31 outubro, 2009

Operação face oculta


Manuel Godinho, presidente da empresa de tratamentos de resíduos envolvida no processo ‘Face Oculta’, beneficiou de uma extensa rede de gestores ligados ao PS para conseguir os melhores negócios em várias empresas participadas pelo Estado.

O DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Baixo Vouga e a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro entendem ter provas de que Armando Vara, vice-presidente do Banco Comercial Português (BCP), juntamente com os gestores Lopes Barreira (Consulgal), Paiva Nunes (EDP Imobiliária), Paulo Costa (Galp) e António Contradanças (Empoderf), Carlos Vasconcellos (Refer), José Penedos (presidente da Rede Eléctrica Nacional) e Paulo Penedos (assessor da Comissão Executiva da PT) ajudaram de forma ilegítima Manuel Godinho e o seu grupo O2 a ganharem concursos públicos naquelas e noutras empresas.

A PJ entende que Armando Vara, Paulo Penedos, Paiva Nunes, Paulo Costa e Carlos Vasconcellos receberam avultadas contrapartidas financeiras e patrimoniais para ‘abrirem as portas’ daquelas empresas participadas pelo Estado às empresas de Manuel Godinho.

... um polvinho, à portuguesa!

A carreira de um corrupto



Vasco Pulido Valente, Público

O dr. Mário Soares pediu esta semana à imprensa e à televisão que não insistissem no que ele chama "sensacionalismo" e percebessem, de uma vez, que o "sensacionalismo" não "paga": não "vende papel", nem aumenta audiências. Logo por azar três dias depois saiu um novo "escândalo" das profundezas do Ministério Público. Pior ainda: esse escândalo alegadamente envolve antigos membros de um governo PS e um velho amigo do primeiro-ministro. Em prosa tremendista, o Ministério Público declarou que há no caso uma "rede tentacular". Não sei se há "rede" ou não há "rede". Só sei, como sabe, ou desconfia, a maioria dos portugueses, que o regime se tornou numa enorme rede de corrupção. E não tenho a menor dúvida sobre a maneira como na prática isso aconteceu.

Basta imaginar a carreira típica de um corrupto. Começou por se inscrever num partido (no PS ou no PSD, evidentemente). Ou tinha influência, própria ou da família, ou conseguiu arranjar um "protector" (um empresário, um advogado, alguém com prestígio ou com dinheiro) para se promover a presidente da concelhia ou a qualquer cargo de importância. Daí passou para a administração central, para a Câmara do sítio ou, com muita sorte, para uma empresa pública. Com o tempo chegou a uma situação em que podia "pagar" os "favores" que até ali recebera e fazer novos "favores", em que já participava como sócio. Entretanto conhecia mais gente e alargava pouco a pouco os seus "negócios". Se punha o pé fora da legalidade, punha com cuidado, bem protegido por amigos de confiança e pretextos plausíveis.

Um dia, por fidelidade ao chefe, "trabalho" no partido (financiamento directo ou indirecto) e recomendação de interesses "nacionais", foi chamado ao governo: a secretário de Estado, normalmente. No governo, proibiu ou permitiu conforme lhe convinha ou lhe mandavam e convenceu outro secretário de Estado ou mesmo um ministro mais "versado" ou "ingénuo" a colaborar na sua "obra". Torcendo um regra aqui, explorando uma ambiguidade ali, a sua reputação cresceu. Não precisava agora de se mexer. Era, como se diz no calão da tribo, um "facilitador". A iniciativa privada gostava dele, o "sector público" gostava dele, o alto funcionalismo (a quem, de quando em quando, dava uma gorjeta) gostava dele. Ninguém lhe tocava. O corrupto ascendia à respeitabilidade. E anda, por aí, no meio de nós.


E agora, senhora ministra???



Maria do Rosário Gama, Público

Só há uma solução: suspender este modelo de avaliação e estudar outro que contribua para o bem-estar das escolas.

Estão milhares de olhos postos em si cobertos de esperança e ao mesmo tempo de receios, numa mistura de confiança e cepticismo em relação ao que se vai seguir... É que o desespero e o mal-estar a que nos conduziu a sua antecessora causou estragos tão grandes que faça V. Ex.ª o que fizer muitos desses estragos já são irreparáveis! Mas V. Ex.ª tem poder para minimizar alguns e trazer de novo às escolas o ambiente que se vivia antes da torrente legislativa do Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues (MLR).

