20 outubro, 2007

Perdões

Uma dívida de 12,5 milhões de euros foi considerada incobrável pelo BCP a um conjunto de cinco empresas de um dos filhos do fundador do BCP. Filipe Jardim Gonçalves e os seus sócios beneficiaram de um perdão na sequência da falência das empresas que dirigiam.

09 junho, 2007

03 junho, 2007

Scribefire

Aqui está um óptimo add-on do Mozila Firefox.

Depois de instalado permite que facilmente se escreva, a partir do ambiente de trabalho, tendo em vista a publicação no blog.

A escrita pode ficar logo online ou usar-se a opção de rascunho





Powered by ScribeFire.

01 abril, 2007

Ausências

Por estes dias (que são já enormes e imensos) tem faltado essa preciosidade que é o tempo.
Outros tempos virão, seguramente, a pedir a merecida desforra...
Boa Páscoa.

23 fevereiro, 2007

Telemóvel livre pré-pago

A National Geographic lança telemóvel livre pré-pago.
A ideia é garantir a comunicação a partir de qualquer parte do mundo e a qualquer pessoa, em especial os povos mais desfavorecidos que não terão que pagar pelas chamadas recebidas.

Contas de correio Gmail

Finalmente deixou de ser necessário um convite para se criar uma conta de correio no Gmail. Agora é possível aceder e criar uma conta de e-mail sem convite. Aqui.
As caixas de correio têm uma capacidade de 2,8 GB.

19 fevereiro, 2007

É carnaval!

Alberto João Jardim anuncia esta tarde, na sede do PSD, e em directo através das rádios e televisão regionais, a sua demissão de presidente do governo madeirense.
Lá diz o ditado: é Carnaval, ninguém leva a mal.

Orientações sexuais da Igreja Universal do Reino de Deus

Orientações sexuais contidas na cartilha de ensinamentos da Igreja Universal do Reino de Deus contra a libertinagem sexual, retirada do livro "Castigo Divino" .

Comentários sobre o pecado das seguintes posições sexuais:

  1. Posição de quatro - É uma das posições mais humilhantes para a mulher, pois ela fica prostrada como um animal enquanto seu parceiro ajoelhado a penetra. Animais são seres que não possuem espírito, então o homem que faz o cachorrinho com sua parceira, fica com sua alma amaldiçoada e fétida.
  2. Sexo Oral - O prazer de levar um órgão sexual a boca é condenado pelas leis divinas. A boca foi feita para falar e ingerir alimentos e a língua para apreciar os sabores. A mulher engolindo o sémen não vai ter filhos. E o homem somente sentirá dores musculares na língua ao sugar a vagina de sua parceira.
  3. Sexo Anal (Sodomia) - O ânus é sujo, fétido e possui em suas paredes milhões de bactérias. É o esgoto propriamente dito. No esgoto só existe ratos, baratas e mendigos. A pessoa que sodomisa ou é sodomisada ela se iguala a um rato pestilento. Seu espírito permanece imundo e amaldiçoado. Mas o pior é quando o ato é homossexual, pois o passaporte dessa infeliz criatura já está carimbado nos confins do inferno.

A maneira certa de se relacionar sexualmente com sua parceira, segundo a cartilha:

Recomendada - O homem e a mulher devem lavar suas partes com 1 litro de água corrente misturado com uma colher de vinagre e outra de sal grosso. Após isso, a mulher deve abrir as pernas e esperar o membro enrijecido do seu parceiro para iniciar a penetração. O homem após penetrar a mulher, não deve encostar seu peito nos seios dela, deve manter uma distância pois a fêmea deve estar rezando aos santos para que seu óvulo esteja sadio ao encontrar o espermatozóide. Depois do ato sexual, os dois devem rezar, pedindo perdão pelo prazer proibido do orgasmo. Como penitência, o açoite com vara de bambu é aceito como forma de purificação.

16 fevereiro, 2007

Efeitos do referendo

De acordo com notícias vindas a público, Alberto João Jardim, disse ontem que os portugueses não têm "testículos" para dizer que o referendo à despenalização do aborto "não é vinculativo".
Pelos vistos a vitória do sim já começa a fazer efeitos na polidez da eloquência. Só é pena que não possa ter efeitos retroactivos.

