Se morrem 1000 pessoas de gripe A num país rico, estamos perante uma pandemia.
Morrem milhões de pessoas em África por causa do paludismo é um problema deles...
Se morrem 1000 pessoas de gripe A num país rico, estamos perante uma pandemia.
Morrem milhões de pessoas em África por causa do paludismo é um problema deles...
Por Esther Mucznik, Público
Esta crónica não é sobre os filósofos, é sobre as pessoas e sobre o vínculo profundo que os une até ao fim da vida.
"Fiel e infiel, sempre com amor." Esta declaração faz parte de um poema que Hannah Arendt escreveu em 1958 (e nunca enviou) a Martin Heidegger por ocasião da publicação, nos EUA, do seu livro A Condição Humana. Na carta escrita nessa altura, Hannah afirma: "Se as relações entre nós os dois não se tivessem complicado, ter-te-ia perguntado se podia dedicar-to. Este livro deve-te quase tudo em todos os aspectos..."
"Complicada" é um termo demasiado simples para definir a relação de Hannah Arendt e Martin Heidegger ao longo de mais de meio século. Uma relação feita de paixão, afinidade e veneração intelectual, raiva e decepção política, amor sempre. É ela que é a trama da peça Hannah e Martin de Kate Fodor, actualmente em cena no Teatro Aberto [na foto]. A encenação de João Lourenço e o trabalho dos actores conseguem transmitir a complexidade dessa relação, assim como o contexto histórico que a marca irremediavelmente.
Esta crónica não é sobre os filósofos, é sobre as pessoas e sobre o vínculo profundo que os une até ao fim da vida. Hannah tem dezoito anos quando conhece Heidegger, inscrevendo-se nas suas aulas de Filosofia na Universidade de Marburgo. Estamos em 1924, Heidegger aos trinta e cinco anos já exercia um intenso fascínio entre os alunos e as suas aulas eram as mais concorridas. Em 1925 tornam-se amantes e esse vinculo intenso permanecerá ao longo das suas vidas apesar de todas as rupturas e vicissitudes. O que não deixa de nos questionar: o que une a mulher judia, militante antinazi da primeira hora, e o filósofo que logo em 1933 adere ao partido nacional-socialista e celebra Hitler?
Tudo os separava à partida. Ela era judia, cosmopolita "uma rapariga de terras estrangeiras", de uma família judaica liberal, culta e economicamente desafogada. Pertencia a uma geração de jovens que se viam a si próprios como judeus e como alemães, mas principalmente como intelectuais. Walter Benjamin, Hans Jonas ou Guershom Sholem faziam parte dessa geração para quem a cultura era o cimento e o alimento. Heidegger, em contrapartida, era um homem casado e com dois filhos, de origem modesta, educado numa disciplina rígida e conservadora por pais católicos que o destinavam para padre e cujos primeiros estudos foram a teologia. O encontro com o amor livre de Hannah leva-o a infringir todas as regras por que tinha pautado a sua vida.
O que atrai Hannah em Heidegger? Em primeiro lugar, sem dúvida, o fascínio intelectual: "Ninguém consegue, nem conseguiu no passado, dar uma aula como tu", escreverá ela ainda em 1974, relembrando as aulas a que assistira meio século antes. Para quem "pensar é viver", Heidegger é aquele que a ensinou a pensar, é o seu mentor. Apesar do seu compromisso posterior com o nazismo, este permanecerá aos olhos de Hannah o filósofo mais importante da modernidade ocidental. Mas mais do que isso: ele é também o homem que a torna mulher e o vinculo que os une é físico e psíquico, não apenas intelectual. A relação amorosa dura pouco tempo, mas marcará Hannah para sempre. Mesmo recém-casada com o primeiro marido, Günther Stern, em 1929, ela escreve a Heidegger: "Não me esqueças, e não esqueças a que ponto eu sei vivamente, profundamente, que o nosso amor se tornou a bênção da minha vida..." A que ponto esse amor a levará, trinta anos mais tarde, a tentar limpar a imagem maculada de Heidegger no pós-guerra, é algo difícil de saber até porque a sua afinidade intelectual espiritual com ele era genuína.