Estatuto da Carreira Docente: A grande e irremediável afronta feita pelo ministério de MLR aos professores foi a divisão da carreira em professores titulares e não-titulares, devido à artificialidade e arbitrariedade de que se revestiu o concurso para titulares, ao serem tidos em conta apenas os últimos sete anos da sua carreira e ao serem pontuados cargos que muitas vezes eram atribuídos para preenchimento de horários ou por rotatividade. Esta situação criou injustiças de tal modo gritantes que levou à revolta de muitos professores e a uma "debandada" com reflexos no aproveitamento dos alunos e no ambiente nas escolas. Não se pode ter bom ensino com professores desanimados, frustrados, revoltados... Acabe, por favor, com este artificialismo que é a divisão sem sentido numa carreira de professor.

Avaliação de professores: Se o ciclo avaliativo é de dois anos, que sentido teve iniciar um processo em Janeiro de 2009, correspondente a ¼ desse ciclo? Que sentido teve a entrega de objectivos para cumprir até ao final do ano se até aí não foi cumprido muito do que se vem a propor? Que sentido teve a entrega de objectivos iguais por diferentes professores, apesar de os mesmos serem individuais? Que sentido teve gerar a conflitualidade nas escolas e conduzir uma classe ao desânimo e desmotivação? Que sentido teve aliciar com a classificação de mérito para que professores se propusessem ter aulas assistidas e assim viessem a usufruir das quotas destinadas a essas classificações? Que sentido teve o oportunismo, incoerência, medo e angústia que se instalaram nas escolas? Não teve nenhum sentido e o resultado está à vista...

O modelo imposto não contribuiu em nada para a melhoria das aprendizagens dos alunos, antes pelo contrário, os professores "burocratizaram" a sua actividade diária no preenchimento de fichas e portfolios brilhantes que não correspondiam à prática lectiva e muito menos ao sucesso dos alunos. Na aplicação deste modelo houve várias modalidades: entrega/não entrega de objectivos; aulas assistidas ou não; entrega/não entrega das fichas de auto-avaliação; recepção/não-recepção por parte dos directores das fichas de auto-avaliação; avaliação/não- avaliação de quem entregou as fichas de auto-avaliação...etc... Com esta diversidade ainda mais aumentaram as injustiças, por isso só há uma solução: suspender este modelo de avaliação e estudar outro que contribua para a melhoria das aprendizagens dos alunos, para a actualização científico-pedagógica-didáctica séria dos professores e para o bem-estar das escolas.

Avaliação dos directores e das suas equipas: No dia 21 de Outubro foi publicada no Diário da República a Portaria 1317/2009 regulamentadora, em regime transitório, da avaliação de desempenho dos membros das direcções executivas e dos directores dos estabelecimentos públicos. Este documento, que mais parece um concurso para director do que propriamente um modelo de avaliação de directores, é a mais uma aberração legislativa, presente do senhor secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em final de mandato, a necessitar de ser suspensa!
Militante do Partido Socialista

30 outubro, 2009

Entrega dos Oi


A grande maioria das escolas vai cumprir o prazo, que termina hoje, para a definição do calendário da avaliação de desempenho dos professores. Mas muitas estão a optar por adiar ao máximo a primeira etapa desse processo - a entrega de objectivos individuais -, de forma a ganharem tempo até que surjam alterações à lei.

Não há coincidências


A palavra convergência foi a mais ouvida ontem pelos responsáveis do CDS-PP e dos sindicatos dos professores, após conversações entre ambos sobre a substituição do actual modelo de avaliação e a alteração do Estatuto da Carreira Docente. Do lado do PS, que recebeu a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), ficou um aviso contra a "maioria [parlamentar] destrutiva".

29 outubro, 2009

Peixe fresco em casa


Aqui está uma ideia bem fresquinha e muito útil:
http://www.peixefresco.com.pt/catalog/

28 outubro, 2009

Secretários de Estado


Aí estão os novos nomes, ilustres desconhecidos. Como, por vezes, convém.

- Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Prof. Doutor José Alexandre da Rocha Ventura Silva

- Secretário de Estado da Educação, Dr. João José Trocado da Mata

Valter Lemos, acabou por ser premiado, pelo que fez na educação. Desta vez como Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional. O mesmo não sucedeu a Pedreira.

Cidadania



Site onde se podem dar a conhecer não só os problemas do nosso município, mas também o buraco que está no meio da rua, o sinal de trânsito caído ou mal colocado, etc, etc.

http://autarquias.org/


CDS toma iniciativa


É o primeiro sinal de que o CDS-PP está disponível para chegar a um entendimento sobre a avaliação dos professores: os centristas vão começar por conversar com os sindicatos representativos dos professores e com os restantes partidos na Assembleia da República para se "chegar a soluções de consenso". O resultado desse entendimento parlamentar - que passará pela aprovação da suspensão do modelo de avaliação e de construção de um sistema alternativo - pretende balizar as negociações entre Governo e sindicatos. E servirá para condicionar o Executivo.

