28 fevereiro, 2009

As editoras e o acordo ortográfico


Diário de Notícias de hoje:
A possibilidade de o Acordo Ortográfico ser implementado já no próximo ano lectivo, em escolas-piloto, está a gerar apreensão entre os editores de livros escolares. Segundo dizem, há muito que esperam conhecer os planos do Ministério da Educação sobre esta matéria. Agora, exigem uma clarificação definitiva.
...
Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, que acusou a Leya de só pensar " no lucro "e chegou a sugerir às escolas que "pensem se querem continuar a usar livros" deste grupo editorial.

...
E não se pode exterminá-los? Ao acordo e ao AA?

27 fevereiro, 2009

Provedor de Justiça já recebeu parecer sobre avaliação docente


Segundo o DN de hoje:
O provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, já recebeu o parecer jurídico onde é posta em causa a constitucionalidade de vários aspectos da avaliação de professores, nomeadamente a questão da obrigatoriedade da entrega dos objectivos individuais.
Entretanto, a Federação Nacional dos Professores entrega hoje, em Lisboa, a primeira de três providências cautelares visando suspender o processo.

Concurso de professores


Foi hoje publicado o decreto-lei 51/2009 que regulamenta o concurso de professores para 2009/12.

26 fevereiro, 2009

Videoprojectores


Trinta mil vídeoprojectores começaram esta quinta-feira a ser distribuídos em escolas públicas do País, cumprindo-se assim mais um objectivo do Plano Tecnológico de Educação (PTE), noticia a Agência Lusa.

A notícia pode ser lida no novo canal informativo TVI24, estreado hoje, cujo aparecimento se saúda e a quem se augura isenta e saudável informação.

As redes sociais estão a mudar o cérebro?


De acordo com o Diário de Notícias de hoje:

Uma Neurologista inglesa alerta para as consequências do Facebook. O Facebook e o Twitter estão a mudar a forma como pensamos. Ao que parece, literalmente. Uma prestigiada neurologista britânica diz que os efeitos culturais e psicológicos das relações online vão mudar o cérebro das próximas gerações: menos capacidade de concentração, mais egoísmo e dificuldade de simpatizar com os outros e uma identidade mais frágil são algumas das consequências que Susan Greenfield antecipa.

Providência cautelar


A FENPROF, através do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, entrega amanhã, sexta-feira, dia 27 de Fevereiro, pelas 11.00 horas, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, a primeira Providência Cautelar referente à avaliação de desempenho.

O resto da notícia

25 fevereiro, 2009

Sociedade do espectáculo


Chama-se Jade Goody. Ficou conhecida no Big Brother e agora, que sofre de uma doença de cancro em estado terminal, decidiu fazer, de alguns dos momentos da sua vida, um negócio. Vendeu os direitos do seu casamento por 900 mil euros e vendeu o exclusivo do baptizado dos seus filhos.
Agora prepara-se para vender a sua morte. Em directo. Como convém.

Uns têm jeito para o negócio; outros não têm escrúpulos!

Humor corrosivo


Retomo do Umbigo os descritores marginais dos colegas da Escola Secundária Matias Aires

Excesso de zelo


"A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai devolver os livros apreendidos em Braga, na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições, em virtude de a capa reproduzir uma fotografia de uma obra de arte, informou hoje a Direcção Nacional".
A capa do livro em questão continha uma pintura de Gustave Courbet.

O resto da notícia no Diário Digital.


Este excesso de zelo, à semelhança do que aconteceu com o Magalhães do Carnaval de Torres Vedras começa a ser muito inquietante. Em ambas as situações se verificou uma ordem e, mais tarde, uma contra-ordem, a provar que a ordem foi uma burrice.

24 fevereiro, 2009

Ainda a avaliação: como a teimosia conduz ao caricato



Público, 24.02.2009, Maria do Rosário Gama

Serão o oportunismo, a incoerência, o medo e a conflitualidade os valores que o ministério defende para as escolas?