Com a vitória do nacional-socialismo e a subida ao poder de Hitler, os seus caminhos separam-se e obrigam cada um a escolher o seu campo. As ideias deixam o terreno meramente teórico e passam a ter consequências práticas, o contexto pessoal, familiar e histórico faz o resto. Hannah assume cada vez mais a sua identidade judaica ("sou em primeiro lugar judia, e alemã apesar de tudo") e vê com angústia e grande lucidez os tempos que se avizinham. Em 1933, depois de uma breve estadia na prisão, foge da Alemanha, acabando por se instalar em França, onde Raymond Aron é dos raros intelectuais franceses que tentam ajudar os refugiados alemães em fuga de Hitler. A 2 de Maio de 1941, depois de uma fuga do campo francês de internamento em Gurs e de uma estadia de seis meses em Lisboa, "onde a Europa vomita o conteúdo do seu estômago envenenado", Hannah embarca para os EUA com o segundo marido e companheiro de toda a vida, Heinrich Blücher.
Heidegger, em contrapartida, adere ao nacional-socialismo e trai todos seus amigos e colegas por serem judeus, meio judeus ou simplesmente por serem pacifistas. Karl Jaspers, cuja mulher era judia, escreverá mais tarde: "Foi o único dos meus amigos de quem discordei em 1933, o único que me traiu." Heidegger partilhava com Hitler a fé na missão espiritual da raça germânica e a Universidade era para ele o elemento central dessa missão. Em 1933 aceita ser reitor da Universidade de Friburgo, no quadro de uma política de afastamento dos "não-arianos" da função pública para assegurar a "homogeneidade racial". A 1 de Maio, adere ao partido nazi.
Heidegger nunca se retractou. Apesar disso, a partir de 1950, depois de um longo período de silêncio e ruptura, Hannah e Heidegger reataram relações que vão perdurar até à morte da primeira em 1975. A partir dessa data e contrariando uma decisão anteriormente tomada, Hannah passa a ser uma das maiores divulgadoras da obra de Heidegger nos EUA. Mais do que isso, ela contribui para o absolver do seu passado, minimizando o seu envolvimento com o nazismo. Sem nunca abdicar das suas próprias opiniões e princípios, Hannah ajudou-o a limpar o seu nome e a recuperar a sua reputação. Poder das ideias ou poder do amor?
P.S.: Esta crónica foi inspirada não só pela peça em cena no Teatro Aberto, mas, entre outros, pelo livro de Elzbieta Ettinguer, Hannah Arendt e Martin Heidegger, editado pela Relógio d"Água. Contrariamente ao que está escrito na badana, a autora morreu em 2005. Era uma sobrevivente do gueto de Varsóvia, do qual conseguiu fugir juntando-se à resistência polaca. É pena que a Relógio d"Água não se tenha preocupado em actualizar a biografia da autora. Mas vale a pena ler o livro...
Investigadora em assuntos judaicos (esther.mucznik@netcabo.pt)
Chama-se iPad, e é a nova coqueluche da Apple. Vai custar a partir de 499 dólares e deverá chegar a Portugal e ao resto do mundo dentro de apenas dois meses.
Tem um ecrã de 9.7 polegadas (25 centímetros) que é sensível ao tacto, uma espessura de de centímetro e meio e pesa 680 gramas.
Steve Jobs fez ontem a apresentação deste novo "brinquedo", que vem revolucionar o conceito de portátil.
Demonstrações da apresentação
Aqui
Aqui
e
Aqui
A Câmara de Lisboa decidiu ontem pôr à discussão pública a possibilidade de nascerem na zona da Matinha, junto à linha férrea e nas imediações do rio, sete torres de 18 ou 19 andares cada uma. O plano de pormenor em que se insere esta urbanização, que inclui outros prédios mais baixos, foi encomendado pela autarquia ao gabinete de arquitectura Risco, que pertenceu até há pouco mais de dois anos ao actual vereador do Urbanismo de Lisboa, Manuel Salgado.