27 outubro, 2009

FENPROF pede suspensão até sexta-feira do modelo de avaliação


A FENPROF enviou esta manhã uma carta à nova ministra da Educação, Isabel Alçada, pedindo a suspensão urgente do modelo de avaliação dado que na próxima sexta-feira termina o prazo para as escolas definirem o calendário da nova fase do processo.

Expectativas


Título do DN dde hoje:
Governo prepara avaliação que satisfaça os professores.

25 outubro, 2009

Um discurso muito pouco convincente



Não sei o que é mais inquietante, se o conteúdo se a forma.


24 outubro, 2009

Só ele é que existe



Vasco Pulido Valente, Público

Depois de semanas de um inútil mistério e de grande especulação, foi anunciado o Governo. E toda a gente vai agora falar e escrever ininterruptamente sobre a coisa. Não percebo porquê. O Governo não mudou. Sócrates ficou com o pequeno grupo quetodo lo manda : Silva Pereira, Teixeira dos Santos, Santos Silva, Vieira da Silva e o dr. Amado. O resto, como explicava Cavaco, são "ajudantes". A intenção é, como sempre, aumentar e concentrar o poder do chefe, ou seja, dele mesmo. Não há outra. Sócrates quer uma obediência incondicional (ou até servil) e as mãos livres para decidir o que lhe apetecer. Sem explicações, nem obstáculos. Deixou o PS de fora (Jorge Lacão e Alberto Martins não contam) e não chamou qualquer "independente" com peso ou influência pública. No fundo, só ele existe.

Basta ver o currículo dos novos ministros. Na Agricultura, está um administrador do Hospital Espírito Santo em Évora e antigo membro de um Gabinete de Planeamento Agro-Alimentar. Nas Obras Públicas, um catedrático e antigo presidente do conselho directivo do ISEG. Na Educação, a coordenadora do Plano Nacional de Leitura. No Ambiente, uma empregada perene do próprio ministério, presidente do Instituto de Resíduos. No Trabalho, a secretária-geral adjunta da Confederação Europeia de Sindicatos. E, na Cultura, uma açoriana, secretária do Governo regional. Não há razão para duvidar da excelência pessoal e profissional desta extraordinária colecção de burocratas. Mas manifestamente nenhum tem a estatura e o prestígio para dizer "não" a Sócrates. E é disso que se trata.

Sócrates baniu a política do Governo - como Cavaco tentou, sem conseguir, no auge do "cavaquismo". A identidade política da esmagadora maioria dos ministros não é conhecida. Como, de resto, não era conhecida (e continua a não ser ) a identidade política de Ana Jorge ou de Silva Pereira, o "homem de confiança" e confidente do primeiro-ministro. Parece que tendem para um "socialismo" diluído e difuso. Uns tantos passaram pelo PC, onde aprenderam com certeza o valor da disciplina. Os mais típicos, como Dulce Pássaro, treparam pacientemente pelo funcionalismo de técnico superior a director-geral. Em geral, nunca se deram ao trabalho de contar o que pensam do mundo ou do país. Também não é preciso. Sócrates pensará por eles e eles pensarão o que Sócrates pensar.

Isabel Alçada vai seguir com actual modelo de avaliação dos professores


Numa altura em que a oposição se prepara para confrontar o Governo com a avaliação dos professores, tentando suspender o actual modelo, a TSF sabe que José Sócrates continua determinado em seguir em frente com este processo com a nova ministra da Educação, Isabel Alçada.

Para ouvir na TSF

Agenda


Segundo o Expresso "Novo governo dá prioridade total à avaliação dos profs"

> Governo vai apresentar solução para não ficar refém da oposição
> Executivo disposto a negociar “propostas construtivas”
> Avaliação dos professores é o grande teste antes do Orçamento
> Ministra só foi convidada ao início da tarde de quinta-feira

23 outubro, 2009

Dúvida



Que farei com este cargo? questionar-se-á Isabel Alçada.

No mínimo, matéria para mais uma aventura.

21 outubro, 2009

Avaliação tem que ser suspensa já, apelam blogues e movimentos de professores


“Não podemos esperar mais”. O alerta partiu hoje de seis blogues animados por docentes e quatro movimentos independentes de professores, que subscrevem um manifesto em prol da suspensão urgente do modelo de avaliação.