Desde 10 de Janeiro de 2008, data da publicação do Decreto Regulamentar 2/2008 sobre a avaliação de desempenho do pessoal docente, que as energias do Ministério da Educação têm sido consumidas na imposição do modelo de avaliação de desempenho, contestado desde o início pela sua inaplicabilidade, como veio a ser reconhecido, e que levou ao modelo simplificado, mais conhecido por Simplex, publicado no Decreto-Regulamentar 1-A/2009 no dia 5 de Janeiro (um ano depois do primeiro).
Durante o ano civil de 2008, as Escolas dedicaram horas e horas do seu tempo a reuniões a fim de prepararem todos os mecanismos que conduziriam à aplicação do modelo, tendo algumas delas iniciado mesmo a observação de aulas. Quando foram dados os primeiros sinais de que havia grandes debilidades no processo, a equipa ministerial deveria ter estado atenta aos problemas denunciados e ter suspendido a aplicação do modelo de avaliação, para haver tempo de, ainda no decorrer desta legislatura, se chegar a uma proposta de um novo modelo de avaliação, aceite pela maioria dos intervenientes no processo.
Mas o autismo característico desta equipa não os deixou ouvir o protesto de 100.000 professores na rua no dia 8 de Março de 2008 nem o dos 120.000 professores que voltaram à rua em Novembro de 2008, para contestarem o modelo. A intransigência continuou.
Será que o Governo tem sondagens que lhe garantem que "a teimosia" da ministra da Educação lhes traz maior número de votos? Porque só assim se compreende a insistência na aplicação de um modelo que, mais uma vez, foi denunciado na reunião de Janeiro de 2009, em Santarém, quando os presidentes dos conselhos executivos entregaram à ministra da Educação um manifesto reiterando o pedido de suspensão, baseados na artificialidade desta avaliação: um professor pode atingir o grau de excelente mesmo sem ter aulas assistidas (basta ser avaliador dos colegas) e todos os professores podem ter Bom ainda que as suas aulas assim não o comprovem, uma vez que a componente científico-pedagógica é avaliada "a pedido".
No dia 7 de Fevereiro, 212 presidentes de conselhos executivos, reunidos em Coimbra, emitiram um comunicado cujas conclusões são as seguintes: na legislação publicada não figura nenhuma referência à obrigatoriedade de entrega dos objectivos individuais pelos docentes, nem à sua fixação pelo presidente do conselho executivo; os objectivos constantes no projecto educativo e no plano anual de actividades da escola são referência adequada, em si mesmos, à avaliação de desempenho docente.
Com data de dia 8, foi enviado para as escolas um mail da DGRHE em que é referido que "os objectivos individuais são um requisito obrigatório quer para a auto-avaliação quer para a avaliação a cargo do presidente do conselho executivo". Um pouco mais adiante pode ler-se: "Relembra-se ainda, relativamente aos procedimentos inerentes à fixação de objectivos individuais, que: No entanto, poderá o director/presidente do conselho executivo, tendo em conta a situação concreta da sua escola, fixar os objectivos ao avaliado, tendo por referência o projecto educativo e o plano anual de actividades da escola (...)"
Este ponto vem de encontro às conclusões dos presidentes dos conselhos executivos: dizer que o director/presidente "poderá" não significa obrigatoriedade de fixar os objectivos, além de que é reconhecida a importância dos objectivos do Projecto Educativo e do Plano Anual de Actividades aprovados e fixados para todo o ano lectivo desde o início do mesmo. Desta polémica resultam situações caricatas, a saber:
- O período de avaliação que seria suposto ter-se iniciado em Fevereiro de 2008, está agora a iniciar-se na maioria das escolas, na sequência da publicação do Decreto Regulamentar 1-A/2009 publicado a 5 de Janeiro, e termina em 31 de Dezembro de 2009.
- Os professores que apresentam agora os seus objectivos, vão fazê-lo tendo em vista a sua prestação até ao final do ano lectivo: terão certamente que garantir a assiduidade, mesmo que até agora não tenha sido a ideal; terão que garantir os apoios educativos ainda que até agora possam ter descurado este aspecto; irão participar em todas as actividades que a escola organizar a partir de agora, mesmo que tenham ficado em casa em comemorações ou actividades levadas a efeito desde o período iniciado em Janeiro de 2008; passarão a relacionar-se activamente com a comunidade e farão todas as acções de formação que lhe faltam, ainda que nenhuma tenha sido disponibilizada. Depois, quando em 31 de Maio entrar o novo director, não necessariamente coincidente com o actual presidente do conselho executivo, o mesmo não poderá avaliar os professores porque não teve contacto funcional com os mesmos durante o tempo necessário para que seja cumprido o processo de avaliação: terá que ser o actual presidente do conselho executivo a avaliar os colegas. Mas pode acontecer que o presidente actual se tenha entretanto aposentado: vai buscar-se a casa para atribuir a avaliação? Ou pode acontecer que, por qualquer motivo, o presidente actual não esteja disponível para se candidatar a director. Neste caso, é já como professor em igualdade de circunstâncias com os seus colegas, que os vai avaliar? E se, eventualmente, um dos professores em avaliação é o novo director que passará a partir de Janeiro de 2010 a avaliar o seu actual avaliador?
Por outro lado, aliciam-se os professores a candidatarem-se a ter aulas assistidas para terem classificação de mérito, à troca de mais uns euros no final de dois períodos de avaliação, apesar de os pressupostos que levaram à contestação deste modelo (professores titulares artificialmente colocados a avaliar os seus colegas, sem os mesmos lhes reconhecerem competências) se manterem. Sendo assim, está a fomentar-se o oportunismo de alguns, eventualmente menos competentes na sua prática lectiva, ao candidatarem-se à classificação de mérito, aproveitando as vagas que as quotas disponibilizam, na ausência de opositores ao processo de avaliação. São estes os valores que o ministério defende para as escolas? Oportunismo, incoerência, medo, angústia, conflitualidade?
Será que a equipa ministerial fica satisfeita com o número de professores que entregaram os objectivos mesmo que isso signifique um clima de perturbação e de agudização de conflitos que contribui para um funcionamento anormal das escolas? Serão estas as virtualidades que a opinião pública vê nesta insistência, mesmo que a avaliação roce a caricatura? É esta situação que é premiada nas sondagens?
Este assunto não perdeu a actualidade: o Ministério da Educação ainda está a tempo de repor a serenidade e a seriedade no trabalho das escolas.