Em 2005, a autarquia estabeleceu para aquela zona, situada perto da Expo, um índice de construção hoje considerado por muitos excessivo. "É exageradíssimo", criticou ontem o vereador Sá Fernandes. "É criticável", concordou outro vereador, Nunes da Silva. A opção do gabinete de arquitectura, que é hoje dirigido pelo filho de Manuel Salgado, passou por fazer crescer em altura sete dos prédios da urbanização, de forma a permitir alguma área livre ao nível do solo. Se esta solução não for aprovada, explicou o presidente do município, António Costa, a alternativa passa por uma ocupação mais extensiva do solo, embora com edifícios mais baixos. "Se não quisermos as torres, sacrificamos espaço público", salientou. "Eu prefiro o modelo das torres, mas não dou a minha vida por este desenho urbano", disse.
Os utilizadores de sítios como o Facebook ou o Orkut orgulham-se de ter centenas de amigos mas uma investigação concluiu que o círculo de relacionamento destas pessoas é igual ao daqueles que não estão presentes nas redes sociais.
Segundo um estudo da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, o cérebro humano só é capaz de administrar um máximo de 150 amigos nas redes de relacionamento da internet.
O objectivo da jornalista Elena Di Cioccio não podia ser mais claro quando abordou a mega-estrela e marido de Victoria Beckham: tocar, com as mãos, no pénis do futebolista David Beckham! "Queria descobrir se os seus testículos eram, de facto, tão grandes como se dizia", comentou a jornalista.
Deixe o seu carro estacionado num parque da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), entregue o seu filho aos cuidados de uma empresa especializada que o transportará até à escola e utilize o metro ou o autocarro para chegar ao emprego. É esta a ideia do Bus"ina, um serviço que estará disponível em Fevereiro e que pode ser contratado pontualmente ou mensalmente, com um valor a partir dos 115 euros.
O objectivo deste serviço integrado, fruto de uma parceria entre a EMEL e a Easy Bus, é contribuir para a diminuição das deslocações de automóveis dentro da cidade e fomentar o uso dos transportes públicos, dando em simultâneo aos pais a garantia de que os seus filhos são conduzidos em segurança até às escolas. A iniciativa só abrange estabelecimentos escolares, privados ou públicos, no concelho de Lisboa e não impõe qualquer limite de idade aos alunos
Fazer sexo faz bem. Estudo americano afirma que praticar sexo duas vezes por semana ajuda a diminuir a incidência de diabetes e a reduzir a tensão arterial. Mas só aos homens!
O studo americano afirma que ter relações sexuais duas vezes por semana ajuda a diminuir a incidência de diabetes e a reduzir a tensão arterial. O estudo, publicado esta semana no "American Journal of Cardiology", garante que o sexo não só faz bem ao relacionamento entre o casal, como também ajuda a proteger o coração. No estudo feito por médicos do New England Research Institute, homens com uma vida sexual menos activa têm uma incidência maior de distúrbios, como a disfunção sexual, o colesterol e a hipertensão.
Segundo a investigadora Susan A. Hall, coordenadora do estudo, fazer sexo de duas a três vezes por semana pode ter um efeito protector para o coração. Para além da prática do sexo poder ser um exercício de intensidade moderada, as hormonas libertadas após a ejaculação, ajudam a equilibrar uma série de funções metabólicas. Segundo os pesquisadores os homens com mais disposição para o sexo costumam ser menos sedentários e cuidarem melhor da saúde.
O estudo demonstra também que homens que fazem sexo em média uma vez por mês têm o dobro dos problemas de saúde daqueles homens que têm relações sexuais mais do que uma vez por semana.
A pesquisa foi realizada em 1165 homens com idade média de 50 anos, sem histórico de doenças do coração, no início do estudo. Os participantes foram acompanhados durante 16 anos.
Ainda bem que há provas!
Cavaco Silva condecorou hoje "personalidades que exerceram funções públicas de alto relevo", entre as quais Pedro Santana Lopes. Na cerimónia, o Presidente da República afirmou estar a cumprir "um acto de justiça em relação aos portugueses que serviram o país".
Não havia necessidade!!!!!
Francisco Miguel Valada, Público
Nem a Einstein foi dado o impróprio privilégio de ver teorias não provadas serem directamente vertidas em texto legislativo.