“Independentemente das alternativas que importa construir de forma ponderada, é urgente que a Assembleia da República decida sem demoras parar já com as principais medidas que desestabilizaram a educação, sob pena de arrastar o conflito em cada escola e nas ruas”. No manifesto recorda-se que, “se até lá nada for feito”, as escolas terão, por lei, de fixar o calendário de avaliação docente até ao próximo dia 31. Um cenário que está a agudizar o “ambiente crispado e negativo” nas escolas.
O PCP, o Bloco de Esquerda e os Verdes já entregaram no Parlamento novas propostas com vista à suspensão do modelo de avaliação e ao fim da divisão da carreira entre titulares e não titulares. Conforme o PÚBLICO noticia na sua edição de hoje, a oposição no conjunto deverá apoiar estes objectivos, votando a suspensão num primeiro momento e deixando para depois a apresentação de alternativas tanto ao modelo de avaliação, como ao Estatuto da Carreira Docente, que consignou a divisão entre titulares e não titulares.
Estas medidas "criaram o caos na escola", frisam os subscritores do manifesto, que acrescentam: "A burocracia, a desconfiança e o autoritarismo jogam contra a melhoria das aprendizagens. Quem perde é a escola pública".
O documento é subscrito pelos blogues A Educação do Meu Umbigo, ProfAvaliação, Correntes, (Re)flexões, Outròlhar, O Estado da Educação; e pelos movimentos APEDE, MUP, Promova e MEP. O Promova apelou também hoje às escolas e professores para enviarem emails aos grupos parlamentares do PSD, CDS/PP, BE e PCP, manifestando a sua “expectativa e o empenho em verem revogadas aquelas medidas, com a maior urgência possível”.

Uma afegã


Rui Tavares, Público

Em todas as guerras acontece isto: a morte de um soldado ocidental, particularmente no início, merece primeira página nos jornais e longas transmissões nos telejornais. A morte de muitos civis do país invadido, particularmente quando se banalizam, torna-se invisível e inconveniente, um assunto desagradável de referir. E, se é desagradável, rapidamente deixa de ser referido.

Sabemos que é assim. E também sabemos que não pode ser bom que seja assim. Podemos justificá-lo com muitas razões. Mas sabemos, no fundo de nós, que são justificações que não nos satisfazem. Podemos até habituar-nos. Mas sabemos que há algo de profundamente errado e imoral em ignorar a morte e o sofrimento no país invadido. E, porém, sabemos que o fazemos. E raramente surge uma pessoa que nos obriga a encará-lo.

Este fim-de-semana ouvi uma mulher de 31 anos, chamada Malalai Joya, dizer algo como isto: "O povo afegão - o meu povo - sangra e sofre como qualquer outro, mas o sofrimento dele tornou-se invisível, porque não se pode questionar a ocupação."

Talvez fosse fácil desvalorizar as palavras dela se Malalai Joya fosse uma fundamentalista ou uma herdeira dos taliban. Nem vale a pena ir por aí, porque não é. Deputada na Assembleia Constituinte aos 25 anos, não esteve lá para compor o ramalhete; fez um discurso em que se perguntava como seria possível reconstruir o Afeganistão colocando os "senhores da guerra" no poder. Numa assembleia em que até essa expressão era tabu, Malalai Joya foi imediatamente expulsa. Eleita na sua província, regressou ao Parlamento, mas tem vivido clandestina, sob ameaças de morte e suspensões. Aos taliban chama assassinos de mulheres e gente "medieval". Até aí tudo bem. Aos governantes chama corruptos e coniventes. Até aí, menos mal. Mas não poupa os ocidentais - e é aí que a coisa começa a complicar-se.

Ao ouvi-la, pensei: desde que nasci que ouço falar do Afeganistão. Há sempre uma guerra por lá - a dos soviéticos, a guerra civil, o regime taliban, a invasão ocidental. Já ouvi russos, americanos e ingleses - e até iranianos e paquistaneses - explicar o que se deve fazer ao Afeganistão. E creio que só agora estou a ouvir uma afegã - mulher, democrática e muito corajosa - dizer o que não se deve fazer à sua terra.

Entretanto, a situação no país está cada vez mais igual - como dizê-lo? -, igual ao que sempre foi. Além dos senhores da guerra e dos corruptos, até os taliban são cooptados para entrar no poder. Os democratas - a própria Malalai o afirma - contam-se pelos dedos das mãos e só seriam apoiados se dissessem o que queremos ouvir. A fraude eleitoral faz-se nas barbas dos aliados e a guerra, se não lhe quiserem chamar perdida, pensem então nisto: nem sabemos o que seria uma vitória ali. E esta situação intratável é aquilo que nós somos chamados a preservar.

Às alternativas de Malalai não se pode chamar solução: pedir desculpas aos afegãos, retirar tropas, impedir a participação das potências vizinhas em forças de paz, apoiar o desarmamento, a escolarização e as forças democráticas incipientes. São caminhos difíceis, e com prognóstico muito difícil.

Mas o caminho actual não presume alternativas e, como tal, está a tornar-se numa edição refundida e ampliada de todos os erros e disparates do passado. Quanto mais tarde o reconhecermos, pior será.