21 fevereiro, 2009

Banhos de sol










Por estes dias (aproveitando a pausa carnavalesca) sabe bem rumar a sul, em demanda se terras mais cálidas e apanhar um banho de sol, por exemplo, nas praias do Ancão, da Manta Rota ou do Barril.

19 fevereiro, 2009

É Carnaval... mas há quem leve a mal!


A blogosfera está ao rubro, alimentada pelos episódios que a época carnavalesca está a suscitar.
Assim, um dos motes é o que se está a passar no agrupamento de escolas de Paredes de Coura, por causa da participação ou não num desfile de Carnaval.
Professores de um lado, Dren e pais do outro e alunos no meio.
Vai ser uma bela refrega (com ou sem máscaras)!
Quem ficará com os despojos?
A notícia

O outro mote, foi dado pelo Ministério Público ao proibir uma sátira ao Magalhães no Carnaval de Torres Vedras.
Já nem se pode brincar aos Magalhães...
Para ouvir na TSF

Convicções e fronteiras


O cardeal D. José Saraiva Martins considerou ontem que «a homossexualidade não é normal» e que "os homessexuais não podem educar crianças".
Em matéria de anormalidade e deseducação a Igreja tem um currículo invejável... E quem tem telhados de vidro...

Para ouvir

Abolir ou não abolir?


Sob o título "Ministério disponível para abolir vagas no acesso a professor titular" o Jornal de Notícias informa:
"O Ministério da Educação manifestou-se esta quarta-feira disponível para abolir a existência de vagas no acesso à categoria de professor titular, a segunda e mais elevada da carreira docente, anunciaram sindicatos de professores".

Contudo.... está pressuposto que continua por abolir o essencial: titulares e não titulares...

A notícia no JN.
A notícia no Público


18 fevereiro, 2009

Explicações, pressões e lapsos



No meio das pressões e dos lapsos MLR lá vai ter que ir à AR para prestar explicações.

