhadas por um texto de autores que conhecessem ou estivessem próximos dos modelos – contributos pessoais que, pela sua relação com a arte moçambicana, trazem o lado humano e emotivo de cada um deles.
Os artistas fotografados são Malangatana, Noel Langa, Samate, Bertina Lopes, José Pádua, Mankeu, Shikhani, Chichorro, Reinata, Victor Sousa, Ídasse, Naguib, Bata, Tomo, Gemuce, S. Dunduro, Sitoe, Ndlozy, Saranga, Jorge Dias, Gonçalo Mabunda, Anésia Manjate, Pekiwa e Pinto.
Os autores dos textos são Alda Costa, Álvaro Henriques, António Cabrita, António Sopa, Conceição Siopa, Jorge Dias, José Forjaz, José Luís Cabaço, Luís Carlos Patraquim, Marcelo Panguana, Maria Pinto de Sá, Mia Couto, Nataniel Ngomane, Paola Rolletta e Rita Chaves.
O livro, editado pela portuguesa Athena, uma chancela da editora Babel, será simultaneamente lançado em Lisboa.
O fotógrafo Abelard foi figura presente no panorama artístico nacional, tendo apresentado várias exposições em temáticas diversas, sendo a última das quais “Moçambique: a Ilha a Preto e Cor”, em que retratou a Ilha de Moçambique. A ideia de produzir este livro nasceu-lhe do contacto que foi tendo com as artes plásticas e com estes artistas moçambicanos, com quem cruzou caminhos e trocou impressões sobretudo em várias exposições que a capital do país vem acolhendo.
Falecido nos princípios do mês em Portugal, onde se encontrava em tratamento médico, Luís Abélard completaria hoje 50 anos.

Contra-senso


A escola de Lamego que, no ano passado, foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial de escolas inovadoras, fechou as portas. Os 32 alunos da EB1 de Várzea de Abrunhais - que dispunham de wireless e em cujas aulas os Magalhães trabalhavam conectados com o quadro interactivo - foram transferidos para um centro escolar onde não há telefone nem Internet.

22 setembro, 2010

Milhares em defesa da Suécia multicultural

As manifestações em Estocolmo foram desencadeadas por uma rapariga de 17 anos.

Felicia Margineanu está duplamente em choque. Primeiro, pelos avanços da extrema-direita no seu país; depois, porque desde que convocou uma manifestação de repúdio através do Facebook que o telefone não pára.

Aos 17 anos, ainda antes de poder votar, esta é a sua estreia na política.
Por causa dela, milhares de suecos (seis mil segundo a polícia) saíram à rua em Estocolmo na segunda-feira. Ouviam-se palavras de ordem como "Esmaguem os racistas", "Somos pela diferença" e "Sim à vida em conjunto, não ao racismo!". Vozes que antes tinham estado caladas e que agora desafiaram o conforto do sofá. "Depois das eleições havia muita gente a reagir com comentários furiosos. Em vez de ficar sentada, pensei no que poderíamos fazer", conta Felicia Margineanu. Em duas horas teve duas mil respostas e o movimento foi crescendo.

Estava mesmo a pedi-las...




Portugal tecnológico


De 22 a 26 na FIL

19 setembro, 2010

Com as mãos - 24 artistas moçambicanos de Luís Abélard


No dia 23 de Setembro, o dia em que o Luís celebraria os 50 anos, a Babel vai concretizar um dos projectos a que o Luís se dedicou e sobre uma coisa que ele sabia fazer muito bem: fotografar.



17 setembro, 2010

Os porquês do sexo esclarecidos no feminino

Amanhã, dia 18, às 14h00, na Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa, realiza-se a conferência "Sexualidade Feminina, Mitos e Verdades.
 Bilhetes: 30€, à venda na Ticketline (www.ticketline.pt).
Site: sexualidadefeminina-mitoseverdades.blogspot.com 

14 setembro, 2010

A guerra da música

Sete anos depois da sua criação, a loja de música online iTunes vai finalmente entrar em guerra com um concorrente de peso: a Google pretende lançar uma loja concorrente a tempo das compras de Natal.


Mais concorrência significa guerra de preços, melhores serviços e maior facilidade de acesso a músicas digitais por parte dos consumidores que não fazem parte do universo da Apple (as músicas do iTunes só tocam em leitores iPod).