20 outubro, 2009

Ao que isto chegou!


Saramago e a Bíblia:
Aqui

Por sua vez o eurodeputado social-democrata Mário David exortou Saramago a renunciar à cidadania portuguesa por se sentir “envergonhado” com as recentes declarações do Nobel.

18 outubro, 2009

Rankings


Sazonalmente, aí estão eles, os rankings.
Todos sabemos que valem o que valem. Apesar disso, há quem teime em dar-lhes mais valor do que aquele que têm.
Como sabemos, o ensino público ganha muito pouco com isto.

O dossier do Público


Na minha rua


A CM de Lisboa lançou recentemente um serviço online onde se podem fazer queixas sobre problemas existentes na cidade.

http://naminharua.cm-lisboa.pt/

Virtualidades do magalhães





17 outubro, 2009

Vamos a eles!


O BE e o PCP apresentaram na (nova) AR iniciativas legislativas que visam a suspensão da avaliação dos professores.

A ver vamos se é desta que a chamada oposição se une para manter a coerência sobre o que afirmou outrora.

16 outubro, 2009

Ministra da Educação diz que problemas actuais das escolas "não têm paralelo na história da educação”


A ministra da Educação afirmou hoje que as escolas enfrentam “obstáculos e dificuldades” sem paralelo na história do sector para conseguirem responder ao alargamento da escolaridade obrigatória para os 12 anos.

A ministra Maria de Lurdes Rodrigues, que intervinha na cerimónia comemorativa dos 100 anos do Liceu Camões, em Lisboa, considerou o alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos “uma das mais importantes medidas” do mandato que agora termina, mas admitiu que esta alteração implicará o aumento das “dificuldades e dos obstáculos hoje já sentidos” nas escolas.

Alargar é fácil.Os problemas vêm depois...

13 outubro, 2009

A minha escola e a prevenção da infecção VIH


O concurso escolar "A minha escola e a prevenção da infecção VIH" dinamizado pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida e pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular foi lançado publicamente a 2 de Dezembro de 2008, no Centro Cultural de Belém, e teve como objectivo estimular a realização de projectos de educação para a saúde na área da prevenção da infecção VIH nas escolas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário. Na data em que findou o prazo para a recepção de inscrições, 28 de Fevereiro de 2009, contaram-se 216 candidaturas de escolas básicas e secundárias de todo o país. A 30 de Junho de 2009 terminou o prazo para envio dos relatórios das actividades realizadas pelas escolas no âmbito do concurso.

Tendo em conta os critérios acima mencionados, o júri atribuiu os prémios às seguintes escolas:

ENSINO BÁSICO

1º Prémio Escola EB 2/3 João Afonso de Aveiro. Aveiro

2º Prémio Escola EB 2/3 Dr. João Barros, Figueira da Foz

3º Prémio Escola EB 2/3 Alexandre Herculano, Sra. da Guia, Santarém


Prémios de Mérito

Impacto na Comunidade Escola EB 2/3 D. Manuel I, Pernes - Santarém

Inovação Escola Secundária c/ 3º ciclo de Ponte de Lima

Coordenação do Projecto Escola EB 2/3 Evaristo Nogueira, S. Romão - Seia

ENSINO SECUNDÁRIO

1º Prémio Escola Profissional de Torredeita

2º Prémio Escola Secundária de Ermesinde

3º Prémio Escola Secundária Rainha Santa Isabel, Estremoz

Prémios de Mérito

Impacto na Comunidade Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, Portimão

Inovação Escola Secundária com 3º ciclo do Fundão

Coordenação do Projecto Escola Secundária c/ 3º ciclo D. Manuel I, Beja

A sessão pública de entrega dos prémios vai ocorrer às 11h00 do dia 7 de Outubro no Fórum Cultural de Ermesinde.


Registo, com agrado, que a Escola Profissional de Torredeita conquistou o 1º prémio, no Ensino Secundário.

Obama fica a dever


José Vítor Malheiros, Público

Resta esperar que Obama saiba distinguir entre a promoção da paz e o abandono das responsabilidades globais dos EUA.


Nos últimos dias ficámos a saber tudo aquilo que Obama ainda não fez e que, caso tivesse feito, poderia ter justificado plenamente a atribuição do prémio da Paz que o Comité Nobel Norueguês decidiu entregar-lhe na semana passada.

Mas ficámos também a saber tudo aquilo que Obama já fez pela paz e, mesmo que se considere o currículo insuficiente para justificar o prémio norueguês (a quem toda a gente tem chamado "sueco"), devemos concordar que é alguma coisa - a começar pelo seu "esforço para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos", pelo seu trabalho "para alcançar um mundo sem armas nucleares", pela sua defesa da "diplomacia multilateral" e pela "ênfase no papel que as Nações Unidas e outras instituições internacionais" devem ocupar em vez da pose arrogante, unilateral, belicista e imperialista de W. Bush.