Público de hoje:
"Ao mesmo tempo que a representante do movimento dos 212 presidentes de conselhos executivos de escolas denunciava o recurso a "formas de pressão", a Comissão Parlamentar de Educação e Ciência decidia, ontem, pedir explicações ao Governo sobre o processo de avaliação de desempenho dos professores.
De acordo com a proposta apresentada pelo PSD e aprovada por unanimidade, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues será chamada a dizer quais as "consequências legais e disciplinares" para os professores que não entregarem os objectivos individuais, no âmbito da avaliação. Mas também nas escolas o tema continua a suscitar polémica".

Mais notícias no Público online:

Presidentes de Conselhos Executivos denunciam “pressão” do Ministério da Educação

Pergunta sobre professores que não entregaram objectivos foi “um lapso”

17 fevereiro, 2009

14 fevereiro, 2009

Protesto original no dia dos namorados


"O movimento juvenil da oposição russa Nós decidiu utilizar o Dia dos Namorados para protestar contra a política do Governo chefiado por Vladimir Putin, recorrendo à «greve de sexo»

O resto da notícia no Sol

Professores em guerra jurídica contra ministério


"Nas próximas semanas vai dar entrada no tribunal administrativo uma providência cautelar contra os objectivos individuais da avaliação. Entretanto, os sindicatos e o advogado Garcia Pereira acusam ministério e escolas de intimidação e abuso de poder, e até já admitem possíveis queixas-crime"

O resto da notícia no DN de hoje


Parecer


Parecer (documento completo) de Garcia Pereira sobre a avaliação do desempenho.

Arrasador...


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13 fevereiro, 2009

Parecer arrasa diplomas da avaliação


"Os diplomas relativos ao novo estatuto da carreira docente e ao modelo de avaliação de desempenho contêm "várias ilegalidades" e "múltiplas inconstitucionalidades". É esta a conclusão a que chega o advogado Garcia Pereira, especialista em Direito do Trabalho, num parecer encomendado por um grupo de professores e hoje publicamente apresentado".
O parecer, hoje apresentado, foi encomendado por um grupo de professores a Garcia Pereira, tendo sido pago por cerca de 1 500 docentes.

Ver o resto da notícia no Expresso online.



12 fevereiro, 2009

Charles Darwin


Faz hoje 200 anos que nasceu Darwin. Com ele determinado tipo de visões deixaram de fazer sentido.

A Gulbenkian leva a cabo duas notáveis iniciativas:

A evolução de Darwin - Uma exposição comemorativa

Ciclo de conferências: A Evolução de Darwin

Não há coincidências


Ontem foi anunciada uma Conferência de Imprensa, para o dia 13, às 14 horas, destinada à divulgação do parecer do Dr. Garcia Pereira...

Hoje a FENPROF anunciou que vai realizar uma conferência de imprensa no dia 13, às 15 horas...

Ilações? Cada um que as tire!

Dúvidas pertinentes


Retomo do MUP duas questões que um colega da Escola Secundária de Paredes colocou à Ministra da Educação.

Formação contínua

Mudança de escola

Isto é que vai uma crise!


Cicciolina, a famosa estrela pornográfica, já chegou ao Porto. Tem uma missão ingrata: animar o Salão Erótico da cidade.
Será que vai conseguir? Aceitam-se apostas...

A notícia da TSF de que "O negócio do sexo está a ver os seus lucros afectados pela actual crise financeira", ainda fará sentido?

11 fevereiro, 2009

Conferência de Imprensa


Conferência de Imprensa - Divulgação do Parecer (Completo) do Doutor Garcia Pereira

Lisboa: Hotel Altis, Sala Milão
13 de Fevereiro
14.00 horas

Quando as coisas não correm bem


A propósito da reunião de hoje entre o Ministério da Educação e as estruturas sindicais, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira,dixit:

"Infelizmente não correu tão bem [a reunião com a Fenprof] como a reunião da manhã [com a FNE], não se tendo verificado pontos de convergência que permitam neste momento considerar que o processo negocial venha a concluir-se com um entendimento".

Dúvida metódica: É possível que as coisas corram bem, simultaneamente, para o lado do Ministério e para o lado dos professores?