São diversos os argumentos a favor do Acordo Ortográfico de 1990 (AO 90), mas todos partilham uma característica comum: são rebatíveis, quer no plano retórico, quando de retórica se alimentam, quer no plano factual, quando de factos alheios à realidade se servem. No plano técnico, continuamos todos à espera, uns impávidos, alguns serenos e outros nem uma coisa nem outra, que se rebata o irrebatível e se proponha o princípio revolucionário, com bases de sustentação, aniquilador de toda a doutrina em matéria ortográfica e de todos os pareceres fundamentados, escalpelizadores deste AO 90. Escalpelizadores e reprovadores, sublinhe-se. Sentados, continuaremos todos à espera.
Nem a Einstein foi dado o impróprio privilégio de ver teorias não provadas serem gratuitamente abraçadas e directamente vertidas em texto legislativo. Já agora, nem ao LNEC. Einstein, para provar que Newton estava errado, teve de aguardar por um eclipse solar. O LNEC, para ver conclusões suas transformadas em lei (refiro-me ao relatório sobre o novo aeroporto de Lisboa), teve de levar a cabo estudos. Quanto aos autores do AO 90, não precisam estes da teoria sancionada nem de estudos, servindo-se do eclipse científico. Felizmente, para todos nós, a Física vale-se exclusivamente de factos comprováveis e a quem avalia aeroportos e pontes não basta tecer uma avaliação subjectiva, devendo apresentar argumentação tecnicamente válida. A Linguística também tem factos comprováveis e comprovados para apresentar, mas já todos percebemos que há ciências mais iguais do que outras.
Um argumento factual, que eu julgara definitivamente afastado da argumentação pró-AO 90, porque medularmente falso, adrede ligeiro e notoriamente avulso, é o da ortografia "excludente". Já alhures tive oportunidade de rebater este argumento, perante o Sr. Embaixador Lauro Moreira. Devo repetir-me, aqui e agora, perante a incrível frase de José Mário Costa "Há toda a diferença entre uma língua, a nossa, com duas ortografias oficiais (repito: ortografias oficiais), antagónicas e excludentes entre si, e o inglês" (PÚBLICO, 12/01/2010).
O princípio "excludente" carece de explicação e passo a explicá-lo. "Excludente", na argumentação pró-AO 90, significa que uma criança brasileira reprovará numa escola portuguesa se utilizar a norma ortográfica do Português do Brasil e que uma criança portuguesa reprovará numa escola brasileira se utilizar a norma ortográfica do Português europeu. Pretendem os defensores do AO 90 que este quadro se alterará com a aplicação do AO 90. Nada de mais falso.
Se uma criança portuguesa escrevesse numa redacção a improvável frase: "Após o doutoramento do meu pai, comecei a sentir-me afectado", não creio que, numa escola brasileira, se concentrassem tanto no c de "afectado", mas antes se preocupassem com o "doutoramento" que deveria ser "doutorado", com o "do meu pai" que se imporia ser "de meu pai" e com o "a sentir-me" no lugar de "me sentindo", ou seja: "Após o doutorado de meu pai, comecei me sentindo afetado". Poderíamos então, à ortografia "excludente", acrescentar a morfossintaxe e o léxico "excludentes". Mas não nos centremos na subjacente ideia de "unificação da língua portuguesa", pois de ortografia aqui se trata.
Vamos aos factos. Segundo José Mário Costa, a ortografia "excludente" não se aplica ao Inglês. Limito-me, como matéria de séria reflexão, a deixar duas notas sobre a redacção em Inglês, a nível académico: uma da Universidade de Oxford (Reino Unido) e outra da Universidade de Stanford (EUA), para que as coisas surjam como são e não como se pensa que poderiam ser.
A primeira distingue um "não" em maiúsculas ("NOT") relativamente ao putativo uso da grafia consuetudinária do Inglês dos EUA ("Use British English rather than American English, e.g.: towards; amid; while; NOT toward; amidst; whilst") (1) e a segunda, em caso de dúvida, aconselha um dicionário americano e não um britânico ("Please use American spelling. If unsure, please consult Webster"s Tenth New Collegiate Dictionary and use the first entry of spelling") (2). Posso voltar a este argumento, mas penso que ficámos esclarecidos.