12 fevereiro, 2007

Subsídios

Alberto João tem vindo a subsidiar um pasquim madeirense, onde, imagine-se, é colunista quase diário.
5 milhões de euros foi a verba atribuída, para uma distribuição diária de 5 mil exemplares. É seguramente um bom ratio, a provar que o papel e a tinta estão carotes lá pelas ilhas.
A verborreia já todos a conhecemos. Quanto a dotes literários é preferível que fiquem confinados à ilha.

Foi desta!




Ora aí estão os elucidativos resultados do referendo sobre a despenalização do aborto.
Agora foi mesmo de vez! Já não era sem tempo!
Sim: 59%
Não 41%
Ainda há muita gente a quem estas coisas dizem muito pouco, como se comprova pelo elevado número da abstenção: 56%.
Ainda temos um país onde esta tema serve de clivagem.
Mas não nos iludamos: o drama do aborto não fica resolvido deste modo.

10 fevereiro, 2007

Para rir

João Salgueiro, no Expresso:
Nunca percebi por que é que dizem que a banca tem lucros excessivos. São excessivos porquê? (...) Também não consigo perceber por que é que se diz que a banca paga poucos impostos.


09 fevereiro, 2007

O oportunismo dos católicos

Sob o título "O 'não' e os católicos", Vasco Pulido Valente, no seu inconfundível estilo, confronta e afronta, no Público de hoje, o oportunismo dos "novos" católicos. Assim:

Como já foi notado, o referendo sobre o aborto, apesar de um papel discreto da Igreja, revelou um certo ressurgimento do catolicismo ou, mais precisamente, o ressurgimento de um certo catolicismo. Não do catolicismo popular, que sempre existiu (97,6 por cento dos portugueses garantem que são católicos), mas do catolicismo da classe média. Não custa compreender porquê. O fracasso do "socialismo real" - e, com ele, das várias variantes do marxismo universitário e político - deixou um vácuo. A social-democracia, como praticada à esquerda e à direita na "Europa" inteira, não inspira filosoficamente ninguém. E a relativa ausência da Igreja da vida pública e da vida oficial fez morrer os restos do anticlericalismo jacobino e maçónico, que ainda sobravam da I República e da oposição a Salazar. Quem anda à procura de um sentido para o mundo obscuro e cada vez mais mutável que é nosso (e há muita gente que anda) ficou assim com a Igreja ou perto da Igreja.
Essa aproximação é, no entanto, ambígua. O "novos" católicos não aceitam a ortodoxia e o magistério na parte, ou partes, que frontalmente colidem com o seu interesse ou a ideologia dominante. Poucos condenam o sexo pré-marital, o divórcio, a união de facto ou a contracepção. Um número considerável não condena (ou finge que não condena) a homossexualidade. E a maioria só rejeita o casamento de homossexuais (que, de resto, não provoca um grande furor), a adopção de crianças por homossexuais (que até hoje não se discutiu a sério em Portugal) e, claro, o aborto. O "novo" católico ou a "nova" católica é um ser, para usar o calão em curso, "compartimentalizado". O que significa que é ou não é católico conforme o caso, a oportunidade e a circunstância e que se não sente por isso menos católico.
A necessidade, ou a vontade, de se adaptar a uma civilização hostil (uma "civilização de morte", hedonista e materialista - Ratzinger dixit) produziu esta espécie estranha, que por aí prolifera fora e frequentemente contra a disciplina da Igreja. Verdade que nunca a Igreja conseguiu impor a sua regra ao conjunto dos fiéis. Mas verdade também que a Igreja não é uma organização liberal ou democrática e que não existe sem obediência. A campanha do "não", no seu entusiasmo, no seu zelo e mesmo no seu excesso, mostrou, de facto, a força do sentimento católico em Portugal. Talvez porque a questão do aborto não separa os católicos da Igreja.

World Press Photo 2006





Spencer Platt, fotógrafo americano, venceu o World Press Photo of the Year 2006... Foto: Spencer Platt/Getty Images

http://www.worldpressphoto.com/

05 fevereiro, 2007

Mister Pin ou Been?