As críticas a esta atribuição do Nobel a Obama giram sempre em torno de uma declaração segundo a qual o Presidente americano "não fez nada" - ou "ainda" não fez nada, conforme as expectativas da pessoa que fala - em prol da paz. Penso que é absurdo dizer que Obama não fez nada pela paz e partilho o sentimento do Comité Nobel Norueguês quando este diz que o Presidente americano deu às pessoas de todo o mundo "um sentimento de esperança num futuro melhor" - e partilho o seu sentimento de que isso não é pouco. É evidente que é mais fácil termos consciência de uma corrida nuclear (e mais ainda de uma guerra nuclear) que de uma détente- adétentecorre bem quando nada acontece -, mas seria profundamente errado imaginar que o discurso de Praga,soft power por excelência, não possui poder. São as palavras que mudam o mundo, são as palavras que criam o mundo, são as palavras que mobilizam as pessoas e foi por aqui que Obama começou. Dizer que o discurso de Obama no Cairo foram apenas palavras é estar fora do mundo e desconhecer como funcionam as pessoas - seria nem sequer perceber o princípio e o fim da política. Reconhecer a importância dessa mudança de discurso (que é estratégica porque é mobilizadora de vontades e de acção por todo o mundo, porque cria uma nova norma e novos procedimentos) é simplesmente honesto.

Posto isto, é evidente que este prémio Nobel constitui um incentivo a uma dada linha de acção - como o Nobel faz tantas vezes - mais do que um reconhecimento da acção passada. O Nobel da Paz já foi dado a pessoas menos do que recomendáveis (Henry Kissinger e Yasser Arafat vêm naturalmente à ideia) e o Nobel da Paz, mais do que uma instância de justiça histórica, gosta de se ver como um instrumento político de promoção da paz - mesmo quando tem de engolir uns sapos.

O que o Nobel da Paz dado a Obama significa é a renovação do aval dado pelo mundo democrático a esta nova postura dos EUA, é um incentivo e uma declaração de apoio - apoio de que Obama necessita em termos globais mas também nacionais, acossado como está por uma extrema-direita cada vez mais arrogante e mais violenta nos seus ataques ao Presidente.

É verdade que o Nobel pode ser um presente envenenado para Obama - como Jorge Almeida Fernandes referia no sábado nestas páginas -, mas resta-nos esperar que, usando a coragem e a inteligência que já demonstrou, o Presidente americano não peque nem por excesso (para mostrar internamente a sua determinação) nem por defeito (cedendo a uma imagem pacifista) e saiba distinguir entre a verdadeira promoção da paz e o que seria o abandono das responsabilidades globais dos EUA. É evidente, por exemplo, que a paz no Afeganistão nunca se alcançará através do abandono militar e deixando o terreno livre aos taliban, mas através de uma política que alie o reforço da intervenção militar à construção de escolas. É isso que Obama tem de compreender e de fazer.

É certo que, com este Nobel, Obama fica a dever. E trata-se de uma dívida demasiado grande para poder ser perdoada. Mas ficou também claro que se trata de uma dívida que muitos de nós, em todo o mundo, queremos ajudá-lo a pagar.

Comparar o incomparável


Notícia do Público:
E, ao fim de oito anos, o Óscar foi para uma escola pública. O que acontece pela primeira vez desde que os rankings das escolas do secundário começaram a ser publicados. Mas este feito não aponta para uma tendência. Pelo contrário: no rankingde 2009, elaborado, como os dos anos anteriores, com base nas médias dos oito exames nacionais das disciplinas mais concorridas, as escolas públicas têm a sua pior performance dos últimos anos. Só uma tem lugar entre as 20 com melhores médias (há quatro anos estavam sete no lote) e essa é a primeira da lista, mas é também um caso especial.

Trata-se da Escola Secundária Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, uma escola do ensino especializado, que tem alunos do 1.º ao 12.º ano. No secundário, 14 fizeram exame este ano e só à disciplina de Matemática. Média alcançada: 15,81 (numa escala de 0 a 20), mais baixa que os 16,30 alcançados em 2008 pela Academia de Música de Santa Cecília, que o ano passado ocupou o primeiro lugar. A escola de Braga é também a primeira pública na listagem das escolas do ensino básico. Surge na 14.ª posição entre os estabelecimentos de ensino com mais de 50 provas realizadas, com uma média de 3,89.

Qual a razão pela qual ainda se continuam a revelar estes resultados? A quem é que servem? Seguramente não é à escola pública!