Acresce ainda não poder esta matéria ser "arrumada na prateleira da história" (José Mário Costa, PÚBLICO, 12/01/2010), considerando a relevância dos argumentos por mim e por outros apresentados. Arrumam-se argumentos, após dissecados e determinada a sua improcedência. Quando não, a sua relevância mantém-se. Pelo contrário, faltam aos argumentos do AO 90 estudos que os sustentem, tornando-os numa espécie de ornitorrinco, um enigma na classificação, um desafio semiótico. As conclusões do AO 90 foram traçadas, quer numa bissectriz contrária à doutrina, quer numa trissectriz que ignora a realidade. A propósito, "bissectriz", segundo o AO 90, passa a "bissetriz", mantendo-se, contudo, "trissectriz". Porquê? Perguntai aos autores do AO 90, que assim decidem em Vocabulário, ou olhai os lírios do campo e obtereis a mesma resposta.
O AO 90 limita-se a ignorar toda a doutrina, pretendendo-se parecer, mas sem método visível para sequer o parecer. Ao contrário do ornitorrinco, que tem acção benigna no meio que o envolve, o AO 90 apenas se distingue por ser diferente. Autor de Demanda, Deriva, Desastre - os três dês do Acordo Ortográfico (Textiverso, 2009)
1) http://www.ox.ac.uk/branding_toolkit/writing_and_style_guide/spelling.html
2) http://ual.stanford.edu/pdf/pwr_boothestyleguide.pdf
Retomo algumas das inquietações que começam a proliferar nas escolas e que o PG sistematizou assim:
Como é possível aceitar que as avaliações deste ciclo avaliativo contem para posteriores progressões quando as escolas usaram critérios muito diferentes para a atribuição de Bons (e não só)? Há escolas onde só conhecem números inteiros, alegando que a aplicação do ME só permite isso (e então os Bons com 7,5 são transformados em 8, equivalentes a M. Bom), outras onde as classificações estão até às décimas como se prevê na legislação) e outras onde se deram ao requinte de chegar às milésimas? É que isto não é nada irrelevante porque numa graduação de Bons para eventual progressão, um 7,001 valerá mais do que um 7,4 arredondado para 7. Assim como um 7,5 arredondado para 8 valerá mais do que um 7,8. Acham que isto não irá provocar imensas confusões, distorções e injustiças? Basta os professores da escola A (corridos a 7 por arredondamento por defeito) saberem que foram ultrapassados pelos da escola B porque tiveram classificação até às décimas.
O que dizer de professores com classificação de 9 e 10, mas que tiveram Bom por não se terem submetido a aulas assistidas ou ausência de quota para tal menção, a serem ultrapassados por M. Bons com classificação de 8 só porque deram abrigo a um avaliador renitente ou contrariado em duas aulas ao longo de num ano lectivo? Será esse o sistema justo de recompensa pelo mérito?
As organizações de ajuda humanitária lançaram um apelo mundial de ajuda para os esforços de salvamento e recuperação no Haiti, mas alertam para a necessidade de direccionar essas ajudas correctamente
Eis algumas pistas da InterAction, coligação internacional de organizações de assistência humanitária:
- Não recolha água, alimentos nem roupas para o Haiti porque o país não dispõe das infra-estruturas necessárias para os distribuir;
- Opte por doar dinheiro a organizações de ajuda humanitária reconhecidas, permitindo aos profissionais obterem exactamente aquilo que é preciso sem sobrecarregar os recursos já escassos para os transportes e armazenamento;
- Quem quiser voluntariar-se para ajudar no terreno tem que ter experiência anterior em cenários de calamidade ou em países estrangeiros, ou possuir capacidades técnicas em carência no momento, e deve fazê-lo através de uma organização reconhecida de assistência humanitária. Mais informação disponível no Centro de Informações sobre Desastres Internacionais, agência ligada ao gabinete de Assistência em Calamidades das Nações Unidas, em www.cidi.org.
