31 janeiro, 2007

Corrupção

O Presidente da Câmara de Vila Nova da Rabona ou a rábula da corrupção. Aqui pelos Fedorentos.

Petição

Petição contra o fecho do curso de Português na Universidade de Cambridge.
Aqui

29 janeiro, 2007

Voto sim

Aborto é sofrimento. É dor.
Ninguém o pratica a seu belo-prazer. Não há coleccionadoras e recordistas de abortos.
Abortar é um remédio. Extremo. Porque não houve outros antes, ou houve, e falharam.
A pergunta do referendo é: "Concorda com a despenalização..." Claro que concordo. Voto sim.

Assim não!

Os Fedorentos deram-lhe bem
A não perder. Aqui

27 janeiro, 2007

Assim vai a crise na Câmara de Lisboa

"As notícias que chegam da Praça do Município são piores que más. (...) Desta vez, nem toda a boa vontade do mundo permitirá contornar a evidência: a crise aterrou em Lisboa."
Jacinto Lucas Pires
Diário de Notícias

"A situação é uma situação difícil. E seria mentir aos lisboetas dizer que a situação é uma situação normal."
Paula Teixeira da Cruz
Rádio Renascença

"A Câmara de Lisboa sobrevive com a corda na garganta. (...) Carmona tem de mostrar que sabe o que faz. Ou isso ou fecha para obras. Como o maldito túnel do Marquês."
"A justiça pôs Portugal do avesso: não é fácil perceber onde está a verdade, onde começa a manipulação, onde estão os culpados. Lisboa cheira a podre."
André Macedo
Diário Económico

"Lisboa não é Felgueiras."
João Soares
Diário de Notícias

"Para casos como o da CML há sempre o recurso à fonte da soberania. Eleições, pois claro. Ou será que têm medo do povo?"
João Paulo Guerra
Diário Económico

"Carmona sabe bem que se não cair desta cai na próxima. (...) E sabe que tem pouco tempo para mostrar o que vale. Se não tomar conta da câmara perde as próximas eleições. Ou melhor, não as perde porque o PSD nem o deixa concorrer."
Ricardo Costa
Diário Económico

"[Marques Mendes] poderá apontar outras câmaras como exemplos da gestão PSD - o Porto não, por amor de Deus -, mas vai ouvir sempre alguém dar como exemplo Lisboa, a gestão de Carmona, como o que de mau aconteceria ao país se o PSD chegasse ao Governo."
José Leite Pereira
Jornal de Notícias

"Carmona transformou-se numa marioneta nas mãos de Mendes e, pior ainda, da oposição. Ou seja, Lisboa está ingovernável."
Raul Vaz
Jornal de Negócios

26 janeiro, 2007

Truca-truca

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de
Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares,
sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -

Uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )

Votar sim

Pacheco Pereira no Público:
E para as mulheres, que, quase todas, ou abortaram ou pensaram alguma vez em abortar, ou usam métodos conceptivos que à luz estrita do fundamentalismo são abortivos, o aborto de que estamos a falar neste referendo não é uma questão de opinião, argumento, razão, política, dogmática, mesmo fé e religião. Também é, mas não só. É uma questão de si mesmas consigo mesmas, íntima, própria, muitas vezes dolorosa e nalguns casos dramática. Não é matéria sobre que falem, se gabem, argumentem ou esgrimam como glória ou mesmo como testemunho. Não é delas que vem esta estridência, nem é por elas que vêm os absurdos do telemóvel, do pinto, do ovo, do Saddam Hussein, do coraçãozinho. É mais provável que sintam tudo isso mais como insultos do que como argumentos que lhes suscitem a atenção. No seu silêncio votarão ou abster-se-ão, mas é por elas, por si, pelo seu corpo, pelos seus filhos, pelo seu destino, pela sua vergonha, pela sua dor, pela sua miséria, pelas suas dificuldades económicas, pela sua vida, pelos seus erros, pelas suas virtudes.
É verdade que, como em todas coisas, há irresponsabilidades, há mulheres irresponsáveis nos abortos que fazem, como nos filhos que fazem, mas duvido muito que sejam a regra. A regra é que aborto é sofrimento, físico e psicológico, e é sobre esse sofrimento que vamos votar. Eu vou votar sim, mas admito que, exactamente com a mesma consciência do mesmo problema, haverá quem vote não.

20 janeiro, 2007

Para lá das metáforas

A propósito da polémica sobre o aborto há metáforas que só servem para qualificar os seus autores.
"Um ovo não tem os mesmos direitos de um frango." José Pinto Ribeiro
Por sua vez César das Neves, no seu estilo troglodita, afirmou que se o sim ganhar os abortos vão passar a ser tão naturais como comprar um telemóvel.
O cónego de Castelo de Vide, de seu nome Tarcísio Fernandes Alves, ameaçou com a "excomunhão automática" todos aqueles que no dia 11 de Fevereiro tenham a veleidade de votar "sim".
São argumentos de desespero ou na linha "o que importa é que falem de mim"?

15 janeiro, 2007

Ao que isto chegou!

"Todos ficaram horrorizados com a execução de Saddam. O aborto é apenas uma variante da pena de morte".
Foi assim que falou D. António Moreira Montes, bispo da diocese de Bragança-Miranda.
Houve televisões, é certo, que usaram e abusaram das imagens da execução... João Lopes falou mesmo de pornografia.
Mas não confundamos as coisas. Não é curial meter no mesmo saco o aborto, Saddam e a televisão. Por maior que possa ser a ganância dos "shares" ou a mitra dos homens.
Sob pena de nada começar a fazer sentido.

06 janeiro, 2007

Pique-se o ponto, pois claro!

Sobre Correia de Campos, Ministro da Saúde, muito se tem falado. Para o bem e para o mal.
Acabou por descobrir - pasme-se! - que até agora nunca foi participada à Inspecção Geral de Saúde qualquer falta injustificada dada por um médico do Serviço Nacional de Saúde.
Assim, a sua mais recente iniciativa é uma verdadeira lança em África: controlar a assiduidade de médicos e enfermeiros nos hospitais públicos.
O bastonário da ordem dos médicos já afirmou que não dará tréguas a esta medida...Nem outra coisa seria de esperar!!!
A ver vamos...

Misturas explosivas

Que semelhança poderá haver entre o aborto, a pesquisa de embriões, a eutanásia e o terrorismo?
O Papa Bento XVI acaba de colocar tudo no mesmo saco. Com cozinhados desta natureza a Igreja contribui para apimentar as consciências. Que disso não estão nada necessitadas...