A filosofia da Google será diferente da que é seguida pela Apple: a gigante dos motores de busca acredita que o futuro está na "nuvem" (isto é, que todos os conteúdos são guardados e estão disponíveis online, por exemplo em plataformas como o Gmail e o Google Docs). Isso mesmo ficou patente quando a empresa comprou a Simplify Media, que permite sincronizar as músicas que os utilizadores têm guardadas no PC com os seus telemóveis Android. Na verdade, este é o grande objectivo da Google. Aliar a guerra dos telemóveis à guerra da música, apresentando uma alternativa cada vez mais credível ao iPhone e à bateria de serviços que a Apple tem à sua volta. É por isso que o serviço da Google não se limitará a vender músicas, mas também funcionará como um "cacifo" digital, a que se pode aceder a qualquer hora, em qualquer lugar e com qualquer equipamento. No caso da Apple, é preciso ter acesso ao PC ou ao iPod em que estão alojadas as músicas.
 

09 setembro, 2010

Fidel

Fidel Castro não acredita que hoje valesse a pena exportar o modelo cubano. "Já nem funciona connosco", respondeu ao jornalista da revista "The Atlantic".

08 setembro, 2010

Mãe... só há uma

Numa dessas escolas pluri-étnicas que o governo tanto gosta de publicitar, a professora mandou os alunos escreverem uma redacção que terminasse com a frase 'Mãe... só há uma'.
No dia seguinte chamou os alunos um a um para lerem as suas redacções.

O primeiro, Martim, filho de boas famílias lê o seu texto :
'No outro dia eu estava doente, espirrando, tossindo, febril, não conseguia comer nada, não podia brincar, nem vir à escola. Então,à noite, a minha mãe esfregou-me Vick Vaporub no peito, deu-me um leite bem quentinho com um comprimido, tapou-me com o meu edredon, dormi e no dia seguinte acordei bom.'
'Mãe... só há uma.'
Toda a classe aplaudiu, a professora elogiou, e deu-lhe um muito bom.

O segundo, Guilherme, típico representante da classe média, foi o aluno seguinte:
'No dia em que tivemos o último teste eu não sabia nada, não conseguia decorar nada, e comecei a chorar, a pensar que ia ter negativa.
Então a minha mãe sentou-se ao meu lado com o livro, explicou-me a matéria fez-me perguntas e já consegui dormir descansado.

Quando acordei senti que sabia tudo! Vim à escola, fiz a prova e tirei Muito Bom.'
'Mãe...... só há uma'.
A classe, emocionada, aplaudiu o Gui. A professora deu-lhe também um Muito Bom.


Chegou a vez do aluno representante das minorias étnicas, Makongo Ngombo:

'Ontem quando cheguei nos meus barraco, minha mãe estava na cama com um
homem que nem conheço, diferente do da semana passada. Quando me ouviu gritou para mim lá do quarto':
Makongo, seu preto filho da p........... , vai lá nos geladeira e traz duas cerveja.
Aí eu abri a geladeira, olhei lá dentro e gritei pra ela:
 'Mãe......  há uma!'

07 setembro, 2010

Portugal é o oitavo país mais perigoso para navegar na internet

Portugal encontra-se no oitavo lugar na lista dos países mais perigosos para navegar na internet do mundo, elaborada pela empresa de software de segurança, Antivírus Guard (AVG).
Os técnicos da AVG analisaram os registos de incidentes com vírus em mais de 100 milhões de computadores em todo o mundo, durante a última semana de Julho e traçaram um mapa de risco. Portugal aparece assinalado a encarnado – com a probabilidade de ter o computador infectado uma em cada 43 vezes que navega na internet.
Portugal é o único país da União Europeia no top dos 10 países de risco elevado. A lista é liderada pela Turquia. Os Estados Unidos estão em 9º lugar.

Portugal gasta 5200 euros por ano por aluno

Portugal gastou em 2007 cerca de 5200 euros com cada aluno no sector público, ficando no 16.º lugar entre 33 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), segundo um estudo divulgado hoje.

França vai pôr fim à igualdade perante a lei?

