07 outubro, 2004

O energúmeno do contraditório

Quando ontem escrevia sobre o ódio e a censura não imaginava os desenvolvimentos que se iriam seguir. A demissão do Professor da sua "prédica dominical" caiu que nem uma bonmba. A procissão ainda vai no adro, mas, pelos vistos, houve mesmo pressões. E várias. O que é intolerável.
Onde é que estava esse energúmeno, que se dá pelo nome de Rui Gomes da Silva, quando Marcelo Rebelo de Sousa era comentador da TSF, e dispunha de uma hora semanal para fazer a sua análise política e "dar as suas notas"? Não teria sido essa a grande oportunidade para exigir o contraditório?
Nas hostes do PSD só Pacheco Pereira e Marques Mendes é que se revelaram lúcidos. Escreve Pacheco Pereira no Abrupto:
"Por que razão o Ministro dos Assuntos Parlamentares não desafia Marcelo Rebelo de Sousa para um debate sobre a governação, em que assegurará ele mesmo o contraditório face ao "ódio", às "mentiras e falsidades" proferidas todos os domingos "por um comentador que tem um problema com o primeiro-ministro" Pedro Santana Lopes. Tenho a certeza que Marcelo aceitaria e que as televisões competiriam entre si pelo debate. É certamente mais sensato e corajoso do que propor a censura dos comentários de Marcelo".

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