"O ministro Manuel Pinho, que os seus colegas de Governo deveriam começar imediatamente a tratar por Mr. Pin, produz gaffes à velocidade que as abelhas produzem mel."
João Miguel Tavares
Diário de Notícias

"Para os chineses, dizer que em Portugal se praticam baixos salários é uma chinezice."
Mário Ramires
Sol

"Ir para a China falar nos baixos salários portugueses é como vender gelado aos esquimós ou petróleo à Arábia Saudita."
Francisco Sarsfield Cabral
Rádio Renascença

"A viagem de Sócrates não ficará conhecida como a deslocação que abriu novos mercados, mas como a visita que deu a conhecer aos chineses um país europeu com baixos salários."
Miguel Alexandre Ganhão
Correio da Manhã

"Para um Governo virado para o futuro andar a vender o Portugal de ontem é um erro."
João Vieira Pereira
Expresso

"Pinho é politicamente inábil e qualquer coisa já serve para o transformar em bombo da festa."
Fernando Madrinha
Expresso

"A continuar neste seu ritmo fulgurante, Manuel Pinho deve ter bilhete certo de saída do Governo."
Martim Silva
Diário de Notícias

"Que o homem não é nenhum prodígio na retórica política já todos sabemos. Mas são bem falantes que queremos no Governo ou pessoas competentes? ...) O país precisa de gente mais bem preparada para influenciar o seu próprio futuro. Gente que não perca tempo com fait-divers.""
Paulo Baldaia
Jornal de Notícias

31 janeiro, 2007

Corrupção

O Presidente da Câmara de Vila Nova da Rabona ou a rábula da corrupção. Aqui pelos Fedorentos.

Petição

Petição contra o fecho do curso de Português na Universidade de Cambridge.
Aqui

29 janeiro, 2007

Voto sim

Aborto é sofrimento. É dor.
Ninguém o pratica a seu belo-prazer. Não há coleccionadoras e recordistas de abortos.
Abortar é um remédio. Extremo. Porque não houve outros antes, ou houve, e falharam.
A pergunta do referendo é: "Concorda com a despenalização..." Claro que concordo. Voto sim.

Assim não!

Os Fedorentos deram-lhe bem
A não perder. Aqui

27 janeiro, 2007

Assim vai a crise na Câmara de Lisboa

"As notícias que chegam da Praça do Município são piores que más. (...) Desta vez, nem toda a boa vontade do mundo permitirá contornar a evidência: a crise aterrou em Lisboa."
Jacinto Lucas Pires
Diário de Notícias

"A situação é uma situação difícil. E seria mentir aos lisboetas dizer que a situação é uma situação normal."
Paula Teixeira da Cruz
Rádio Renascença

"A Câmara de Lisboa sobrevive com a corda na garganta. (...) Carmona tem de mostrar que sabe o que faz. Ou isso ou fecha para obras. Como o maldito túnel do Marquês."
"A justiça pôs Portugal do avesso: não é fácil perceber onde está a verdade, onde começa a manipulação, onde estão os culpados. Lisboa cheira a podre."
André Macedo
Diário Económico

"Lisboa não é Felgueiras."
João Soares
Diário de Notícias

"Para casos como o da CML há sempre o recurso à fonte da soberania. Eleições, pois claro. Ou será que têm medo do povo?"
João Paulo Guerra
Diário Económico

"Carmona sabe bem que se não cair desta cai na próxima. (...) E sabe que tem pouco tempo para mostrar o que vale. Se não tomar conta da câmara perde as próximas eleições. Ou melhor, não as perde porque o PSD nem o deixa concorrer."
Ricardo Costa
Diário Económico

"[Marques Mendes] poderá apontar outras câmaras como exemplos da gestão PSD - o Porto não, por amor de Deus -, mas vai ouvir sempre alguém dar como exemplo Lisboa, a gestão de Carmona, como o que de mau aconteceria ao país se o PSD chegasse ao Governo."
José Leite Pereira
Jornal de Notícias