Heróica noitada


Foi uma longa noite.... com muitos solavancos.
Resistimos, estoicamente, para podermos saborear o desfecho de Lisboa. Já a madrugada se fazia sentir quando chegou a boa nova da maioria absoluta do António Costa e, por isso, a eleição da Maria João, vereadora nº 9.
Valeu a pena ver como Costa vale muito mais que Sócrates.

João, cá estamos para dar o nosso contributo para uma cidade mais humana.


08 outubro, 2009

A escola deve ter menos chumbos e garantir aprendizagem de qualidade


A presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) defendeu hoje uma nova forma de organização da escola pública, que em vez de chumbar os alunos com dificuldades se preocupe mais com uma aprendizagem de qualidade.

"Este sistema de percursos educativos que temos não serve nem o desenvolvimento do país nem os alunos. Se olharmos para o que se faz noutros países, as crianças têm mais apoios desde que começam a apresentar dificuldades", frisou Ana Maria Bettencourt. A responsável do CNE participava na conferência de abertura da cerimónia comemorativa do 30º aniversário do Instituto Politécnico de Setúbal, perante duas centenas de pessoas, sobre "Democratização da educação e pedagogia: questões e desafios".

Haja condições para que isso se faça.

07 outubro, 2009

O Kindle em Portugal


Portugal é um dos 100 países para onde a Amazon.com vai vender o Kindle, o aparelho para ler livros em formato electrónico que até agora só estava disponível nos Estados Unidos.

O preço total do Kindle para Portugal, com as taxas de importação e as despesas de envio será de 359,98 dólares (244,50 euros). Em alguns casos o preço dos livros não vai ser o mesmo que é cobrado nos Estados Unidos (os livros que nos EUA custam 9,99 dólares poderão custar de 11.99 a 13.99 dólares - dizem que estes preços incluem IVA.

Da varanda


Rui Tavares, Público

Ainda não faz dois meses, um grupo de jovens "guerrilheiros simbólicos" subiu à varanda da Câmara Municipal de Lisboa para aí substituir a bandeira da República pela monárquica. Na altura, argumentei numa destas crónicas que eles se tinham limitado a prestar uma involuntária vassalagem ao simbolismo da República. O que os jovens monárquicos tinham feito era ritualizar - ou seja, repetir os gestos - da proclamação da República; e a ritualização é uma forma de homenagem.

Chegado o dia do 99º aniversário da República Portuguesa, eis que a pior machadada contra este simbolismo foi desferida - nem mais nem menos - pelo Presidente da dita República.

(É sempre assim, não é? E aqui está um pensamento perturbador: não há piores inimigo de um sistema do que os seus principais agentes. Não esperem que os monárquicos belisquem o simbolismo republicano; para isso está cá o Presidente da República. Não peçam aos comunistas para destruir o capitalismo; os banqueiros dão cabo dele muito mais depressa.)

Que fez Cavaco Silva? Ao retirar o seu discurso dos Paços do Concelho de Lisboa, onde a República foi proclamada e é tradição os presidentes discursarem, demonstrou menos respeito pelo simbolismo republicano do que os jovens monárquicos que é suposto combaterem-no. Ao mudar esse discurso para o Palácio de Belém, levou a República a prestar-lhe vassalagem a ele no dia em que era suposto ser ele a prestar homenagem à República - prestar homenagem à história da República que começou ali e de que ele é apenas uma parte. Como disseram vários blogues, o que Cavaco Silva fez foi transformar o Dia da República em Dia da Presidência. Nada que espante em alguém que nunca teve grande sensibilidade interpretativa que, em sentido lato, é sensibilidade cultural.

Isto já seria suficientemente mau. Receio que pior ainda seja a razão apresentada. Por causa da proximidade com as eleições autárquicas, alega-se, Cavaco Silva considerou que discursar da varanda de uma câmara municipal o colocaria numa situação de parcialidade indesejável.

Ora, daquela varanda foi proclamada (e não por acaso) a República que naquele dia se comemorava. Na sua ânsia de se afastar de tudo e de todos, com medo sabe-se lá de que contágio, Cavaco Silva acabou por perder a melhor das oportunidades para fazer pedagogia democrática, enaltecendo o valor das eleições autárquicas.

Falando aos portugueses a partir da varanda, Cavaco Silva lembraria que a República começou numa câmara municipal. E diria, por exemplo, que, embora ela faça 99 anos no país, naquela câmara municipal já tem mais de cem anos.

Sim, notaria ele, a primeira vitória dos republicanos, ainda antes de haver República no país, foi nas eleições para a vereação de Lisboa que se realizou pouco mais de um ano antes do 5 de Outubro de 1910. E - para que ficasse claro que falava para todo o país e não só para a capital - explicaria que as eleições locais são cruciais porque as cidades - e as vilas, e as aldeias - são os primeiros laboratórios da política.