Mais informação no Público

O uso da Internet no ensino básico


Notícia do Diário Digital:
Mais de 22 por cento dos alunos do ensino básico afirmam que nunca utilizam a Internet na sala de aula e quando o fazem é sobretudo em Tecnologias da Informação e Comunicação e em Área de Projecto.
Segundo um inquérito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22,3 por cento dos alunos dizem que «nunca» utilizam a Internet na sala de aula, 64,1 por cento «às vezes», 12,1 por cento «muitas vezes» e apenas 1,5 por cento «todos os dias ou quase».
«As crianças dizem usar pouco a internet na sala de aula, na relação com a escola ou com os professores e muito raramente é introduzida no ensino de disciplinas curriculares».

O Reino da Macacada: Uma carta aberta

Carta aberta da Escola Secundária Dr. Jaime Magalhães Lima de Esgueira (Aveiro), ao Director Geral dos Recursos Humanos da Educação

Pôr os pontos nos iis...

Crónica de uma morte anunciada


Um texto de Fernando Cortes Leal.

10 fevereiro, 2009

Os 212 magníficos


Comunicado dos 212 Presidentes dos CE reunidos em Coimbra no dia 7 de Fevereiro.

Depois disto, é caso para perguntar: Ainda há quem entregue OIs?

Primeiras achas


Paulo Guinote começou hoje a revelar o conteúdo do parecer de Garcia Pereira, num post siginificativamente intitulado "Da inexistência de qualquer obrigação legal válida de apresentação, pelos docentes, dos seus “objectivos individuais”.
O post de Guinote deve ser digerido em lume brando. Como convém. Fica, desde já, a conclusão para serenar alguns ânimos:
"Em suma: nenhuma obrigação existe fixada por norma legalmente válida, de apresentação pelos docentes dos respectivos objectivos individuais. E, consequentemente, entendemos que, por tal razão, rigorosamente nenhuma consequência, seja ela de natureza disciplinar (e inexistindo qualquer pretensa infracção disciplinar pois que, em Estado de direito, não é devida obediência aos actos ou regulamentos da Administração que contrariem a Lei) ou de outra (v.g. de uma pretensa “suspensão” da respectiva contagem do tempo de serviço".

A notícia no Público de hoje

Para ouvir na TSF
Jornal de Notícias

Começou o incêndio da pradaria...

09 fevereiro, 2009

Irresponsáveis, disse ele!


Segundo a TSF:
"O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, classificou, esta segunda-feira, como «irresponsável» qualquer recurso aos tribunais para contestar a validade da avaliação de desempenho dos professores".

Como é Carnaval... ninguém leva a mal o que diz o secretário de Estado...

Para ouvir na TSF.

Estruturação da carreira


Notícia no site do Ministério da Educação:
"O Ministério da Educação apresentou às associações sindicais propostas sobre a estruturação da carreira, designadamente a introdução de novos escalões e a regulamentação de um prémio de desempenho de acordo com os resultados da avaliação".

Como se pode ver na proposta lá estão algumas cerejas em cima do bolo.
Para aliciar os professores titulares que se encontram, actualmente, no fim da carreira é dada a possibilidade de acederem a um novo escalão, o 4º, se tiverem duas avaliações consecutivas com Muito Bom ou Excelente.
Para os que não conseguirem chegar a titulares, podem ter um novo escalão, o 7º
Só não se percebe como é que isto é apresentado como uma alternativa ao fim da divisão da carreira. Só pode ser por estarmos (quase) em tempo de Carnaval...

Chama-se a isto pescar à linha...

Prelúdio musical


Esta semana a bomba vai rebentar....
Por isso nada melhor do que introduzir já um tema musical a condizer com o que aí vem...BOMBA



08 fevereiro, 2009

Água mole em pedra dura...


