O monstro da avaliação vai, a pouco e pouco, contaminando o ambiente das escolas. Há colegas que são mestres em envenenar o clima que aí se vive. Que começa a ficar irrespirável. Estamos a deixar enredar-nos por este polvo.
Gasta-se, em má língua, uma considerável quantidade de energia que faz falta noutros meios e cruzadas. E que não leva a nada.
Esta onda já não se limita ao espaço escolar. Agora começa também a invadir-nos a casa, através da recente descoberta das virtualidades do e-mail. Limitam-se a reencaminhar e-mails, cujo conteúdo, não dominam, ou não leram, grande parte da vezes (de outro modo compreenderiam que não se pode reencaminhar em Setembro uma posição que foi tomada em Abril). Fazem-no de um modo supostamente cândido e original. Como se fossem os seus autores. Mas o que enviam é sobejamente requentado ou bolorento. Ainda não se aperceberam que se transformaram em carteiros, correias de transmissão e poluidores. Porque nunca ousaram partilhar, por exemplo, a descoberta de um recurso educativo ou a vivência de uma inolvidável experiência pedagógica.
É por tudo isto que há um certo grau de lucidez que é urgente instaurar. De um modo rápido e consistente. Sob pena de ficarmos, em breve, prisioneiros da demência.
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