Organizações portuguesas que estão a aceitar donativos para o Haiti:
Cáritas Portuguesa – pode fazer donativos na conta "Cáritas Ajuda Haiti", com o NIB 003506970063000753053 da Caixa Geral de Depósitos
Cruz Vermelha Portuguesa – pode fazer donativos para o Fundo de Emergência da organização em vários bancos, indicados no site http://www.cruzvermelha.pt/cvp_t/, ou por telefone para o número 760 20 22 22 de atendimento automático (custo da chamada é de 0,60€ + IVA)
Ajude a Missão de emergência da AMI no Haiti – contribua para esta missão através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672 Multibanco: Entidade 20909 Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviços
Associação Amurt – contribua para esta organização através da conta na CGD. NIB: 0035 2168 00020393630 21 ou cheque à ordem de Amurt - Associação de Apoio Social e Humanitário, enviados para Rua Visconde de Santarém, nº 71 3º andar, Sala 1 1000 - 286 Lisboa. Mais informações em http://www.amurt.pt/donativos
Angariação de Fundos "Emergência no Haiti" da Oikos – contribua para esta campanha com transferências bancárias para o NIB: 0035 0355 00029529630 85, em conta da Caixa Geral de Depósitos.
Associação para a Cooperação, Intercâmbio e Cultura – os donativos poderão ser feitos através do número bancário 0033.0000 45207093568 05 e os bens alimentares não perecíveis e medicamentos devem ser entregues na sede da associação, na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa.
Associação Adventista para o Desenvolvimento, Recursos e Assistência – foi aberta uma conta destinada a recolher donativos para respostas de emergência (0046 0017 00600031123 74).
Rede Miqueias (de igrejas evangélicas) – campanha SOS Haiti – donativos para a conta 0697 6358 596 30, da Caixa Geral de Depósitos (NIB - 0035 0697 0063 5859 63074).
Até 7 de Fevereiro no Centro Cultural de Cascais podem ver-se as imagens do rosto de Clara Pinto Correia no decurso do (de um?) orgasmo.
Algumas expressões: aqui
Ai fama.... ao que obrigas!
Partilho o texto do meu caro amigo João Nuno Sales, apelando à participação na votação do orçamento participativo.
Amigos
A Câmara de Lisboa está a desenvolver uma interessante proposta no âmbito da gestão da cidade: o Orçamento Participativo (OP). Através do OP, os cidadãos podem apresentar propostas concretas e votar em projectos, num valor máximo de 5 milhões de euros, para o orçamento do próximo ano. Os projectos mais votados, até ao valor acima referido, serão integrados na proposta de orçamento e plano de actividades municipal.
Convido-vos a aceder ao site http://www.cm-lisboa.pt/index.php?idc=525, registarem-se e votarem no projecto com que mais se identifiquem.
Se não tiverem uma causa própria ou se considerarem que todos são muito válidos ou interessantes, convido-vos a votar no projecto com o número 115 (requalificação do centro do Lumiar por baixo do Eixo Norte Sul) que resulta de uma proposta inicial minha e que poderá permitir que eu ou os meus não vos suje a casa com os sapatos enlameados.
De qualquer modo a votação é até dia 15 de Janeiro e o acto em si permite intervir na vida da cidade apenas teclando no computador.
Até ao momento que vos escrevo só 2260 pessoas votaram o que é desesperadamente pouco.
o exercício da cidadania republicana também vale para monárquicos,
Vota e passa a palavra
joão nuno
Tal como em 2009, quando foi realizada a primeira edição da iniciativa em Lisboa, 10 de Janeiro pretende ser o dia para andar sem calças no metro lisboeta, à semelhança do que tem vindo a acontecer noutras cidades do mundo.
A iniciativa está marcada para as 15 horas de domingo na Praça de Alvalade e de acordo com os organizadores os únicos requisitos são «disposição para tirar as calças no metro» e «capacidade de o fazer sem perder a compostura nem quebrar a personagem».
A promoção da 2ª Viagem Anual de Metro "Sem Calças!" em Lisboa está a decorrer no blogue oficial do grupo e os seus organizadores pedem a quem quiser participar para divulgarem o evento nas redes sociais, para cativar o maior número de pessoas.
Nesse blogue é possível ainda encontrar um conjunto de instruções e dicas, para que tudo corra como se fosse normal.
Texto integral do acordo de princípios entre o Ministério da Educação e os sindicatos.
Face aos condicionalismos existentes e a todos os antecedentes, poder-se-á dizer que o texto final é um acordo razoável, "bem sacado", com compromissos mútuos.