E poderia terminar dizendo que, após um ano de três eleições, desejaria que os portugueses não se revelassem cansados de política. Porque a política começa e acaba sempre perto de nós. E porque, como vemos, na varanda de uma qualquer câmara municipal do país pode caber desde a resolução do problema mais prosaico à proclamação do mais alto idealismo.

04 outubro, 2009

O futuro do PSD


Vasco Pulido Valente, no Público

Parece que, por enquanto, Manuela Ferreira Leite não vai sair da presidência do PSD. Em vez disso, que seria com certeza imerecido vexame, sairá na "melhor altura" até ao fim do precário mandato, que recebeu o ano passado. Espera ainda uma espécie de compensação no próximo domingo. Quer pôr a casa em ordem. E, sobretudo, evitar a eventual eleição de Pedro Passos Coelho, que ela acha, ou dizem que ela acha, um "Sócrates de segunda". Os vários bandos do partido, que se preparam para uma nova guerra civil, não se opõem, desde que ela não exagere e marque rapidamente as "directas" para Janeiro ou Fevereiro de 2010. Mesmo Marcelo é contra uma defenestração imediata, que em princípio favorece o PS. Só um péssimo resultado no dia 12 apressará as coisas.

Há, neste momento, cinco candidatos à sucessão: Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, Passos Coelho, Paulo Rangel e Aguiar Branco. E é esta a tragédia do PSD. Para começar, Marcelo e Marques Mendes já estiveram à frente do partido e não chegaram a parte alguma. Nem um, nem outro representam hoje para o PSD e o país (por muita inteligência e habilidade que tenham) a unidade e a reforma de que o partido precisa. Pelo contrário, trazem inevitavelmente consigo o peso morto e, a prazo, fatal de uma vida velha e velhas querelas. Passos Coelho (de resto, uma excelente pessoa) é, como diz com razão Ferreira Leite, uma nulidade enfatuada. Paulo Rangel, além de um grande entusiasmo e de uma retórica brumosa e um pouco arcaica, nunca mostrou qualquer qualidade política superior. E Aguiar Branco não existe.

Oproblema do PSD não mudou de 1995 para cá. O dr. Cavaco criou um deserto à sua volta. Entre um populismo provinciano, e às vezes grosso, e meia dúzia de técnicos na reforma ou muito bem arrumados nos "negócios", não deixou ninguém. Basta seguir os fantásticos sarilhos da "espionagem", para se ver o género de gente de quem ele gosta. Não admira que, depois do "cavaquismo", o PSD ficasse sem cabeça ou, se preferirem, com uma dezena de putativas cabeças, que mutuamente se anulavam. Os "sindicatos" de voto e as maiores câmaras (que "davam" empregos) começaram a mandar e, como era inevitável, estabeleceram uma absoluta confusão. Uma confusão que as "directas" (ganhe quem ganhar), a interferência directa ou indirecta de Belém e as relações com o Governo de Sócrates só podem aumentar.

O seu a seu dono


Em Algés foi assim: Socialistas e apoiantes de Isaltino travaram-se de insultos e de empurrões
Presidente da Câmara de Oeiras, confiante na vitória expressa nas sondagens, desafiou o PS em arruada onde ouviu chamarem-lhe "corrupto".

Cada município tem os autarcas que merece. O mesmo se pode dizer do país.


03 outubro, 2009

Desejos




Shakira: “Gostava de ir a Fátima”.

Do que será que ela se quer penitenciar?


O segredo é a alma do negócio


Alemães avisados que venceram o concurso 21 dias antes do despacho de Portas.
Representante da MAN Ferrostaal soube a 4 de Setembro de 2003 que consórcio alemão tinha ganho o concurso.
Paulo Portas, então ministro da Defesa, só assinou a proposta de adjudicação a 25 de Setembro de 2003.

Revelar certos segredos é a alma de certas comissões.

02 outubro, 2009

Frank Gehry cobrou 600 dólares à hora


O arquitecto Frank Gehry cobrou à EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa – 600 dólares à hora (cerca de 649 euros, ao câmbio da altura) pela elaboração do projecto de reabilitação urbana do parque Mayer. O projecto, que foi promovido por Pedro Santana Lopes quando era presidente da Câmara de Lisboa, custou à EPUL um total de 2,9 milhões de euros, dos quais 2,2 milhões foram pagos ao ateliê de Frank Gehry.

Boa Santana!

01 outubro, 2009

Alterações ao ECD



O Decreto-Lei n.º 270/2009, publicado ontem, deve ter chegado com atraso à imprensa nacional. A colheita de dividendos não chegou a tempo de interferir na votação do dia 27.