José Vitor Malheiros, Público

Os "criminosos de origem estrangeira" são as maçãs podres que contaminam a sociedade dos "verdadeiros franceses"


Os sindicatos franceses convocaram para hoje em todo o país manifestações de protesto contra as reformas da Segurança Social propostas pelo presidente Nicolas Sarkozy. A subida da idade de reforma dos 60 para os 62 anos constitui a principal razão da contestação sindical, mas os desfiles de rua irão certamente focar também outras razões de protesto, como as suspeitas de financiamento ilegal da campanha presidencial de Sarkozy em 2007, as suspeitas de favorecimento fiscal da multimilionária Liliane Bettencourt e de tráfico de influências envolvendo o ministro Eric Woerth e o escândalo do tratamento policial discriminatório dado aos ciganos - dos quais cerca de mil já foram expulsos para a Roménia e Bulgária nos últimos três meses.

As expulsões de ciganos têm sido o pico do icebergue da "política de segurança" de Sarkozy, que prometeu erradicar de França os "elementos criminosos de origem estrangeira". Estes "criminosos de origem estrangeira" são, de acordo com o discurso sarkozista, as maçãs podres que contaminam um tecido social francês de gema que é ordeiro e amante da paz.

Apesar da atenção que as expulsões de ciganos têm merecido - devido, em grande parte, às imagens pungentes captadas quando do desmantelamento de acampamentos de ciganos e da sua deportação -, existe outra medida anunciada, na mesma linha, que se revela ainda mais preocupante, não apenas devido às suas intenções, mas devido à fraca contestação que a oposição lhe tem dedicado.

Trata-se da alteração (i)legal que Sarkozy preconiza, no sentido de retirar a nacionalidade francesa aos franceses naturalizados que cometam crimes graves - nomeadamente contra elementos das forças da ordem. A medida, a ser aprovada, criará duas classes de cidadãos, definindo penas diferentes pelo mesmo crime para cidadãos "franceses de gema" e para "neofranceses", reinstaurando um sistema penal de base étnica de triste memória.

É irrelevante que o Sarkozy-filho-de-emigrantes acredite ou não nas patranhas da particular inclinação para o crime dos "ciganos de origem romena e búlgara" - ao longo do Verão foi preciso afinar o tiro e especificar etnias com cuidados de bordadeira, quando se descobriu que a esmagadora maioria dos chamados "ciganos nómadas" eram afinal... franceses. O que é relevante é que a estigmatização étnica seja possível no século XXI e se traduza em votos. O que Sarkozy pretende não é evidentemente aumentar a segurança, mas apenas garantir a sua reeleição em 2012 e conta com as tiradas e medidas xenófobas para recuperar uma popularidade que atingiu níveis mínimos desde a eleição.

As redes criminosas que existam no meio dos ciganos não são mais perigosas que a actividade dos banqueiros e não é por isso que se deportam os banqueiros - mas estes, como é sabido, são ricos.

Não está aqui em causa se existem redes de crime organizado entre os ciganos e se o nomadismo pode facilitar o seu encobrimento - há provas de que elas existem e a esquerda francesa faz mal em tentar recusar o óbvio. O que está em causa é o estabelecimento da equação cigano=criminoso e estrangeiro=criminoso que o Presidente e o Governo francês têm feito tudo para afirmar, alimentando os mais baixos sentimentos de uma classe média e baixa em perda de poder de compra e risco de desemprego. (Veja-se o apoio popular às declarações racistas do banqueiro Thilo Sarrazin na Alemanha.)

Hoje as ruas das cidades de França vão certamente encher-se de slogans anti-Sarkozy e os manifestantes vão congratular-se na sua solidariedade humanista com os emigrantes. Mas dentro de casa ficará uma camada considerável de pessoas, talvez crescente, para quem Sarkozy fala, que está pronta a aceitar leis diferentes para cidadãos conforme a sua origem geográfica ou a sua cor da sua pele, e que o estarão tanto mais quanto mais a situação social se degradar. Algo que teríamos considerado impensável em 1945.

04 setembro, 2010

Regresso às origens


Ontem, dia 3, completaram-se oito dias sobre a partida do Luís.
Juntámo-nos no Casal para devolver à terra um pouco dele. Moçambique partilhará o resto.