Estamos, de facto, perante um acordo de princípios. Há por aqui muita coisa ainda a legislar, não se sabe bem em que termos. Por exemplo: que tipo de grelhas é que irão ser criadas para a observação de aulas; qual o peso da formação contínua.
Aspectos que me parecem mais positivos: o fim da divisão entre professores titulares e não titulares e a criação de uma carreira única; responsabilização dos mais habilitados por tarefas específicas; a possibilidade de candidatura a especialização funcional em termos de exclusividade ou predominante de determinado tipo de funções; o programa de formação especializada em avaliação.
Aspectos que me parecem menos positivos: a não contagem dos 28 meses em que a carreira esteve congelada; condicionalismos no acesso ao 5º e 7º escalões; o papel do relator (pois é da sua proposta que vai depender o veredicto final); condicionalismos até 2015, para quem se encontra no escalão 9, no acesso ao 10 escalão; contagem dos efeitos da avaliação realizada em 2007/09.
A esquerda parlamentar aprovou hoje a proposta de lei do Governo que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas exclui a adopção, diploma que mereceu o voto contra do PSD e CDS-PP.
Um corrupio por quatro salas, quatro pisos e mais de 14 horas de negociações. Ontem, no Ministério da Educação (ME), foi o tudo por tudo por um acordo, que chegou já durante esta madrugada.
Resta saber quem ganhou o quê com este acordo. Porque é impossível que todos tenham ganho. No meio de tanta negociata é legítimo perguntar o que terão ganho a educação e o ensino.
Pedro Lomba, Público
As escutas fortuitas a José Sócrates no caso Face Oculta começam a cair naquele enorme buraco dos silêncios convenientes. Há muita coisa que não percebemos e contradições que não batem certo. Quase toda a gente já está desatenta ou desinteressada. Os políticos nada dizem porque temem o efeito de ricochete ("não se metem com os outros, para não se meterem com eles"). E, salvo excepções, os juristas portugueses que deveriam exibir o seu desconforto (conforme sucedeu em Itália perante Berlusconi) estão calados.
A perplexidade da opinião pública também tem prazo de validade. Reparem que não é por acaso que temos vindo a conhecer, tardiamente e a conta-gotas, os despachos do procurador-geral da República e do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). As primeiras certidões com escutas datam do início do Verão. Mas Pinto Monteiro andou desde Novembro para dizer se divulgava ou não o conteúdo do seu despacho de arquivamento, até finalmente recusar a 24 de Dezembro a sua divulgação. O primeiro despacho em que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça sustenta a nulidade dos actos de intercepção e transcrição é de 3 de Setembro, seguido de outro de 27 de Novembro. Mas só há poucos dias é que o seu conteúdo apareceu.
É sempre mais proveitoso publicitar decisões judiciais passíveis de controvérsia quando os factos arrefeceram. Deve ser esse o "amadurecimento das decisões" a que se referia um juiz-desembargador, António Santos Carvalho, num artigo no PÚBLICO de sábado. Só que eu não vejo aqui "amadurecimento". Vejo decisões que se tornaram definitivas pelo decurso do tempo e que foram explicadas a más horas, já num contexto de distanciamento em relação aos factos.
Decisões como essas serão sempre menos escrutinadas e mais ignoradas. Quem é que se deu ao trabalho de ler à lupa os dois despachos de Noronha do Nascimento que declaram a nulidade das certidões com escutas a Sócrates? Quem é que se perguntará sobre o acerto dos seus argumentos e consequências? Quem é que lembrará de questionar por que é que quem delas tinha de recorrer (o Ministério Público) não recorreu?
Em Novembro tomámos conhecimento, pelos jornais, de que as escutas a Armando Vara, autorizadas por um juiz de instrução, tinham interceptado acidentalmente comunicações de José Sócrates. Dessas conversas resultaram "conhecimentos fortuitos" que, segundo os magistrados do processo, indiciariam a prática de crimes. Esses "conhecimentos fortuitos", diz a lei e disse-o Costa Andrade neste jornal, podem ser aproveitados noutro processo, desde que indiciem crimes do catálogo.