Sob o título "Presidentes dos Conselhos Executivos reiteram pedido de suspensão da avaliação de professores", o jornal Público noticia:
"Os 212 presidentes de Conselhos Executivos (PCE) de escolas e agrupamentos de todo o país decidiram hoje, numa reunião que decorreu em Coimbra, reiterar o pedido de suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos professores que se encontra em vigor".
...
"Relativamente aos objectivos, lembramos que não há normativos legais que obriguem à sua apresentação e por isso consideramos não haver razão para alarme", disse Isabel Le Guê. Depois, acrescentou que "o importante é que os professores percebam que são livres e que não se sintam coagidos a tomar uma decisão"

07 fevereiro, 2009

Uma conjugação problemática


Notícia do Expresso:
"Apesar da existência de "dificuldades", o processo de avaliação do desempenho de professores está a decorrer com "normalidade" e exige um esforço de recuperação, afirmou hoje a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues".
"Está tudo a correr com normalidade. Com dificuldades, mas com normalidade", afirmou a ministra.

Como é possível conjugar "dificuldades" com "normalidade"?
É caso para dizer, como noutra circunstâcia histórica: Reina a ordem em todo o país!

(Des)Inquietações


Andam mesmo a querer desinquietar-nos a vida!

Testemunho da Teresa Marques na sua Teia.

Toca a malhar!


A propósito de moções... a conversa deu nisto:
Edmundo Pedro, um histórico do PS, afirmou que há um total desinteresse pela discussão das moções. E disse mais: "há quem tenha medo de falar no PS".

Por sua vez, Augusto Santos Silva, ministro da propaganda, afirmou:
"Eu cá gosto é de malhar na direita e gosto de malhar com especial prazer nesses sujeitos e sujeitas que se situam de facto à direita do PS. São das forças mais conservadoras e reaccionárias que eu conheço e que gostam de se dizer de esquerda plebeia ou chique. Estou-me a referir ao PCP e ao Bloco de Esquerda".

Para ouvir na TSF

06 fevereiro, 2009

Eureka!


Parece que finalmente a Fenprof caiu na real, e prepara-se para ir a reboque dos pioneiros. Por vezes, vale mais tarde do que nunca!
Sob o título "Fenprof quer impugnar avaliação dos professores nos tribunais", o Público de hoje informa:
"A Fenprof anunciou esta tarde que vai avançar com um processo de impugnação em tribunal das medidas do Ministério da Educação que simplificam a avaliação dos professores, por duvidar da sua legalidade e constitucionalidade".

Além disso, a notícia esclarece que "Mário Nogueira indicou que, com base nos resultados já apurados na escolas onde terminou o prazo de entrega dos Objectivos Individuais (OI), a Fenprof calcula que no total entre 50 a 60 mil professores não entregarão os OI".

Levantar o véu... e não só


Sob o título "Fumo (Quase) Branco Na Frente De Luta Jurídica", Paulo Guinote aguça o apetite para o que aí vem.
As perspectivas não podiam ser melhores....

Deixa-os pousar!

05 fevereiro, 2009

Sinais contrários


Notícia no Público de hoje:
"Hoje, a três dias da reunião dos Presidentes dos Conselhos Executivos (PCE) marcada para o próximo sábado, em Coimbra, já há mais 52 representantes de escolas do país inscritos do que aqueles que no início de Janeiro se encontraram em Santarém para contestarem o actual modelo de avaliação de desempenho dos professores".

Por sua vez o DN informa:
"A revelação de que houve delegados sindicais a entregarem os seus objectivos individuais de avaliação está a criar mal-estar na Federação Nacional dos Professores (Fenprof). O secretário-geral da estrutura, Mário Nogueira, considera mesmo que quem o fez deve deixar essas funções"

04 fevereiro, 2009

Há sempre alguém que resiste


Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre, Trova do vento que passa

O blog Quadro de Honra e o blog Mobilização e Unidade dos Professores têm vindo a fazer a actualização dos números.
Como se pode verificar, são muitos aqueles que resistem, que dizem não a esta avaliação.
Afinal ainda há muitos professores com espinha dorsal!

03 fevereiro, 2009

Mais de 700 professores já contribuíram para pagar batalha jurídica


Notícia do Expesso online:

O parecer ao advogado Garcia Pereira foi encomendado por um grupo de docentes que quer contestar nas escolas e nos tribunais as regras do Ministério da Educação relativas à avaliação de desempenho.