"Carmona transformou-se numa marioneta nas mãos de Mendes e, pior ainda, da oposição. Ou seja, Lisboa está ingovernável."
Raul Vaz
Jornal de Negócios

26 janeiro, 2007

Truca-truca

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de
Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares,
sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -

Uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )

Votar sim

Pacheco Pereira no Público:
E para as mulheres, que, quase todas, ou abortaram ou pensaram alguma vez em abortar, ou usam métodos conceptivos que à luz estrita do fundamentalismo são abortivos, o aborto de que estamos a falar neste referendo não é uma questão de opinião, argumento, razão, política, dogmática, mesmo fé e religião. Também é, mas não só. É uma questão de si mesmas consigo mesmas, íntima, própria, muitas vezes dolorosa e nalguns casos dramática. Não é matéria sobre que falem, se gabem, argumentem ou esgrimam como glória ou mesmo como testemunho. Não é delas que vem esta estridência, nem é por elas que vêm os absurdos do telemóvel, do pinto, do ovo, do Saddam Hussein, do coraçãozinho. É mais provável que sintam tudo isso mais como insultos do que como argumentos que lhes suscitem a atenção. No seu silêncio votarão ou abster-se-ão, mas é por elas, por si, pelo seu corpo, pelos seus filhos, pelo seu destino, pela sua vergonha, pela sua dor, pela sua miséria, pelas suas dificuldades económicas, pela sua vida, pelos seus erros, pelas suas virtudes.
É verdade que, como em todas coisas, há irresponsabilidades, há mulheres irresponsáveis nos abortos que fazem, como nos filhos que fazem, mas duvido muito que sejam a regra. A regra é que aborto é sofrimento, físico e psicológico, e é sobre esse sofrimento que vamos votar. Eu vou votar sim, mas admito que, exactamente com a mesma consciência do mesmo problema, haverá quem vote não.

20 janeiro, 2007

Para lá das metáforas

A propósito da polémica sobre o aborto há metáforas que só servem para qualificar os seus autores.
"Um ovo não tem os mesmos direitos de um frango." José Pinto Ribeiro
Por sua vez César das Neves, no seu estilo troglodita, afirmou que se o sim ganhar os abortos vão passar a ser tão naturais como comprar um telemóvel.
O cónego de Castelo de Vide, de seu nome Tarcísio Fernandes Alves, ameaçou com a "excomunhão automática" todos aqueles que no dia 11 de Fevereiro tenham a veleidade de votar "sim".
São argumentos de desespero ou na linha "o que importa é que falem de mim"?

15 janeiro, 2007

Ao que isto chegou!

"Todos ficaram horrorizados com a execução de Saddam. O aborto é apenas uma variante da pena de morte".
Foi assim que falou D. António Moreira Montes, bispo da diocese de Bragança-Miranda.
Houve televisões, é certo, que usaram e abusaram das imagens da execução... João Lopes falou mesmo de pornografia.
Mas não confundamos as coisas. Não é curial meter no mesmo saco o aborto, Saddam e a televisão. Por maior que possa ser a ganância dos "shares" ou a mitra dos homens.
Sob pena de nada começar a fazer sentido.

06 janeiro, 2007

Pique-se o ponto, pois claro!

Sobre Correia de Campos, Ministro da Saúde, muito se tem falado. Para o bem e para o mal.
Acabou por descobrir - pasme-se! - que até agora nunca foi participada à Inspecção Geral de Saúde qualquer falta injustificada dada por um médico do Serviço Nacional de Saúde.
Assim, a sua mais recente iniciativa é uma verdadeira lança em África: controlar a assiduidade de médicos e enfermeiros nos hospitais públicos.
O bastonário da ordem dos médicos já afirmou que não dará tréguas a esta medida...Nem outra coisa seria de esperar!!!
A ver vamos...

Misturas explosivas

Que semelhança poderá haver entre o aborto, a pesquisa de embriões, a eutanásia e o terrorismo?
O Papa Bento XVI acaba de colocar tudo no mesmo saco. Com cozinhados desta natureza a Igreja contribui para apimentar as consciências. Que disso não estão nada necessitadas...