Pinto Monteiro chutou tudo para o presidente do STJ e Noronha do Nascimento decidiu o contrário. Sempre que o primeiro-ministro intervier em comunicações interceptadas, o presidente do STJ entende que é dele a competência para autorizar essa intercepção e a sua transcrição; e é dele a competência para decidir se os respectivos "conhecimentos fortuitos" são relevantes para o processo em que foram interceptadas ou para outro processo "instaurado ou a instaurar". Ou seja: tratando-se do primeiro-ministro, o presidente do STJ atribuiu-se a si próprio o poder inigualável para ser simultaneamente juiz de instrução, investigador criminal e titular da acção penal. Pelo meio ainda repreendeu o juiz de instrução de Aveiro, que interpretou a lei como tantos outros interpretariam.
Agora, alguém me explique o seguinte: como é que, com esta interpretação da lei, um primeiro-ministro que no futuro for alvo de uma escuta fortuita pode ser verdadeiramente investigado e sujeito, se for caso disso, ao respectivo procedimento criminal? Para já, a conclusão é simples e trágica: 35 anos após o 25 de Abril, temos um primeiro-ministro, este ou qualquer outro, praticamente blindado, mesmo que confesse os piores crimes. Isto não é um Estado de direito baseado no princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei. Concluam vocês aquilo que é.
A Universidade de Aveiro instalou painéis solares e já consome a energia que produz. O próximo passo será assegurar o aquecimento de mais cinco edifícios da instituição.
Mais de 5000 pessoas foram detidas na China em 2009 no âmbito de uma campanha contra a pornografia na Internet, anunciou o ministério da Segurança Pública, prometendo para este ano uma repressão acrescida.
Numa campanha de "purificação da Internet", as autoridades chinesas oferecem mil euros a quem denunciar sites pornográficos.
A justificação biológica para a maior - ou mais assumida - tendência masculina para a infidelidade não é totalmente descabida. É pelo menos esta a conclusão que se retira do livro Química do Amor e do Sexo, da professora universitária Madalena Pinto. A testosterona - hormona que os homens produzem em quantidades 20 a 30 vezes superiores às mulheres - é a principal culpada.
"Homens com menor tendência para o casamento, ou com maior tendência para o adultério ou ainda com maior propensão para o divórcio demonstram frequentemente um nível médio e alto de testosterona", escreve a professora de Química Orgânica e Química Farmacêutica e Medicinal na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Já temos um alibi!
A Amazon revelou que pela primeira vez na história da empresa conseguiu vender mais livros electrónicos para o leitor Kindle do que livros físicos. O marco foi atingido no dia de Natal.
Um canal televisivo de informação estatal chinês transmitiu uma reportagem onde defende que os videojogos online, bastante populares no país, são responsáveis pelo aumento dos casos de toxicodependência, gravidez adolescente e homicídios.
E que mais????
De acordo com a fabricante de antivírus a lista reúne os programas maliciosos que se destacaram em 2009 «pela utilização de engenharia social ou pelos efeitos visíveis nos computadores».
Para facilitar a sua identificação, a Panda Security baptizou cada um dos vírus citados na lista com uma particularidade específica.
No topo do ranking vem o Conficker.C, que é definido pela empresa como «o mais problemático», pois «passou o ano a causar sérias infecções, tanto em empresas como em utilizadores particulares».
O vírus «mais vingativo» foi o DirDel.A, que segundo a fabricante é um malware que «espalha a sua vingança pelos utilizadores infectados, substituindo progressivamente pastas das diferentes directorias com cópias de si mesmo». O nome resulta do facto de o vírus ser «distribuído num ficheiro com o nome Vendetta.exe, com o típico ícone de pastas do Windows», justifica a Panda.
Ao longo da lista encontram-se ainda o vírus «mais viajado» (o Sinowal.VZR, que se escondia em bilhetes de avião falsos), o «mais bisbilhoteiro» (o Waledac.AX, que finge ser um programa gratuito que permite ler SMS de outros utilizadores), o «mais afectivo» (o BckPatcher.C, um worm que substitui a imagem de fundo do ambiente de trabalho do computador infectado com a mensagem ‘virus kiss 2009) ou os «mais hipocondríacos» (o WinVNC.A e o Sinowal.WRN que se propagaram através de mensagens alusivas à gripe A)