Em duas semanas, mais de 700 professores responderam ao apelo lançado por um grupo de docentes, depositando 10 euros numa conta bancária criada exclusivamente para pagar um parecer jurídico encomendado ao advogado Garcia Pereira.


Em causa estão aspectos como eventuais penalizações pela não entrega dos objectivos individuais ou a introdução de alterações à lei através de decretos de valor jurídico inferior e que vieram simplificar a avaliação.

...
E tu, já colaboraste?
Aqui está o NIB: 001800032016735902029

A guerra dos números


Segundo o Público de hoje, "O Ministério da Educação (ME) estima que "a maioria" dos professores entregou os objectivos individuais no âmbito do processo de avaliação de desempenho, enquanto os sindicatos, também sem números concretos, garantem que "dezenas de milhares" não o fizeram".
Na Escola Secundária Vitorino Nemésio ainda se procede à contagem rigorosa. Mas uma coisa é já certa: uma esmagadora maioria não entregou os OI.

Ainda é muito cedo para contar espingardas... Na certeza porém de que nem sempre quem tem mais é que ganha a guerra (pois é disso que se trata!).
Veja-se aqui (Promova) uma outra contagem.

...Deixa-os poisar!

02 fevereiro, 2009

Sinais dos tempos (difíceis)


Notícias do país de Obama:

1. Na Florida, um casal ficou muito desgostoso com a morte do seu cão, um Lavrador de nome Sir Lancelot. Por isso pagou 155 mil dólares (cerca de 118 mil euros) para clonar o animal.
2. Natalie Dylan, uma americana de 22 anos, descobriu um verdadeiro filão: decidiu leiloar a sua virgindade. E como há gente capaz de tudo, a parada já vai nos módicos 2,88 milhões de euros.

Ou seja, aqueles que economizaram para os dias piores começam já a gastar, pois os piores dias já chegaram.

Dúvidas metódicas


Os últimos dias foram férteis na revelação de alguns aspectos da natureza humana.

No caso dos docentes, sabemos que foram muitos os que, à última da hora, roeram a corda, e, num ápice, mandaram às urtigas compromissos que tinham tomado e os princípios em que sustentaram o que disseram e o que fizeram nos últimos tempos. Onde está a palavra de honra?

É claro que o Ministério da Educação não deixará de usar o número dos que capitularam, entregando os OI, como uma arma perante a opinião pública.

O que surpreende, na atitude daqueles que capitularam, é o facto de terem deixado cair, de um modo tão fácil, aquilo pelo qual tão empenhadamente lutaram. E ficar-nos-á sempre a dúvida se isso foi feito de modo genuíno.

E assim os vimos passar para o outro lado.
Uns, porque já nem dói nada - bastou entregar o papelinho com a meia dúzia do OI e fica automaticamente garantido o Bom - nem lhes fez grande mossa. Nestes haverá uns que embarcaram nesta via pela facilidade que ela oferecia, enquanto que outros apesar do embarque optaram, de modo consciente, por não concorrer às menções de Excelente e de Muito Bom, em consideração por aqueles que, pelo facto de continuaram fiéis aos seus princípios, decidiram ficar de fora.

Outros há que, de um modo pouco solidário com os colegas que continuam a resistir e a lutar, se vão aproveitar e beneficiar da ausência destes, para concorrerem às menções de Excelente e de Muito Bom, pois será muito mais fácil obtê-las sendo poucos a concorrer do que sendo muitos. Manda a ética que deveriam ter enjeitado esta opção, por uma questão de decoro. Não fazendo isso, ficarão sempre devedores aos restantes colegas. Quer aos que permaneceram nas trincheiras, quer aos que por decoro entregaram OI, mas não embarcaram na candidatura às menções.

Numa situação desta natureza é triste constatar que as conquistas de uns sejam feitas à custa de outros?

Depois disto, e a partir de agora, poderemos continuar a confiar na palavra e a granjear a estima daqueles que, ao roer a corda, tiraram disso proveito, e, nalguns casos, proveito duplo?

Como é que o umbigo de alguns pode ser a coisa mais importante do mundo?

Serão o medo e/ou a incerteza que farão girar uma parte do mundo?

A partir de agora o que vai mudar no clima das escolas?